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Como Proteger Seu Gato de Doenças Renais

As doenças renais são um problema de saúde bastante comum em gatos, especialmente à medida que envelhecem. Felizmente, elas podem ser prevenidas com cuidados adequados. Neste artigo, vamos explorar como você pode proteger seu gato dessas doenças.

A função renal é essencial para a filtragem das toxinas do sangue, a manutenção do equilíbrio de eletrólitos e a produção de urina. Quando os rins começam a falhar, a saúde do seu gato pode se deteriorar rapidamente. No entanto, existem algumas práticas preventivas que ajudam a preservar a saúde renal do seu pet e evitar complicações graves. Confira as dicas a seguir:

  1. Incentive a Hidratação
    Os gatos, por natureza, tendem a beber pouca água. Isso se deve aos seus ancestrais selvagens, que obtinham a maior parte da hidratação por meio da alimentação. A ingestão insuficiente de líquidos é um dos principais fatores de risco para doenças renais.
    Para estimular seu gato a beber mais, você pode usar fontes de água, que são atraentes por manterem o líquido em movimento, algo que muitos gatos preferem. Evite potes plásticos, pois eles podem alterar o sabor da água. As tigelas de cerâmica ou inox são as melhores opções.
    Além disso, a ração úmida, como sachês e patês, contém um alto teor de água, ajudando seu gato a se manter hidratado.
  2. Ofereça uma Alimentação Balanceada
    A nutrição desempenha um papel fundamental na prevenção de doenças renais. Evite alimentos com alto teor de fósforo e sódio, pois esses componentes podem sobrecarregar os rins do seu gato. Prefira rações de boa qualidade, com fórmulas balanceadas.
    A proteína é essencial, mas deve ser de boa qualidade e em quantidades adequadas. Proteínas de origem animal, como frango e peixe, são mais fáceis de digerir.
    Para gatos com predisposição a problemas renais, há rações específicas recomendadas por veterinários para ajudar a preservar a função renal.
  3. Faça Check-ups Regulares
    As doenças renais podem se desenvolver silenciosamente nos gatos, o que significa que, quando os sintomas aparecem, a condição já pode estar bastante avançada. Por isso, é importante levar seu gato ao veterinário regularmente.
    Exames de creatinina e ureia ajudam a avaliar a função renal, enquanto testes de urina podem detectar sinais de problemas, como presença de proteínas ou sangue. Ultrassonografias renais também são úteis para observar mudanças estruturais nos rins.
  4. Preze pelo Peso Saudável
    A obesidade é um fator de risco para diversas doenças, incluindo problemas renais. Manter seu gato em um peso saudável é essencial para garantir uma vida longa e saudável.
    Controle a quantidade de ração, de acordo com as orientações do fabricante ou do veterinário. Incentive a atividade física com brinquedos interativos e sessões de brincadeiras. Evite petiscos calóricos, substituindo-os por opções mais saudáveis, como pedaços de frango cozido sem tempero.
  5. Evite Medicamentos e Toxinas Perigosas
    Nunca administre medicamentos no seu gato sem a orientação de um veterinário. Algumas substâncias, como anti-inflamatórios humanos, podem ser extremamente tóxicas para os rins dos felinos.
    Além disso, tenha cuidado com plantas tóxicas, como lírios, comigo-ninguém-pode e azaleias, que são altamente prejudiciais para os gatos.

Pequenos ajustes na rotina do seu gato podem ter um impacto significativo em sua saúde. Fique atento a mudanças no comportamento, como aumento da ingestão de água, perda de peso ou alterações na urina. Caso perceba qualquer sinal de problema, procure um veterinário imediatamente. Com os cuidados certos, seu gato pode viver uma vida longa e saudável.

Família Multiespécie: A Nova Definição de Família

Nos últimos tempos, um conceito tem ganhado destaque e refletido transformações nas relações sociais e na percepção dos vínculos familiares. Neste texto, vamos explorar o conceito de família multiespécie, um termo que, embora ainda novo para muitos, tem se tornado cada vez mais importante no campo jurídico e social.

A família multiespécie vai além da visão tradicional da família humana, incluindo os animais de estimação como membros legítimos dessa estrutura. Os animais deixam de ser vistos como objetos ou propriedades, passando a ser reconhecidos como seres com direitos, emoções e um papel fundamental no bem-estar de seus tutores.

Essa ideia de que os pets são membros integrais da família tem se fortalecido ao redor do mundo, e no Brasil não é diferente. O país tem avançado no reconhecimento dos direitos dos animais, com exemplos como a concessão de pensão alimentícia para animais de estimação, algo que reforça legalmente a ideia de que os pets não são simples bens.

O artigo 225 da Constituição Brasileira já aborda, de maneira indireta, a proteção aos animais, ao estabelecer que o poder público deve garantir a proteção da fauna e flora e proibir práticas cruéis. A família multiespécie amplia esse conceito, permitindo que os animais de estimação sejam reconhecidos não só como objetos de afeto, mas como membros plenos da família, com direito a cuidados, saúde e, em alguns casos, até pensão alimentícia.

A ideia de que os pets têm direitos legais vem ganhando força nos tribunais e na legislação. Em 2023, o Projeto de Lei 179/23 foi apresentado na Câmara dos Deputados para regulamentar o conceito de família multiespécie. O projeto propõe uma série de direitos para os animais, incluindo a possibilidade de participar de processos judiciais, como pedidos de guarda, visitas e reparação por danos materiais, morais ou existenciais.

Entre as propostas mais significativas, está a garantia de que, em casos de separação ou divórcio, os animais possam ter direito a visitas, como ocorre com filhos em processos de guarda. O projeto também prevê que o tutor, ou na ausência dele, a Defensoria Pública ou o Ministério Público, possa representar legalmente o animal, garantindo seus direitos, como proteção contra maus-tratos e a obrigação de receber cuidados adequados.

Na sociedade, a família multiespécie tem mudado a forma como os laços afetivos e responsabilidades familiares são entendidos. Em muitos lares, os animais são considerados membros da família, compartilhando não apenas momentos de alegria, mas também desafios e necessidades. Cuidar dos pets envolve compromisso, carinho e, muitas vezes, até a divisão de recursos financeiros para garantir sua saúde e bem-estar.

Apesar dos avanços, a implementação prática da família multiespécie enfrenta desafios. A ideia de que animais de estimação, como cães e gatos, possam ser considerados membros plenos da família, com direitos jurídicos, ainda encontra resistência. Além disso, questões como a aplicação de leis de pensão alimentícia para animais, a regulamentação da guarda compartilhada e o acesso à Justiça para reparação de danos enfrentam obstáculos legais e culturais. Mesmo assim, as mudanças legislativas em andamento e o crescente reconhecimento da importância emocional e social dos animais mostram uma evolução positiva.

Quem tem um pet sabe que ser tutor vai além do afeto, envolvendo também direitos, responsabilidades legais e uma nova forma de compreender a família no contexto atual.

Cadastro Nacional de Animais: O Que Diz o Projeto de Lei 2.230/2022

Nas últimas semanas, circulou intensamente nas redes sociais a ideia de que estaria sendo criado um imposto para tutores de animais de estimação no Brasil. Mas será que isso é verdade? Vamos esclarecer essa questão e entender a origem dessa informação.

O debate gira em torno do Projeto de Lei 2.230/2022, cujo principal objetivo é autorizar a criação de um Cadastro Nacional de Animais Domésticos. Esse cadastro seria implementado pelos municípios com base em um modelo padronizado fornecido pelo governo federal. O registro incluiria informações como:

  • Dados pessoais do tutor;
  • Espécie, raça e idade do animal;
  • Dados relevantes para apoiar políticas públicas.

O intuito do projeto é contribuir para o controle sanitário, combater maus-tratos, organizar campanhas de vacinação, aumentar a segurança em transações de compra e venda de animais e facilitar a identificação de animais abandonados. Importante destacar que animais rurais, como bovinos e equinos, não serão incluídos nesse cadastro, pois já possuem registros próprios vinculados ao Ministério da Agricultura.

O Projeto de Lei foi inicialmente apresentado à Câmara dos Deputados em 2015, sob o número 3.720. Em 2022, foi aprovado na Câmara e encaminhado ao Senado. Entre 2023 e 2024, passou por comissões e pelo plenário, estando agora aguardando sanção presidencial, com prazo até 17 de dezembro de 2024.

Ao analisar o texto do PL 2.230/2022, fica claro que não há previsão para a criação de impostos ou qualquer tipo de cobrança adicional para tutores de animais. Diferente da Alemanha, onde existe uma taxa anual para donos de cães, o foco do projeto brasileiro é a criação de uma base de dados nacional. Além disso, qualquer proposta de tributo no Brasil exige um processo legislativo específico, o que não é o caso aqui.

Embora o projeto atual não mencione a cobrança de impostos, é compreensível que essa possibilidade gere preocupação. Afinal, outros países já aplicam taxas similares. Na Alemanha, por exemplo, foram arrecadados cerca de 2,6 bilhões de reais em 2023 com a chamada “taxa dos cães”. Lá, a identificação por chip é obrigatória, e os tutores que não registram seus animais estão sujeitos a multas altíssimas.

Aqui no Brasil, o texto aprovado em 26 de novembro de 2024 prevê que tutores deverão informar no cadastro:

  • Número de identidade e CPF;
  • Endereço e local onde o animal será mantido;
  • Espécie, raça, sexo, idade do animal;
  • Histórico de vacinas e tratamentos.

Agora, resta aguardar a decisão presidencial e torcer para que esse projeto seja um passo importante em prol do bem-estar dos nossos amigos de quatro patas. Fiquemos atentos aos desdobramentos!

Gato te Seguindo em Casa? Entenda Esse Comportamento!

 

Se o seu gato tem o hábito de te seguir por todos os cômodos da casa, não se preocupe, isso é um comportamento bastante comum e natural. Nesse artigo, vamos explorar esse curioso comportamento dos felinos.

Desde arranhar portas para que sejam abertas até “vigiar” as entradas dos ambientes, esses comportamentos remontam aos instintos selvagens dos gatos. Especialistas indicam que isso é não só típico, mas também reflete a complexa relação entre os gatos e seus donos.

Veterinários explicam que um dos principais motivos pelos quais os gatos seguem seus donos é a busca por benefícios. Os felinos tendem a ficar perto das pessoas que lhes oferecem algo de valor, seja comida, atenção, carinho ou até um lugar aconchegante para relaxar. Gatos criam uma forte conexão com a fonte dos seus recursos, e geralmente essa fonte é o tutor.

Esse comportamento está profundamente relacionado ao fato de que os gatos enxergam seus tutores como figuras que suprem suas necessidades. Quando um gato segue seu dono pela casa, ele pode estar garantindo que terá acesso a seus “recursos” — seja comida, afeto ou proteção. Ou seja, ele está “monitorando” a sua fonte de bem-estar.

A territorialidade também desempenha um papel importante. Gatos são extremamente territoriais, e seguir o tutor pode ser parte de sua rotina de “patrulha” do espaço. Quando se esfregam em móveis ou em seus donos, estão marcando território e reafirmando que aquele local faz parte do seu domínio. Assim, o tutor também se torna parte desse território que precisa ser monitorado e protegido.

É por isso que, muitas vezes, os gatos se esfregam nas pernas dos seus donos ou nos móveis ao redor deles. Esse gesto reforça a noção de pertencimento e controle sobre o ambiente. Seguir o tutor, portanto, pode ser interpretado como uma forma de garantir que seu espaço — e seus recursos — estejam seguros.

Embora os gatos sejam vistos como mais independentes que os cães, muitos criam laços fortes com seus tutores, semelhantes aos laços entre mãe e filhote. Na natureza, os filhotes seguem suas mães para aprender habilidades essenciais, como caçar e se proteger. Quando adotados por humanos, eles podem passar a ver seus tutores como figuras maternais, reforçando o comportamento de segui-los.

Esse comportamento é especialmente comum em gatos adotados ainda filhotes, pois eles associam a presença do tutor à segurança e bem-estar. A longo prazo, o gato enxerga o tutor como alguém que desempenha um papel crucial em sua vida, suprindo suas necessidades básicas.

Além dos fatores instintivos, os gatos são observadores aguçados e aprendem rapidamente a rotina dos seus tutores. Muitos donos notam que seus gatos os seguem em momentos específicos, como quando estão indo ao banheiro ou se preparando para uma refeição. Isso acontece porque os gatos são ótimos em associar comportamentos a eventos positivos.

Por exemplo, se um tutor costuma ir ao banheiro e, logo depois, alimentar ou brincar com o gato, o animal associará essas ações a algo positivo. Com o tempo, o simples ato de seguir o dono até o banheiro pode se transformar em uma expectativa de recompensa, como um petisco ou carinho.

Essa atitude reflete a capacidade de aprendizado dos gatos, que observam e assimilam a rotina dos seus donos. Eles não seguem seus tutores por acaso; eles antecipam que algo bom pode acontecer.

Portanto, quando seu gato te segue pela casa, ele está apenas agindo conforme seus instintos de busca por recursos, proteção territorial e laços afetivos. É uma mistura de observação, instinto e carinho.

Da próxima vez que seu gato te acompanhar pela casa, lembre-se de que ele está exercendo um papel importante na dinâmica entre vocês. Seja por uma associação com recursos, um instinto territorial ou um vínculo emocional, esse comportamento mostra o quanto ele valoriza a sua presença. Essa conexão é o que torna a convivência com os gatos tão única e especial.

QUEIMADAS: Proteja seus Animais de Estimação

A combinação de seca severa e calor intenso apresenta uma série de desafios, não só para nós, mas também para nossos pets. O desconforto causado por essas condições climáticas pode se transformar em problemas graves de saúde, e é fundamental redobrar a atenção com os cuidados nesses períodos.

A baixa umidade do ar e as altas temperaturas exigem cuidados especiais, principalmente para prevenir a desidratação. Manter os animais hidratados é essencial: água fresca e limpa deve estar sempre disponível. Em dias muito quentes, adicionar gelo ao pote pode estimular o consumo. Para os gatos, que tendem a beber menos água, incluir alimentos úmidos na dieta é uma boa estratégia para aumentar a ingestão de líquidos.

A alimentação também requer atenção. Frutas ricas em água, como melancia, podem ser oferecidas para refrescar os pets, mas é importante evitar frutas tóxicas, como uvas e abacates. Além disso, é necessário monitorar a dieta e respeitar possíveis intolerâncias alimentares, como a lactose, que pode afetar alguns animais.

Os passeios devem ser planejados para os horários mais frescos do dia, já que o asfalto quente pode causar queimaduras nas patas. Em dias de calor intenso, reduzir a atividade física e garantir que o pet fique em ambientes frescos e ventilados é essencial. Se o uso de ar-condicionado não for viável, tapetes gelados ou garrafas congeladas próximas aos locais de descanso podem ajudar a refrescar.

Um cuidado importante, especialmente para animais de pele clara, é o uso de protetores solares específicos para pets, prevenindo queimaduras e até câncer de pele. Embora muitos acreditem que a tosa ajuda a aliviar o calor, o pelo funciona como um regulador natural de temperatura, protegendo os animais tanto do calor quanto da radiação solar.

Além disso, durante a seca, os problemas respiratórios podem se intensificar, especialmente em animais braquicefálicos (de focinho curto). O uso de umidificadores no ambiente e a limpeza regular dos olhos com soro fisiológico podem ajudar a prevenir irritações. Manter o ambiente livre de poeira e fumaça também contribui para o bem-estar respiratório dos pets.

A fumaça das queimadas, comum na estiagem, também é um risco. Assim como para os humanos, ela pode causar problemas respiratórios sérios nos animais. Para minimizar os impactos, mantenha os pets em ambientes fechados e bem ventilados, e redobre os cuidados com a higiene, evitando irritações oculares e outros problemas mais graves.

Se o pet apresentar sintomas como tosse persistente, dificuldade para respirar ou irritações na pele, é importante buscar a orientação de um veterinário.

Cuidar dos pets durante os períodos de seca e calor extremo pode ser desafiador, mas com algumas medidas simples, é possível garantir o bem-estar deles. Hidratação, alimentação adequada e ajustes na rotina de passeios e atividades são passos fundamentais para que eles atravessem essas condições climáticas com saúde e segurança.

Taxidermia de Pets: Como Funciona e Por Que Divide Opiniões?

A taxidermia, uma prática antiga e, muitas vezes, polêmica, tem ganhado espaço entre tutores de pets. Hoje, vou abordar esse tema que envolve a preservação da aparência dos animais após sua morte, algo que desperta curiosidade e debate.

Historicamente, a taxidermia se consolidou tanto como arte quanto como um recurso científico e educativo. Um exemplo notável é o cavalo de Napoleão, que pode ser visto no Museu de História Natural de Paris, destacando a importância dessa prática ao longo dos séculos.

Nos dias atuais, temos visto um aumento na publicação de vídeos e fotos de pets empalhados nas redes sociais. Esses conteúdos provocam reações diversas.

Para alguns, há um fascínio pela arte envolvida, pela habilidade técnica e pela capacidade de recriar fielmente a aparência do animal, perpetuando sua beleza. Outros, porém, sentem desconforto ou até repulsa, vendo a prática como algo perturbador ou macabro. A ideia de manter fisicamente em casa um animal falecido pode ser difícil de aceitar para aqueles que preferem guardar as lembranças de maneira mais simbólica.

Com o poder da internet, essa prática, antes pouco conhecida, tem ganhado visibilidade e gerado discussões acaloradas. Enquanto alguns se interessam e pesquisam mais sobre o assunto, outros criticam, revelando o lado emocional e cultural envolvido nessa escolha.

O principal motivo para a taxidermia de animais de estimação é manter viva a memória desses companheiros. O processo, altamente especializado, envolve a retirada dos órgãos internos, preservando a pele do pet. Ela passa por um tratamento químico e é colocada sobre um molde que replica as medidas do animal. Esse trabalho meticuloso requer não apenas habilidade, mas também respeito pela memória do animal, assegurando uma homenagem digna.

O profissional responsável por essa tarefa é o taxidermista, alguém com profundo conhecimento de anatomia, preservação de tecidos e habilidades artísticas. No Brasil, a taxidermia de animais domésticos é permitida, desde que siga as normas ambientais e não envolva maus-tratos. Já animais silvestres só podem ser empalhados se tiverem origem legal.

Diferente de outros países, onde a caça regulamentada permite a taxidermia de animais caçados, no Brasil, essa prática é restrita a animais de estimação e aqueles vindos de criadouros ou zoológicos.

Os custos da taxidermia variam de acordo com o tamanho e o tipo de pelagem do pet. No momento em que escrevo, empalhar um cão de pequeno porte custa, em média, R$ 1.600, enquanto um cão maior pode chegar a R$ 3.800.

Escolher pela taxidermia é uma decisão pessoal e deve ser ponderada com cuidado. Para alguns, ela traz conforto e a sensação de proximidade com o animal. Para outros, pode dificultar o processo de luto, mantendo um vínculo que, embora eterno, precisa se transformar com o tempo.

No final, essa escolha deve sempre respeitar tanto a memória do animal quanto os sentimentos de quem fica.

Crescimento do Mercado Pet: O Gasto Médio dos “Pais de Pet” no Brasil

Senior woman hugs her beagle dog in countryside

Uma pesquisa recente da HSR Specialist Researchers mostrou que, no Brasil, a relação entre pessoas e seus animais de estimação vai muito além de simples companhia. Neste post, vamos explorar os resultados desse estudo.

O levantamento, que abrangeu mais de 3.500 entrevistados em todo o país, revelou que 62% dos donos de pets se identificam como “pais ou mães de pet” e gastam, em média, R$ 1.132 por mês com seus animais. Esse valor inclui desde alimentação e medicamentos até planos de saúde e acessórios de moda, representando um aumento de 96% em comparação aos gastos de quem se define apenas como “tutor”.

Intitulada “Da Indiferença à Paixão: a jornada do engajamento através das gerações”, a pesquisa destaca uma nova fase no mercado pet, marcada por consumidores mais exigentes e dispostos a investir no bem-estar de seus animais.

A maioria desses “pais de pet” é formada por mulheres entre 25 e 44 anos, com filhos e alta renda. Trata-se de uma nova geração de donos de animais que busca produtos e serviços personalizados, e que não mede esforços para proporcionar o melhor aos seus pets.

O estudo também abre portas para diversas indústrias. No setor de alimentos para pets, por exemplo, há um foco crescente em produtos mais nutritivos, com ingredientes naturais e rações específicas para diferentes raças e faixas etárias. O setor de serviços também está em expansão, com o crescimento de clínicas veterinárias especializadas, pet shops que oferecem estética e bem-estar, além de planos de saúde exclusivos para pets.

O varejo acompanha essa tendência, ajustando sua oferta para atender a essa nova demanda. Lojas especializadas em produtos para animais têm ampliado a variedade de roupas, brinquedos e acessórios, enquanto supermercados dedicam corredores inteiros a itens para pets.

Outro dado curioso do levantamento aponta que 52% dos animais de estimação no Brasil têm nomes humanos, além dos nomes carinhosos como “Pipoca” e “Bolinha”. A pesquisa também mostra que 83% dos donos levam seus pets regularmente ao veterinário, e 32% possuem planos de saúde para eles. Entre os que ainda não possuem plano, 63% demonstraram interesse em contratar um no futuro, com um gasto médio mensal de R$ 177,72. Para a geração Y, esse valor sobe para R$ 200,06, e o gasto com medicamentos e vacinas fica em torno de R$ 175,62. Já os Baby Boomers se destacam por um maior investimento em medicamentos e vacinas, chegando a gastar R$ 245,67, embora apenas 17% dessa geração tenha plano de saúde pet.

Em termos de compras, os locais preferidos são pet shops de bairro e grandes redes especializadas. Além disso, seis em cada dez donos de pets já realizam compras online, uma prática que, antes de 2020, era seguida por apenas 27% dos entrevistados.

O tema “pets” é visto como uma tendência crescente, e o estudo da HSR Specialist Researchers revela que esse movimento está transformando o perfil dos consumidores, especialmente entre os “pais e mães de pet”, que consideram seus animais parte da família. Esse vínculo emocional tem gerado mudanças significativas em diversos setores, abrindo espaço para empresas que inovam e atendem a esse público dedicado e apaixonado. Ao priorizar o bem-estar dos animais, o mercado pet se mostra dinâmico e reflete o carinho que os “pais e mães de pet” têm pelos seus companheiros de quatro patas.

Seguro-Viagem para Pets: Segurança e Tranquilidade para Tutores e seus Animais

Viajar com nossos animais de estimação é uma prática que vem ganhando cada vez mais adeptos, já que muitos tutores não querem deixar seus companheiros para trás. No entanto, assim como nós, os pets também podem enfrentar imprevistos durante uma viagem, como problemas de saúde, acidentes, ou até mesmo extravios. Para garantir a segurança e tranquilidade de ambos, tutores e pets, surge uma solução essencial: o seguro-viagem para animais de estimação.

Hoje, é comum encontrar hotéis e acomodações que se classificam como “pet friendly”, oferecendo um ambiente acolhedor tanto para os hóspedes humanos quanto para seus animais. Além de permitir a presença dos pets, muitos desses locais oferecem comodidades especiais, como camas adequadas, áreas de lazer exclusivas, e até serviços de cuidados, garantindo uma estadia agradável e confortável para todos.

Com o aumento dessa demanda, as seguradoras começaram a incluir cobertura para pets em suas apólices de seguro-viagem. Esse tipo de seguro oferece assistência veterinária emergencial, auxílio em casos de extravio, e outros serviços que asseguram que, em qualquer imprevisto, seu pet estará protegido.

O seguro-viagem para pets é uma modalidade dentro dos já conhecidos seguros de viagem e é especialmente destinado a cães e gatos, que são os animais de estimação mais reconhecidos internacionalmente. As coberturas podem incluir despesas extras com hospedagem, acidentes durante o transporte por carro, trem ou avião, internações, exames, cirurgias, medicamentos, e outras despesas veterinárias emergenciais. Além disso, algumas apólices também oferecem cobertura para despesas com funeral, traslado do corpo, cremação, e repatriação sanitária — o transporte do animal de volta ao Brasil em caso de doença ou acidente grave. Em alguns casos, o seguro também pode cobrir despesas não recuperáveis se uma viagem tiver que ser cancelada por uma emergência médica com o pet.

Antes de contratar esse serviço, é fundamental que o tutor avalie o limite de reembolso oferecido, ou seja, o valor máximo que poderá ser ressarcido por emergências relacionadas à saúde do animal. Todos os detalhes, regras, e limitações do seguro estão especificados na apólice, que deve ser lida com atenção.

O tema ganhou relevância no Brasil após um trágico incidente que envolveu a morte de um Golden Retriever durante um voo, trazendo à tona as condições nas quais os animais são transportados no compartimento de bagagem das aeronaves. O cão, chamado Joca, foi embarcado em um voo errado, o que resultou em sua morte antes de chegar ao destino final. Em situações tão delicadas como essa, embora o seguro não possa aliviar a dor da perda, ele oferece suporte prático, ajudando a minimizar as preocupações logísticas e financeiras em um momento de dor.

Como outras modalidades de seguro, o seguro-viagem para pets não é apenas uma conveniência; é uma medida preventiva que pode evitar despesas inesperadas e proteger o planejamento financeiro da viagem. Com a cobertura adequada, você garante que, em qualquer situação, seu pet receberá o cuidado necessário, sem comprometer a sua tranquilidade ou o seu bolso, tornando o seguro-viagem para pets um aliado indispensável para quem deseja viajar com segurança e sem preocupações.

Gatos e o Luto: Gatos Sentem Luto e Precisam de Nosso Apoio

Um estudo recente, publicado na revista Applied Animal Behavior Science e conduzido por pesquisadores da Universidade de Oakland, nos EUA, sugere que os gatos podem experimentar luto após a morte de outro animal de estimação com o qual conviviam, desafiando a visão comum de que são animais indiferentes e antissociais.

O luto já é um fenômeno conhecido no reino animal. Entre outras espécies, já foi identificado entre golfinhos, elefantes e chimpanzés. Já entre os pets, estudos já atestaram que cães apresentam mudanças de comportamento, depois da morte de outro cachorro.
Esse estudo sobre o luto para os gatos, envolveu mais de 450 tutores que tinham perdido recentemente outro animal de estimação, seja outro gato ou um cachorro, sendo que em cerca de dois terços dos casos o animal falecido era um gato.
Os resultados mostraram que muitos gatos apresentaram mudanças comportamentais significativas após a perda, como dificuldade para dormir, perda de apetite e até mesmo a emissão de sons semelhantes a uivos. Outros gatos tornaram-se mais carentes com seus cuidadores, buscando mais atenção humana, perderam o interesse por suas brincadeiras favoritas.
Segundo os autores do estudo, são comportamentos que indicam que a experiência de luto pode ser ainda mais universal do que se pensava, afetando inclusive os felinos.
A intensidade do luto nos gatos parece estar relacionada ao tempo de convivência e ao tipo de relacionamento que tinham com o animal falecido. Quanto mais tempo os gatos viveram juntos e mais positiva era a interação entre eles, mais profundos foram os sinais de luto observados, como a redução nas horas de sono, na alimentação e na quantidade de brincadeiras. No entanto, os pesquisadores não descartam a hipótese de que os donos dos gatos possam estar projetando sua própria dor nos comportamentos dos felinos.
Para ajudar os gatos a lidar com o luto após a perda de um companheiro, os tutores podem adotar algumas estratégias como manter a rotina, tentando manter os horários regulares de alimentação, brincadeiras e descanso, já que a rotina ajuda os gatos a se sentirem mais seguros e confortáveis; oferecer mais atenção ao pet, dedicando mais tempo para interagir com o gato, oferecendo carinho e estímulos, como novas brincadeiras ou brinquedos; criar um ambiente confortável que garanta que o gato tenha um espaço tranquilo e seguro onde possa se esconder ou descansar quando quiser ficar sozinho; monitorar o comportamento do animalzinho, observando se há sinais de mudanças significativas, como perda de apetite prolongada, letargia ou agressividade; evitar mudanças bruscas durante o período de luto, evitando introduzir novos animais ou fazer alterações grandes no ambiente do pet; e claro, buscar a ajuda profissional. Se o gato demonstrar sinais de depressão profunda ou se o tutor estiver preocupado com o bem-estar do animal, buscar a orientação de um veterinário ou especialista em comportamento animal pode ser útil para elaborar um plano de apoio mais específico.


Os resultados do estudo sugerem que a resposta dos gatos à perda de um companheiro pode estar ligada a processos neurológicos e comportamentais complexos, que envolvem áreas do cérebro que controlam o apego e as emoções, assim como substâncias químicas como a oxitocina, que influenciam as relações sociais e o sentimento de ligação. Compreender esses mecanismos é importante para ajudar os tutores a cuidarem melhor de seus gatos durante períodos de luto, garantindo o bem-estar dos enlutados animais de estimação.

Pets podem ser enterrados em cemitérios humanos?

Cada vez mais cidades estão aprovando o sepultamento de animais de estimação domésticos no mesmo jazigo de suas famílias humanas. Florianópolis, Campinas, Matão, Poços de Caldas, Rio de Janeiro e São José do Rio Preto são exemplos de cidades nas quais as famílias já podem utilizar seus jazigos para sepultar seus pets.
Nesse post, vou falar sobre essa prática, que deve se tornar cada vez mais normal em um futuro bem próximo.
O relacionamento entre seres humanos e pets está mudando a forma como tutores enxergam e tratam seus bichinhos de estimação. Cada vez mais, os animais são considerados como membros das famílias.
Uma demonstração desse fato, está no resultado de uma consulta pública sobre o tema feita em 2022 pela Setec, a Serviços Técnicos Gerais de Campinas, na qual, 85,4% das pessoas se posicionaram a favor do sepultamento de animais domésticos no jazigo da família.
De acordo com a lei aprovada em Campinas, ficam caracterizados como animais domésticos, os que convivem com seres humanos. Poderão ser sepultados em sepulturas, gavetas e outros lugares específicos do cemitério que pertençam à respectiva família, os pets que possuem até 120 quilos.
Como são leis municipais, as regras mudam de uma cidade para outra. No caso de São José do Rio Preto, o limite de peso é de 80 quilos.
Vou utilizar nesse vídeo, o exemplo da cidade de Campinas, mas, reforço aqui que as leis são municipais e variam de um município para outro.
Em Campinas, a lei que foi sancionada em março de 2024, exige que os três cemitérios públicos da cidade passem a realizar os enterros. Para os cemitérios particulares, a decisão é facultativa.
O procedimento na cidade é bem simples: o primeiro passo é o tutor ou responsável pelo animal solicitar uma Guia de Autorização para o Sepultamento de Animais Domésticos na Setec. A guia é composta por informações sobre o animal, a causa da morte e a autorização do responsável pelo cemitério.
Ao solicitar a guia, é preciso apresentar uma declaração de óbito assinada por um médico veterinário, atestando que não há doenças transmissíveis e que é seguro fazer o sepultamento do animal. O laudo sobre as doenças transmissíveis só não é necessário para o sepultamento de cinzas de animais cremados.
O sepultamento é permitido apenas em sepulturas perpétuas, o animal deve estar devidamente acondicionado em embalagem adequada e resistente a danos mecânicos, e deve ocorrer dentro de 24 horas após a morte do pet, a menos que haja uma razão válida, atestada por um veterinário, para atrasar. Somente após dois anos, os restos mortais do animal podem ser exumados.
Todas as despesas relacionadas ao sepultamento, incluindo a emissão da guia, são de responsabilidade do tutor ou responsável.


Segundo a Serviços Técnicos Gerais de Campinas, por não existir um local apropriado, ainda não podem ser feitos velórios para os pets, mas a possibilidade da construção de um espaço destinado a essa atividade está em análise.
A aprovação dessa lei em mais municípios, representa um marco significativo para os amantes de pets. É um avanço legislativo que não apenas reconhece a profunda conexão emocional entre humanos e seus companheiros animais, mas também proporciona um conforto adicional aos enlutados, permitindo que mantenham a proximidade física com seus animais queridos até mesmo após a morte.