Autor: Info Petz

Raiva em Animais de Estimação: Sintomas, Prevenção e Importância da Vacinação

A raiva é uma doença viral grave que afeta diferentes mamíferos, incluindo nossos pets, como cães e gatos. Ela é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, que atinge o sistema nervoso central e, se não tratada, pode levar à morte. Neste texto, vamos explorar os riscos e, principalmente, como a prevenção é essencial para a saúde dos animais e das pessoas.

Classificada como uma zoonose, a raiva pode ser transmitida de animais para seres humanos, o que torna sua prevenção uma prioridade de saúde pública. A vacinação regular é a principal forma de evitar a disseminação do vírus, sendo uma medida indispensável para proteger tanto os pets quanto a comunidade.

A transmissão ocorre, principalmente, por meio da mordida de um animal infectado, já que o vírus está presente na saliva. No entanto, o contato da saliva contaminada com feridas, mucosas ou arranhões também pode provocar a infecção. Morcegos e raposas são exemplos de animais silvestres que costumam transmitir o vírus, mas cães e gatos sem vacinação atualizada estão igualmente em risco, especialmente se tiverem contato com animais infectados.

Os primeiros sinais de raiva em animais aparecem como mudanças comportamentais. Um pet antes tranquilo pode se tornar agressivo ou irritável, sem razão aparente. Outros sintomas incluem hipersensibilidade a estímulos, como luzes e sons, além de tremores e espasmos musculares. A doença pode prejudicar a coordenação motora e provocar perda de apetite e dificuldade para engolir, pois afeta os músculos da garganta.

Nos estágios mais avançados, é comum observar paralisia, começando pela mandíbula, o que dificulta o fechamento da boca e causa salivação excessiva – um dos sinais clássicos da raiva. Sem intervenção rápida, o quadro pode evoluir para convulsões, agitação extrema e, infelizmente, levar ao óbito.

A boa notícia é que a prevenção da raiva é simples e eficaz. A vacinação anual oferece proteção segura para cães e gatos, evitando que eles contraiam e transmitam a doença. Em muitos lugares, essa vacina é obrigatória por lei, e descumprir essa exigência pode gerar penalidades. Mais do que seguir a legislação, vacinar é uma demonstração de responsabilidade e cuidado.

Além da vacinação, outras medidas de prevenção incluem evitar que os pets tenham acesso a áreas com risco de contaminação, como regiões rurais e florestas, e supervisionar suas interações com outros animais. Manter os animais em casa durante a noite é uma forma adicional de proteção.

Em resumo, manter a vacinação contra a raiva em dia é um ato de amor e prevenção que salva vidas. Proteger nossos animais significa proteger também nossas famílias e comunidades. A prevenção é a chave para garantir a saúde e o bem-estar de todos.

Kerry Blue Terrier: Tudo sobre a raça

O Kerry Blue Terrier é uma raça icônica entre os terriers, conhecida pela sua aparência elegante e personalidade vibrante. Sua inteligência e lealdade fazem dele uma excelente escolha para famílias ativas que procuram um cão enérgico e marcante. A seguir, descubra mais sobre as origens, características e cuidados necessários para esse incrível companheiro.

Origem e História

Originário do século XIX, na região montanhosa de Kerry, no sudoeste da Irlanda, o Kerry Blue Terrier foi criado para ser um verdadeiro “faz-tudo”. Ele era usado tanto para caçar pequenos animais, como raposas e lontras, quanto para controlar pragas e ajudar no pastoreio. Com o tempo, sua versatilidade conquistou os irlandeses, e o cão se tornou um parceiro leal não apenas nas fazendas, mas também em lares como cão de companhia.

Aparência e Características Físicas

O Kerry Blue Terrier possui uma pelagem macia e ondulada, com sua cor azul-acinzentada característica. Curiosamente, os filhotes nascem com pelo preto, que vai clareando gradualmente até atingir a tonalidade azul por volta dos 18 a 24 meses. Por ter um pelo denso, ele requer escovação regular para evitar emaranhados e manter sua textura saudável.

Em termos de porte, é uma raça de tamanho médio. Os machos costumam medir entre 45 e 48 cm, enquanto as fêmeas são ligeiramente menores. O peso varia entre 15 e 18 kg, com corpo musculoso e ágil, reflexo da sua herança de cão de trabalho. Seus olhos escuros e atentos, combinados com orelhas pequenas e dobradas, dão ao Kerry Blue uma expressão alerta e inteligente.

Temperamento e Personalidade

Com uma natureza confiante e enérgica, o Kerry Blue Terrier é um cão cheio de personalidade. Ele forma laços profundos com seus tutores e é conhecido por ser afetuoso e protetor. Além disso, é um excelente cão de guarda, sempre atento ao que acontece ao seu redor.

Apesar de ser amigável e leal, ele pode ser teimoso e independente, uma característica comum entre os terriers. Por isso, é essencial que o tutor seja firme e consistente no treinamento, sempre usando reforço positivo. Quando bem socializado desde filhote, o Kerry Blue costuma se dar bem com crianças e outros animais, mas precisa de estímulos frequentes para não desenvolver tédio e comportamentos indesejados.

Cuidados com a Alimentação

A alimentação é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar do Kerry Blue. Sendo uma raça ativa, ele precisa de uma dieta rica em nutrientes e proteínas de alta qualidade, preferencialmente à base de carnes magras, como frango ou peixe.

Além da ração, alguns tutores optam por oferecer alimentos frescos, como vegetais e carnes cozidas, mas é essencial que qualquer alteração na dieta seja supervisionada por um veterinário. Manter o peso saudável é igualmente importante para evitar sobrecarga nas articulações e garantir longevidade.

Saúde e Cuidados Veterinários

Embora robusto, o Kerry Blue Terrier pode ser suscetível a problemas de pele, como alergias e dermatites, devido à sua pelagem densa. Escovações frequentes ajudam a manter a pele limpa e livre de oleosidade.

Outros problemas comuns incluem doenças oculares, como catarata, e a displasia de retina, que pode afetar a visão com o passar do tempo. Embora menos frequente, a displasia de quadril também pode ocorrer. Consultas veterinárias regulares e exames preventivos são fundamentais para manter a saúde do seu pet em dia.

Treinamento e Atividades

Treinar um Kerry Blue pode ser desafiador, mas é uma experiência gratificante. Ele aprende rápido, mas pode ser teimoso, por isso a consistência e o uso de reforço positivo são essenciais. Começar o treinamento e a socialização desde cedo é importante para evitar problemas de comportamento no futuro.

Essa raça também se destaca em esportes como agilidade e provas de obediência, atividades que ajudam a canalizar sua energia e mantê-lo mentalmente estimulado. Variar os treinos e oferecer desafios é fundamental para evitar que o cão se entedie e desenvolva comportamentos destrutivos.

O Kerry Blue Terrier é uma raça que combina inteligência, energia e lealdade, sendo ideal para famílias ativas que buscam um companheiro protetor e versátil. Com os cuidados certos e um ambiente que ofereça estímulos físicos e mentais, esse cão pode proporcionar anos de convivência alegre e cheia de aventuras. Se você está em busca de um pet com personalidade marcante e pronto para novas experiências, o Kerry Blue Terrier pode ser a escolha perfeita!

Goldendoodles: Tudo sobre a raça

O Goldendoodle, uma mistura entre o Golden Retriever e o Poodle, tem conquistado muitos corações. Embora alguns pensem que é uma raça nova, os primeiros cães dessa combinação surgiram nos Estados Unidos e na Austrália no final dos anos 1960. O objetivo inicial era criar um cão-guia hipoalergênico para pessoas alérgicas. Contudo, a popularidade da raça só explodiu nos anos 90, quando passou a ser uma escolha comum para famílias e indivíduos que procuravam um animal de estimação inteligente, afetuoso e de fácil convivência.

O nome Goldendoodle vem da junção de “Golden” (do Golden Retriever) e “Poodle” (Poodle), refletindo suas origens. A intenção do cruzamento era unir a baixa queda de pelos do Poodle, conhecido por ser hipoalergênico, com o temperamento amigável e leal do Golden Retriever. O resultado foi um cão com características muito atraentes: um animal inteligente, energético e com uma pelagem que solta poucos pelos.

Características Físicas do Goldendoodle

O Goldendoodle é uma raça que apresenta uma grande diversidade de tamanhos, graças à linhagem de Poodles. Ele pode ser encontrado em três versões principais:

  • Pequeno: até 6 kg
  • Médio: até 20 kg
  • Grande: até 30 kg

Essa flexibilidade de tamanhos torna o Goldendoodle ideal para diferentes tipos de lares, desde apartamentos pequenos até casas com quintais amplos.

Em relação à aparência, a pelagem do Goldendoodle varia bastante, podendo ser ondulada, crespa, densa e suave, geralmente herdada do Poodle. As cores mais comuns são tons claros como branco, dourado, champagne e cinza. Embora a raça tenha a vantagem de soltar poucos pelos, é fundamental escová-la ao menos uma vez por semana, especialmente os cães com pelagem mais longa, para evitar nós e embaraços.

Temperamento e Comportamento do Goldendoodle

O temperamento do Goldendoodle é um dos maiores atrativos dessa raça. Esses cães são extremamente sociáveis, carinhosos e adoram companhia. Eles têm uma natureza amigável, sendo ótimos com crianças, idosos e até outros animais de estimação. Seu comportamento é muito similar ao do Golden Retriever, conhecido por sua bondade e empatia.

A inteligência do Poodle se reflete na facilidade de treinamento do Goldendoodle, tornando-os cães de fácil aprendizagem e muito obedientes. São animais que adoram agradar seus tutores e podem ser treinados para diversas funções, como cães-guia e até cães de terapia. No entanto, é importante usar métodos de treinamento baseados em reforços positivos, já que eles respondem melhor a elogios e recompensas.

Apesar de sua energia e alegria, o Goldendoodle não é a escolha certa para quem busca um cão de guarda, já que sua natureza amigável o faz confiar facilmente até em estranhos.

Saúde e Cuidados do Goldendoodle

Como ocorre com muitos cães mestiços, o Goldendoodle pode herdar algumas condições de saúde dos seus pais. Entre os problemas mais comuns, destacam-se:

  • Displasia de quadril, que pode ser herdada do Golden Retriever, afetando a articulação do quadril e causando dor e dificuldade de movimento.
  • Problemas oculares, como catarata e glaucoma, herdados do Poodle.
  • Distúrbios sanguíneos, também presentes na raça Poodle.

Além disso, os cuidados com as orelhas são essenciais, pois as grandes orelhas caídas dos Goldendoodles podem ser propensas a infecções, especialmente após banhos ou atividades aquáticas. É importante garantir que as orelhas permaneçam limpas e secas para evitar esse tipo de problema.

Exercícios e Cuidados Diários

O Goldendoodle é um cão com nível de energia variado, mas geralmente alto. Para garantir que ele se mantenha saudável tanto fisicamente quanto mentalmente, é importante que tenha uma rotina de exercícios regulares. Brincadeiras, caminhadas, corridas e até nadar são atividades que o Goldendoodle adora, aproveitando suas raízes de cão retriever. Recomenda-se pelo menos de 30 minutos a uma hora de atividade física diária.

Além dos exercícios físicos, o Goldendoodle necessita de interação social. Não são cães que gostam de ficar sozinhos por muito tempo. Se deixados sozinhos por períodos prolongados, podem desenvolver problemas como destruição de objetos ou até ansiedade de separação. Portanto, é importante que eles tenham companhia e estimulação mental ao longo do dia.

Em relação à alimentação, é fundamental oferecer uma ração de boa qualidade, rica em proteínas e nutrientes, para sustentar seu nível de energia elevado. Para evitar problemas digestivos, é recomendável alimentar os Goldendoodles duas vezes por dia, controlando a quantidade para que não comam rápido demais. O uso de comedouros lentos pode ser útil nesse caso.

Com seu temperamento amigável, inteligência aguçada e fácil adaptação, o Goldendoodle é uma excelente escolha para famílias que buscam um cão leal, afetuoso e disposto a aprender. Seu porte variado e pelagem de baixa queda fazem dele um ótimo companheiro para diferentes tipos de ambiente e tutores.

Gato te Seguindo em Casa? Entenda Esse Comportamento!

 

Se o seu gato tem o hábito de te seguir por todos os cômodos da casa, não se preocupe, isso é um comportamento bastante comum e natural. Nesse artigo, vamos explorar esse curioso comportamento dos felinos.

Desde arranhar portas para que sejam abertas até “vigiar” as entradas dos ambientes, esses comportamentos remontam aos instintos selvagens dos gatos. Especialistas indicam que isso é não só típico, mas também reflete a complexa relação entre os gatos e seus donos.

Veterinários explicam que um dos principais motivos pelos quais os gatos seguem seus donos é a busca por benefícios. Os felinos tendem a ficar perto das pessoas que lhes oferecem algo de valor, seja comida, atenção, carinho ou até um lugar aconchegante para relaxar. Gatos criam uma forte conexão com a fonte dos seus recursos, e geralmente essa fonte é o tutor.

Esse comportamento está profundamente relacionado ao fato de que os gatos enxergam seus tutores como figuras que suprem suas necessidades. Quando um gato segue seu dono pela casa, ele pode estar garantindo que terá acesso a seus “recursos” — seja comida, afeto ou proteção. Ou seja, ele está “monitorando” a sua fonte de bem-estar.

A territorialidade também desempenha um papel importante. Gatos são extremamente territoriais, e seguir o tutor pode ser parte de sua rotina de “patrulha” do espaço. Quando se esfregam em móveis ou em seus donos, estão marcando território e reafirmando que aquele local faz parte do seu domínio. Assim, o tutor também se torna parte desse território que precisa ser monitorado e protegido.

É por isso que, muitas vezes, os gatos se esfregam nas pernas dos seus donos ou nos móveis ao redor deles. Esse gesto reforça a noção de pertencimento e controle sobre o ambiente. Seguir o tutor, portanto, pode ser interpretado como uma forma de garantir que seu espaço — e seus recursos — estejam seguros.

Embora os gatos sejam vistos como mais independentes que os cães, muitos criam laços fortes com seus tutores, semelhantes aos laços entre mãe e filhote. Na natureza, os filhotes seguem suas mães para aprender habilidades essenciais, como caçar e se proteger. Quando adotados por humanos, eles podem passar a ver seus tutores como figuras maternais, reforçando o comportamento de segui-los.

Esse comportamento é especialmente comum em gatos adotados ainda filhotes, pois eles associam a presença do tutor à segurança e bem-estar. A longo prazo, o gato enxerga o tutor como alguém que desempenha um papel crucial em sua vida, suprindo suas necessidades básicas.

Além dos fatores instintivos, os gatos são observadores aguçados e aprendem rapidamente a rotina dos seus tutores. Muitos donos notam que seus gatos os seguem em momentos específicos, como quando estão indo ao banheiro ou se preparando para uma refeição. Isso acontece porque os gatos são ótimos em associar comportamentos a eventos positivos.

Por exemplo, se um tutor costuma ir ao banheiro e, logo depois, alimentar ou brincar com o gato, o animal associará essas ações a algo positivo. Com o tempo, o simples ato de seguir o dono até o banheiro pode se transformar em uma expectativa de recompensa, como um petisco ou carinho.

Essa atitude reflete a capacidade de aprendizado dos gatos, que observam e assimilam a rotina dos seus donos. Eles não seguem seus tutores por acaso; eles antecipam que algo bom pode acontecer.

Portanto, quando seu gato te segue pela casa, ele está apenas agindo conforme seus instintos de busca por recursos, proteção territorial e laços afetivos. É uma mistura de observação, instinto e carinho.

Da próxima vez que seu gato te acompanhar pela casa, lembre-se de que ele está exercendo um papel importante na dinâmica entre vocês. Seja por uma associação com recursos, um instinto territorial ou um vínculo emocional, esse comportamento mostra o quanto ele valoriza a sua presença. Essa conexão é o que torna a convivência com os gatos tão única e especial.

QUEIMADAS: Proteja seus Animais de Estimação

A combinação de seca severa e calor intenso apresenta uma série de desafios, não só para nós, mas também para nossos pets. O desconforto causado por essas condições climáticas pode se transformar em problemas graves de saúde, e é fundamental redobrar a atenção com os cuidados nesses períodos.

A baixa umidade do ar e as altas temperaturas exigem cuidados especiais, principalmente para prevenir a desidratação. Manter os animais hidratados é essencial: água fresca e limpa deve estar sempre disponível. Em dias muito quentes, adicionar gelo ao pote pode estimular o consumo. Para os gatos, que tendem a beber menos água, incluir alimentos úmidos na dieta é uma boa estratégia para aumentar a ingestão de líquidos.

A alimentação também requer atenção. Frutas ricas em água, como melancia, podem ser oferecidas para refrescar os pets, mas é importante evitar frutas tóxicas, como uvas e abacates. Além disso, é necessário monitorar a dieta e respeitar possíveis intolerâncias alimentares, como a lactose, que pode afetar alguns animais.

Os passeios devem ser planejados para os horários mais frescos do dia, já que o asfalto quente pode causar queimaduras nas patas. Em dias de calor intenso, reduzir a atividade física e garantir que o pet fique em ambientes frescos e ventilados é essencial. Se o uso de ar-condicionado não for viável, tapetes gelados ou garrafas congeladas próximas aos locais de descanso podem ajudar a refrescar.

Um cuidado importante, especialmente para animais de pele clara, é o uso de protetores solares específicos para pets, prevenindo queimaduras e até câncer de pele. Embora muitos acreditem que a tosa ajuda a aliviar o calor, o pelo funciona como um regulador natural de temperatura, protegendo os animais tanto do calor quanto da radiação solar.

Além disso, durante a seca, os problemas respiratórios podem se intensificar, especialmente em animais braquicefálicos (de focinho curto). O uso de umidificadores no ambiente e a limpeza regular dos olhos com soro fisiológico podem ajudar a prevenir irritações. Manter o ambiente livre de poeira e fumaça também contribui para o bem-estar respiratório dos pets.

A fumaça das queimadas, comum na estiagem, também é um risco. Assim como para os humanos, ela pode causar problemas respiratórios sérios nos animais. Para minimizar os impactos, mantenha os pets em ambientes fechados e bem ventilados, e redobre os cuidados com a higiene, evitando irritações oculares e outros problemas mais graves.

Se o pet apresentar sintomas como tosse persistente, dificuldade para respirar ou irritações na pele, é importante buscar a orientação de um veterinário.

Cuidar dos pets durante os períodos de seca e calor extremo pode ser desafiador, mas com algumas medidas simples, é possível garantir o bem-estar deles. Hidratação, alimentação adequada e ajustes na rotina de passeios e atividades são passos fundamentais para que eles atravessem essas condições climáticas com saúde e segurança.

Aves Ornamentais: A Nova Tendência entre os Pets no Brasil

O amor dos brasileiros por cães e gatos é inegável, mas cada vez mais famílias estão se interessando por outras opções de animais de estimação. Neste post, vou abordar o crescente interesse por aves ornamentais no Brasil.

Conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação e do Instituto Pet Brasil, houve um aumento significativo na quantidade de pássaros silvestres em cativeiro, passando de 41,6 milhões em 2022 para 42,8 milhões em 2023, um crescimento de 3% em apenas um ano.

A pesquisa também destacou que o total de animais de estimação no país aumentou 3,3% em 2023, subindo de 155,7 milhões para mais de 160 milhões. Os cães ainda lideram em popularidade, com um crescimento de 2,8%, passando de 60,5 milhões para 62,2 milhões. Em segundo lugar, vêm as aves ornamentais, seguidas pelos gatos, que registraram um aumento de 5,4%. Peixes ornamentais também cresceram 2,29%, enquanto répteis e pequenos mamíferos, como chinchilas e hamsters, tiveram um salto de 7,6%.

Com a população de pets em ascensão, o mercado de produtos e serviços para animais de estimação tende a se expandir ainda mais. Segundo previsões do IPB e da Abinpet, o setor deve atingir um faturamento de R$ 76,3 bilhões até 2024. Somente o segmento de alimentação para pets (pet food) movimentou R$ 41,7 bilhões em 2023, representando 54,7% do mercado total.

A crescente popularidade das aves ornamentais como pets reflete uma busca por novas formas de companhia. Muitas pessoas estão optando por essas aves devido ao vínculo único que elas oferecem. Diferentemente de outros animais de estimação, aves podem proporcionar uma interação mais calma, com comportamentos que encantam seus donos. Além disso, algumas espécies são extremamente belas e exóticas, e têm uma longevidade que pode permitir uma convivência por décadas.

Outro ponto que torna as aves uma escolha atrativa é o custo relativamente baixo de manutenção. A ração pode durar meses, e as visitas ao veterinário são geralmente menos frequentes, possibilitando um planejamento financeiro mais fácil ao longo do tempo. No entanto, o mercado ainda carece de planos de saúde específicos para aves, o que poderia facilitar ainda mais o cuidado com esses pets, sinalizando uma oportunidade para inovação no setor veterinário.

Além das aves, outros animais de pequeno porte, como répteis e mamíferos exóticos, estão ganhando espaço. Esse fenômeno está associado à urbanização e à diminuição do tamanho das famílias. Com a verticalização das cidades, muitas pessoas buscam animais que exijam menos espaço e cuidados, tornando essas espécies mais práticas para o cotidiano urbano. A simplicidade de manutenção e o menor custo de tempo e dinheiro são fatores decisivos para quem vive em espaços reduzidos, sem querer abrir mão da companhia de um pet.

A adaptação desses animais ao ambiente urbano e ao estilo de vida moderno, onde o tempo é um recurso escasso, faz com que sejam cada vez mais procurados. Além disso, a interação com animais exóticos desperta a curiosidade e proporciona experiências diferentes das oferecidas pelos pets mais tradicionais. O mercado pet, portanto, tende a se diversificar ainda mais, acompanhando as mudanças nas preferências dos tutores, que buscam alternativas que se alinhem às suas rotinas e espaços.

Com a demanda em alta, o mercado especializado em produtos e serviços para animais de estimação exóticos tem crescido. Desde acessórios específicos até alimentos mais nutritivos, o setor busca atender às necessidades desses animais e de seus donos. A expectativa é que essa tendência continue nos próximos anos, com o desenvolvimento de novas soluções que facilitem os cuidados e proporcionem mais conforto para os pets e seus tutores.

Taxidermia de Pets: Como Funciona e Por Que Divide Opiniões?

A taxidermia, uma prática antiga e, muitas vezes, polêmica, tem ganhado espaço entre tutores de pets. Hoje, vou abordar esse tema que envolve a preservação da aparência dos animais após sua morte, algo que desperta curiosidade e debate.

Historicamente, a taxidermia se consolidou tanto como arte quanto como um recurso científico e educativo. Um exemplo notável é o cavalo de Napoleão, que pode ser visto no Museu de História Natural de Paris, destacando a importância dessa prática ao longo dos séculos.

Nos dias atuais, temos visto um aumento na publicação de vídeos e fotos de pets empalhados nas redes sociais. Esses conteúdos provocam reações diversas.

Para alguns, há um fascínio pela arte envolvida, pela habilidade técnica e pela capacidade de recriar fielmente a aparência do animal, perpetuando sua beleza. Outros, porém, sentem desconforto ou até repulsa, vendo a prática como algo perturbador ou macabro. A ideia de manter fisicamente em casa um animal falecido pode ser difícil de aceitar para aqueles que preferem guardar as lembranças de maneira mais simbólica.

Com o poder da internet, essa prática, antes pouco conhecida, tem ganhado visibilidade e gerado discussões acaloradas. Enquanto alguns se interessam e pesquisam mais sobre o assunto, outros criticam, revelando o lado emocional e cultural envolvido nessa escolha.

O principal motivo para a taxidermia de animais de estimação é manter viva a memória desses companheiros. O processo, altamente especializado, envolve a retirada dos órgãos internos, preservando a pele do pet. Ela passa por um tratamento químico e é colocada sobre um molde que replica as medidas do animal. Esse trabalho meticuloso requer não apenas habilidade, mas também respeito pela memória do animal, assegurando uma homenagem digna.

O profissional responsável por essa tarefa é o taxidermista, alguém com profundo conhecimento de anatomia, preservação de tecidos e habilidades artísticas. No Brasil, a taxidermia de animais domésticos é permitida, desde que siga as normas ambientais e não envolva maus-tratos. Já animais silvestres só podem ser empalhados se tiverem origem legal.

Diferente de outros países, onde a caça regulamentada permite a taxidermia de animais caçados, no Brasil, essa prática é restrita a animais de estimação e aqueles vindos de criadouros ou zoológicos.

Os custos da taxidermia variam de acordo com o tamanho e o tipo de pelagem do pet. No momento em que escrevo, empalhar um cão de pequeno porte custa, em média, R$ 1.600, enquanto um cão maior pode chegar a R$ 3.800.

Escolher pela taxidermia é uma decisão pessoal e deve ser ponderada com cuidado. Para alguns, ela traz conforto e a sensação de proximidade com o animal. Para outros, pode dificultar o processo de luto, mantendo um vínculo que, embora eterno, precisa se transformar com o tempo.

No final, essa escolha deve sempre respeitar tanto a memória do animal quanto os sentimentos de quem fica.

Crescimento do Mercado Pet: O Gasto Médio dos “Pais de Pet” no Brasil

Senior woman hugs her beagle dog in countryside

Uma pesquisa recente da HSR Specialist Researchers mostrou que, no Brasil, a relação entre pessoas e seus animais de estimação vai muito além de simples companhia. Neste post, vamos explorar os resultados desse estudo.

O levantamento, que abrangeu mais de 3.500 entrevistados em todo o país, revelou que 62% dos donos de pets se identificam como “pais ou mães de pet” e gastam, em média, R$ 1.132 por mês com seus animais. Esse valor inclui desde alimentação e medicamentos até planos de saúde e acessórios de moda, representando um aumento de 96% em comparação aos gastos de quem se define apenas como “tutor”.

Intitulada “Da Indiferença à Paixão: a jornada do engajamento através das gerações”, a pesquisa destaca uma nova fase no mercado pet, marcada por consumidores mais exigentes e dispostos a investir no bem-estar de seus animais.

A maioria desses “pais de pet” é formada por mulheres entre 25 e 44 anos, com filhos e alta renda. Trata-se de uma nova geração de donos de animais que busca produtos e serviços personalizados, e que não mede esforços para proporcionar o melhor aos seus pets.

O estudo também abre portas para diversas indústrias. No setor de alimentos para pets, por exemplo, há um foco crescente em produtos mais nutritivos, com ingredientes naturais e rações específicas para diferentes raças e faixas etárias. O setor de serviços também está em expansão, com o crescimento de clínicas veterinárias especializadas, pet shops que oferecem estética e bem-estar, além de planos de saúde exclusivos para pets.

O varejo acompanha essa tendência, ajustando sua oferta para atender a essa nova demanda. Lojas especializadas em produtos para animais têm ampliado a variedade de roupas, brinquedos e acessórios, enquanto supermercados dedicam corredores inteiros a itens para pets.

Outro dado curioso do levantamento aponta que 52% dos animais de estimação no Brasil têm nomes humanos, além dos nomes carinhosos como “Pipoca” e “Bolinha”. A pesquisa também mostra que 83% dos donos levam seus pets regularmente ao veterinário, e 32% possuem planos de saúde para eles. Entre os que ainda não possuem plano, 63% demonstraram interesse em contratar um no futuro, com um gasto médio mensal de R$ 177,72. Para a geração Y, esse valor sobe para R$ 200,06, e o gasto com medicamentos e vacinas fica em torno de R$ 175,62. Já os Baby Boomers se destacam por um maior investimento em medicamentos e vacinas, chegando a gastar R$ 245,67, embora apenas 17% dessa geração tenha plano de saúde pet.

Em termos de compras, os locais preferidos são pet shops de bairro e grandes redes especializadas. Além disso, seis em cada dez donos de pets já realizam compras online, uma prática que, antes de 2020, era seguida por apenas 27% dos entrevistados.

O tema “pets” é visto como uma tendência crescente, e o estudo da HSR Specialist Researchers revela que esse movimento está transformando o perfil dos consumidores, especialmente entre os “pais e mães de pet”, que consideram seus animais parte da família. Esse vínculo emocional tem gerado mudanças significativas em diversos setores, abrindo espaço para empresas que inovam e atendem a esse público dedicado e apaixonado. Ao priorizar o bem-estar dos animais, o mercado pet se mostra dinâmico e reflete o carinho que os “pais e mães de pet” têm pelos seus companheiros de quatro patas.

Seguro-Viagem para Pets: Segurança e Tranquilidade para Tutores e seus Animais

Viajar com nossos animais de estimação é uma prática que vem ganhando cada vez mais adeptos, já que muitos tutores não querem deixar seus companheiros para trás. No entanto, assim como nós, os pets também podem enfrentar imprevistos durante uma viagem, como problemas de saúde, acidentes, ou até mesmo extravios. Para garantir a segurança e tranquilidade de ambos, tutores e pets, surge uma solução essencial: o seguro-viagem para animais de estimação.

Hoje, é comum encontrar hotéis e acomodações que se classificam como “pet friendly”, oferecendo um ambiente acolhedor tanto para os hóspedes humanos quanto para seus animais. Além de permitir a presença dos pets, muitos desses locais oferecem comodidades especiais, como camas adequadas, áreas de lazer exclusivas, e até serviços de cuidados, garantindo uma estadia agradável e confortável para todos.

Com o aumento dessa demanda, as seguradoras começaram a incluir cobertura para pets em suas apólices de seguro-viagem. Esse tipo de seguro oferece assistência veterinária emergencial, auxílio em casos de extravio, e outros serviços que asseguram que, em qualquer imprevisto, seu pet estará protegido.

O seguro-viagem para pets é uma modalidade dentro dos já conhecidos seguros de viagem e é especialmente destinado a cães e gatos, que são os animais de estimação mais reconhecidos internacionalmente. As coberturas podem incluir despesas extras com hospedagem, acidentes durante o transporte por carro, trem ou avião, internações, exames, cirurgias, medicamentos, e outras despesas veterinárias emergenciais. Além disso, algumas apólices também oferecem cobertura para despesas com funeral, traslado do corpo, cremação, e repatriação sanitária — o transporte do animal de volta ao Brasil em caso de doença ou acidente grave. Em alguns casos, o seguro também pode cobrir despesas não recuperáveis se uma viagem tiver que ser cancelada por uma emergência médica com o pet.

Antes de contratar esse serviço, é fundamental que o tutor avalie o limite de reembolso oferecido, ou seja, o valor máximo que poderá ser ressarcido por emergências relacionadas à saúde do animal. Todos os detalhes, regras, e limitações do seguro estão especificados na apólice, que deve ser lida com atenção.

O tema ganhou relevância no Brasil após um trágico incidente que envolveu a morte de um Golden Retriever durante um voo, trazendo à tona as condições nas quais os animais são transportados no compartimento de bagagem das aeronaves. O cão, chamado Joca, foi embarcado em um voo errado, o que resultou em sua morte antes de chegar ao destino final. Em situações tão delicadas como essa, embora o seguro não possa aliviar a dor da perda, ele oferece suporte prático, ajudando a minimizar as preocupações logísticas e financeiras em um momento de dor.

Como outras modalidades de seguro, o seguro-viagem para pets não é apenas uma conveniência; é uma medida preventiva que pode evitar despesas inesperadas e proteger o planejamento financeiro da viagem. Com a cobertura adequada, você garante que, em qualquer situação, seu pet receberá o cuidado necessário, sem comprometer a sua tranquilidade ou o seu bolso, tornando o seguro-viagem para pets um aliado indispensável para quem deseja viajar com segurança e sem preocupações.

Gatos e o Luto: Gatos Sentem Luto e Precisam de Nosso Apoio

Um estudo recente, publicado na revista Applied Animal Behavior Science e conduzido por pesquisadores da Universidade de Oakland, nos EUA, sugere que os gatos podem experimentar luto após a morte de outro animal de estimação com o qual conviviam, desafiando a visão comum de que são animais indiferentes e antissociais.

O luto já é um fenômeno conhecido no reino animal. Entre outras espécies, já foi identificado entre golfinhos, elefantes e chimpanzés. Já entre os pets, estudos já atestaram que cães apresentam mudanças de comportamento, depois da morte de outro cachorro.
Esse estudo sobre o luto para os gatos, envolveu mais de 450 tutores que tinham perdido recentemente outro animal de estimação, seja outro gato ou um cachorro, sendo que em cerca de dois terços dos casos o animal falecido era um gato.
Os resultados mostraram que muitos gatos apresentaram mudanças comportamentais significativas após a perda, como dificuldade para dormir, perda de apetite e até mesmo a emissão de sons semelhantes a uivos. Outros gatos tornaram-se mais carentes com seus cuidadores, buscando mais atenção humana, perderam o interesse por suas brincadeiras favoritas.
Segundo os autores do estudo, são comportamentos que indicam que a experiência de luto pode ser ainda mais universal do que se pensava, afetando inclusive os felinos.
A intensidade do luto nos gatos parece estar relacionada ao tempo de convivência e ao tipo de relacionamento que tinham com o animal falecido. Quanto mais tempo os gatos viveram juntos e mais positiva era a interação entre eles, mais profundos foram os sinais de luto observados, como a redução nas horas de sono, na alimentação e na quantidade de brincadeiras. No entanto, os pesquisadores não descartam a hipótese de que os donos dos gatos possam estar projetando sua própria dor nos comportamentos dos felinos.
Para ajudar os gatos a lidar com o luto após a perda de um companheiro, os tutores podem adotar algumas estratégias como manter a rotina, tentando manter os horários regulares de alimentação, brincadeiras e descanso, já que a rotina ajuda os gatos a se sentirem mais seguros e confortáveis; oferecer mais atenção ao pet, dedicando mais tempo para interagir com o gato, oferecendo carinho e estímulos, como novas brincadeiras ou brinquedos; criar um ambiente confortável que garanta que o gato tenha um espaço tranquilo e seguro onde possa se esconder ou descansar quando quiser ficar sozinho; monitorar o comportamento do animalzinho, observando se há sinais de mudanças significativas, como perda de apetite prolongada, letargia ou agressividade; evitar mudanças bruscas durante o período de luto, evitando introduzir novos animais ou fazer alterações grandes no ambiente do pet; e claro, buscar a ajuda profissional. Se o gato demonstrar sinais de depressão profunda ou se o tutor estiver preocupado com o bem-estar do animal, buscar a orientação de um veterinário ou especialista em comportamento animal pode ser útil para elaborar um plano de apoio mais específico.


Os resultados do estudo sugerem que a resposta dos gatos à perda de um companheiro pode estar ligada a processos neurológicos e comportamentais complexos, que envolvem áreas do cérebro que controlam o apego e as emoções, assim como substâncias químicas como a oxitocina, que influenciam as relações sociais e o sentimento de ligação. Compreender esses mecanismos é importante para ajudar os tutores a cuidarem melhor de seus gatos durante períodos de luto, garantindo o bem-estar dos enlutados animais de estimação.