Categoria: Gatos

O Impacto do Cigarro na Saúde dos Animais de Estimação

Muito se fala sobre os prejuízos do cigarro para a saúde humana, mas pouca gente sabe que o tabagismo também traz sérias consequências para os animais de estimação. Sim, a fumaça do cigarro também faz mal aos pets — e os riscos são mais comuns do que se imagina.

Animais que vivem em ambientes onde há fumantes acabam, inevitavelmente, sendo expostos às substâncias tóxicas presentes na fumaça. Cães, gatos, aves, roedores e até peixes tornam-se vítimas involuntárias desse problema, que não têm como escolher evitar.

A fumaça do cigarro contém milhares de compostos nocivos, como nicotina, monóxido de carbono e muitas outras toxinas. No convívio diário, os pets inalam essas substâncias, absorvem pela pele e, no caso dos gatos, a exposição é ainda maior: ao se lamberem, eles acabam ingerindo resíduos que ficam impregnados nos pelos e nas superfícies da casa. Isso transforma o lar em um ambiente constantemente contaminado.

As consequências para a saúde dos animais são sérias e podem surgir tanto de forma imediata quanto com o passar do tempo. Problemas respiratórios como bronquite, asma, rinite, tosse crônica e até pneumonia estão entre os mais frequentes. Mas os efeitos não param por aí. O contato contínuo com a fumaça também compromete o sistema cardiovascular, pode provocar alterações neurológicas, dermatites e aumentar significativamente o risco de desenvolvimento de câncer, inclusive em áreas como boca e nariz.

A gravidade dos efeitos varia conforme a espécie, o porte do animal, a frequência da exposição e o ambiente em que vivem. Pets de menor porte, além daqueles que já apresentam histórico de doenças respiratórias, estão ainda mais suscetíveis. As aves, por exemplo, possuem um sistema respiratório extremamente sensível e podem adoecer gravemente mesmo em contatos breves com a fumaça. Já os peixes correm risco quando as partículas tóxicas se acumulam na água do aquário.

É essencial entender que fumar em outro cômodo, abrir janelas ou tentar isolar o pet não é suficiente para protegê-lo. As substâncias tóxicas se fixam em tecidos, móveis, cortinas, roupas, brinquedos e até na ração e nos potinhos de água. A fumaça pode até sumir, mas os resíduos permanecem no ambiente, representando uma ameaça contínua à saúde dos animais.

Se você convive com animais e é fumante, é fundamental refletir sobre o impacto que essa escolha gera na vida deles. Manter os ambientes ventilados e limpos já ajuda, mas a única maneira realmente segura de proteger os pets é eliminar completamente a exposição — o que, na prática, significa parar de fumar.

Afinal, nossos animais não são apenas companhia. Eles são parte da família, dependem de nós e das nossas escolhas. Proteger seu pet do tabagismo passivo é mais do que um cuidado: é um verdadeiro ato de amor e responsabilidade. Eles não fumam, mas infelizmente podem sofrer — e muito — por quem fuma.

Animais em Condomínios: Quem é o Responsável por Conflitos e Como Evitá-los?

Ter animais de estimação em condomínios é algo cada vez mais comum. Com milhões de pets vivendo nas cidades, é natural que eles compartilhem os mesmos espaços que vizinhos e outros animais. Porém, junto com esse crescimento, também aumentam os casos de conflitos — sejam brigas entre animais, reclamações por barulho ou até acidentes.

Neste artigo, você vai entender como prevenir esses problemas e descobrir quem deve ser responsabilizado quando ocorrem situações como mordidas, danos ou brigas.

A legislação brasileira é bem clara nesse ponto: o tutor do animal é o responsável direto por qualquer dano que ele cause. De acordo com o Código Civil, quem possui ou detém o animal deve arcar com eventuais prejuízos, salvo se ficar comprovado que houve culpa da vítima ou algum evento inesperado e inevitável.

Isso se aplica tanto a danos materiais quanto morais. Portanto, se um pet ataca outro animal ou uma pessoa, o tutor do animal agressor deverá indenizar pelos prejuízos, a menos que prove que houve provocação ou alguma circunstância que fugiu ao seu controle.

O condomínio, por sua vez, também tem responsabilidades. Ele deve possuir regras claras sobre a convivência de animais nas áreas comuns e fazer com que elas sejam cumpridas. Caso haja negligência — como permitir animais soltos onde isso não é permitido, ou ignorar reclamações dos moradores —, o condomínio pode, sim, ser responsabilizado judicialmente junto ao tutor.

Por isso, tanto os tutores quanto a administração do condomínio precisam colaborar para uma convivência harmoniosa. Para os donos de pets, é fundamental:

  • Usar sempre coleira e guia, independentemente do porte ou comportamento do animal;
  • Utilizar focinheira, se for exigido pelas regras do condomínio;
  • Evitar circular com o pet em locais proibidos;
  • E, claro, assumir a responsabilidade por qualquer dano causado pelo animal, seja a outros moradores, pets ou ao próprio patrimônio do condomínio.

Por outro lado, o condomínio precisa garantir que as normas sejam claras e bem aplicadas. Isso inclui definir onde é permitido ou não circular com animais, aplicar advertências ou multas em caso de descumprimento, exigir o uso de equipamentos de segurança quando necessário e atuar na mediação de conflitos entre moradores.

A prevenção é sempre o melhor caminho. Medidas simples, como evitar o contato entre animais desconhecidos, investir na socialização e no adestramento do pet desde cedo e respeitar as regras internas, fazem toda a diferença para a segurança e o bem-estar de todos.

Além das regras, o bom senso e o respeito ao próximo são indispensáveis. Nem todos os moradores se sentem confortáveis na presença de animais, especialmente os de grande porte. Por isso, é importante respeitar os espaços coletivos, evitar passear com o pet em horários de grande movimento e sempre recolher os dejetos do animal.

Quando algum problema acontece, o ideal é buscar o diálogo antes de qualquer medida mais extrema. A conversa franca e respeitosa entre vizinhos e com a administração geralmente resolve situações que poderiam facilmente acabar na justiça.

Com responsabilidade e empatia, é totalmente possível garantir uma convivência pacífica, segura e agradável para todos no condomínio — incluindo, claro, os pets.

Como Proteger Cães e Gatos da Gripe

Assim como os humanos, cães e gatos também estão sujeitos a contrair gripe. Embora nem sempre seja uma condição grave, ela pode causar desconforto significativo e, em casos mais delicados, evoluir para quadros mais sérios. A boa notícia é que, com medidas simples no dia a dia, é possível reduzir bastante o risco de infecção.

Gripe Canina e Gripe Felina: O que são?

Nos cães, a gripe é conhecida como traqueobronquite infecciosa canina. Já nos gatos, o nome técnico é rinotraqueíte felina. Ambas são causadas por vírus e bactérias que atacam o sistema respiratório dos pets.

Os sintomas mais comuns incluem:

  • Tosse seca
  • Espirros
  • Coriza
  • Febre
  • Apatia
  • Perda de apetite
  • Secreções nos olhos ou nariz

No caso dos felinos, é comum que eles se isolem e deixem de comer — o que requer atenção redobrada.

Principais Cuidados para Evitar a Gripe em Pets

1. Vacinação em dia
A vacinação continua sendo a forma mais eficaz de prevenção.

  • Para cães, além da vacina múltipla (V8 ou V10), existe uma específica contra a gripe canina, que deve ser aplicada anualmente ou conforme a orientação do veterinário.
  • Para gatos, a tríplice ou a quádrupla felina são essenciais, pois protegem contra agentes como a rinotraqueíte e o calicivírus.

2. Proteção contra mudanças bruscas de temperatura
Pets são sensíveis ao frio, especialmente os filhotes, idosos ou com baixa imunidade. Em épocas de clima mais frio:

  • Mantenha os ambientes aquecidos e sem correntes de ar.
  • Ofereça cobertores ou camas aconchegantes.
  • Evite banhos em dias frios e seque bem o animal após o banho.
  • Roupinhas podem ajudar, desde que o pet se sinta confortável.

3. Ambientes limpos e bem ventilados
A higiene do ambiente é fundamental. Locais úmidos, mal ventilados ou com sujeira acumulada favorecem a proliferação de agentes infecciosos.

  • Deixe a casa sempre arejada.
  • Limpe regularmente os espaços onde os pets circulam.
  • Para os gatos, mantenha as caixas de areia sempre limpas.
  • Em locais com muitos animais, como abrigos e canis, a higiene precisa ser ainda mais rigorosa.

4. Evite contato com animais doentes
A gripe é altamente contagiosa entre os animais. O contato com objetos contaminados, como brinquedos ou potes de comida, já pode transmitir a doença.
Se houver conhecimento de animais gripados por perto, o ideal é evitar o contato. Durante passeios ou visitas a locais públicos com muitos pets, como praças e pet shops, é importante redobrar os cuidados — principalmente com filhotes e idosos.

5. Reforce a imunidade do seu pet
Uma boa imunidade é a principal aliada na prevenção de doenças. Para isso:

  • Ofereça uma alimentação equilibrada e nutritiva.
  • Evite rações de baixa qualidade.
  • Mantenha sempre água fresca disponível.
  • Não se esqueça do controle de parasitas, como pulgas e carrapatos, e da vermifugação em dia.

6. Atenção aos sintomas e orientação profissional
Ao notar sinais de gripe no seu pet, procure atendimento veterinário. A automedicação é perigosa, já que remédios humanos podem ser tóxicos para os animais. O tratamento ideal dependerá da causa da gripe e das condições individuais do pet.


Com cuidados simples e constantes, é possível proteger seu cão ou gato das doenças respiratórias. E, caso a gripe apareça, o carinho e a dedicação do tutor farão toda a diferença na recuperação.

Adoção de Animais no Brasil: Um Gesto de Amor Cada Vez Mais Comum

A adoção de pets se tornou uma prática cada vez mais frequente nos lares brasileiros. O que antes era exceção, hoje já pode ser considerado um novo padrão de comportamento. Um levantamento recente revelou que 8 em cada 10 tutores de cães e gatos no país não compraram seus animais — eles os acolheram por meio da adoção, seja por iniciativa própria, seja com a ajuda de terceiros.

Entre as principais formas de adoção relatadas estão a doação feita por conhecidos, o resgate direto das ruas e a adoção realizada em ONGs e abrigos. A motivação mais citada pelos adotantes é a empatia e o senso de responsabilidade social. Para muitos, o exemplo de familiares e amigos que já adotavam animais influenciou a decisão, enquanto outros tiveram o impulso ao se deparar com um animal abandonado.

Esse comportamento revela uma mudança significativa na forma como os brasileiros se relacionam com seus animais de estimação. A preocupação com o bem-estar dos pets e a crescente conscientização sobre o abandono têm fortalecido a cultura da adoção. No entanto, mesmo com esse avanço, ainda existem obstáculos a serem superados.

Um dos principais desafios enfrentados por quem adota é a adaptação do animal ao novo lar. Muitos cães e gatos resgatados já passaram por traumas e situações de vulnerabilidade, o que exige paciência, cuidado e dedicação por parte dos tutores. Além disso, os gastos com veterinário, alimentação de qualidade e outros itens essenciais costumam surpreender quem está passando por essa experiência pela primeira vez.

Ainda assim, a maioria dos que adotaram afirma que faria tudo de novo. E mais: uma parcela significativa dos tutores declarou a intenção de adotar novamente no futuro, o que demonstra que a prática está se consolidando como uma escolha consciente e recorrente.

Ao serem questionados sobre o que mais os motivaria a adotar um novo pet, metade dos participantes da pesquisa respondeu que o desejo de ajudar um animal abandonado seria o principal fator. Outros pontos destacados foram o apoio com despesas iniciais e uma divulgação mais ampla das campanhas de adoção.

Recentemente, algumas ações de grande visibilidade deram ainda mais destaque à causa animal. Uma delas foi promovida pela GoldeN, que realizou uma intervenção simbólica em um dos pontos turísticos mais famosos do país, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da adoção. A campanha também incluiu a doação de alimentos em larga escala para instituições que cuidam de animais em situação de vulnerabilidade.

Essas doações devem beneficiar centenas de cães e gatos acolhidos por ONGs que enfrentam desafios diários para manter suas atividades com recursos limitados. A pesquisa que trouxe todos esses dados, realizada pela GoldeN em parceria com o Opinion Box, contou com a participação de mais de mil pessoas em todas as regiões do Brasil — reforçando uma tendência positiva e a necessidade de mais políticas públicas e ações de incentivo à adoção responsável.

Adotar um animal hoje vai além de um simples gesto solidário. É uma forma concreta de exercer empatia e transformar vidas — tanto a do pet, quanto a da família que abre espaço e coração para ele.

Pets e Imposto de Renda: Projeto propõe dedução de gastos veterinários

Quem tem um animal de estimação em casa sabe: manter a saúde de um pet em dia pode pesar no bolso. Consultas veterinárias, vacinas, exames, cirurgias, medicamentos… tudo isso faz parte da rotina de cuidados, e mesmo diante dos altos custos, a maioria dos tutores não mede esforços. Afinal, nossos bichinhos são parte da família.

Mas e se esses gastos pudessem ser abatidos no Imposto de Renda? É exatamente isso que propõe o Projeto de Lei 340/2023. A iniciativa busca permitir que despesas com a saúde dos pets – como consultas, internações, exames laboratoriais e de imagem (como raio-X e ultrassonografia), além de próteses e dispositivos ortopédicos – possam ser deduzidas na declaração de IR.

A justificativa da proposta é clara: animais de estimação desempenham um papel essencial na vida emocional e até física de seus tutores. A autora do projeto argumenta que, se milhões de brasileiros reconhecem seus pets como membros da família, os cuidados com a saúde deles deveriam ter o mesmo peso que os cuidados com a saúde humana.

Atualmente, a legislação brasileira não permite esse tipo de dedução. Mesmo que um tutor invista grandes quantias em tratamentos ou cirurgias, esses valores não entram na declaração de IR. As deduções permitidas hoje se restringem a despesas com saúde, educação, previdência privada, pensão alimentícia e dependentes – e todas relacionadas exclusivamente a pessoas físicas.

Segundo o projeto, o benefício seria destinado a contribuintes que estejam inscritos em um cadastro nacional de animais de estimação, a ser instituído pelo poder público. Caso esse cadastro ainda não esteja disponível, a dedução poderia ser feita mediante apresentação da nota fiscal com o CPF do tutor.

Vale destacar que essa discussão não se limita ao Congresso Nacional. Em Brasília, por exemplo, uma tutora entrou com uma ação na Justiça para tentar garantir o direito de deduzir os custos médico-hospitalares com seu cão idoso. A base do pedido está no conceito de família multiespécie, que vem ganhando reconhecimento no Brasil e em outros países, e defende a legitimidade de núcleos familiares compostos por humanos e animais unidos por laços afetivos.

Esse reconhecimento vai além do simbólico – ele tem impactos concretos. Ignorar essa configuração familiar é deixar de reconhecer a responsabilidade financeira e o vínculo que muitos tutores têm com seus animais.

De acordo com dados do IBGE, o Brasil abriga mais de 149 milhões de pets, e em muitos lares, esses animais são os únicos companheiros de idosos, viúvos ou pessoas que vivem sozinhas. A presença dos pets pode ser essencial para o equilíbrio emocional, ajudando a reduzir a solidão e até a aliviar sintomas de ansiedade e depressão.

Mesmo com essa importância reconhecida, os gastos com animais ainda são considerados não essenciais pelo sistema tributário. O debate em torno do PL 340/2023 mostra que esse olhar pode – e deve – mudar, pois milhares de famílias já enfrentam desafios financeiros para garantir a saúde de seus pets.

Embora o projeto ainda precise ser analisado pelas comissões de Finanças, Tributação e de Constituição e Justiça antes de ser votado, o simples fato de estar em pauta já representa um avanço. Ele aponta para uma legislação mais sensível e conectada com a realidade atual, onde os laços com os animais de estimação são parte indissociável da vida de muitas famílias.

Se os pets são membros da família, então cuidar da saúde deles também deve ser um direito reconhecido e protegido por lei.

Levar Animais no Ônibus? Entenda o Projeto de Lei!

A Câmara de Vereadores de Curitiba aprovou um projeto de lei que propõe mudanças nas regras de transporte de animais domésticos de até 15 quilos em ônibus, estações e terminais. Essa proposta visa flexibilizar a legislação atual, que proíbe o transporte de animais nos ônibus, com exceção dos cães-guia, reconhecidos por lei como acompanhantes de pessoas com deficiência visual. Neste post, vou explicar um pouco mais sobre essa proposta.

O principal objetivo dessa iniciativa é permitir que os passageiros possam levar seus animais de pequeno porte nos ônibus da cidade, desde que sigam regras específicas para evitar qualquer transtorno aos outros usuários do transporte público.

O projeto de lei propõe que os animais sejam transportados em caixas adequadas, com restrições de horários. O transporte será proibido nos horários de pico, pela manhã e à noite, exceto em casos de necessidade comprovada de um procedimento cirúrgico, com documentação veterinária. Além disso, o projeto limita o número de animais a dois por veículo. Caso alguma norma não seja seguida, o responsável pelo animal será orientado a desembarcar na próxima parada, para evitar conflitos com os demais passageiros.

Outro ponto importante do projeto é a restrição ao transporte de cães de raças consideradas potencialmente perigosas, embora o texto não especifique quais raças se enquadram. A medida se aplica a cães com histórico de ataques a pessoas, cães treinados para guarda ou ataque, ou animais cujo tamanho e comportamento representem risco para a segurança de passageiros e funcionários do transporte coletivo.

Além disso, animais selvagens, peçonhentos ou com condições de saúde que possam colocar em risco o bem-estar dos demais passageiros estarão proibidos de serem transportados. Para garantir a segurança e o conforto de todos, os animais devem ser transportados em caixas resistentes e apropriadas para o porte do animal, com materiais absorventes no fundo para evitar vazamentos e odores desagradáveis.

Animais de micro porte (até cinco quilos) poderão ser transportados em bolsas, sacolas ou mochilas adequadas, desde que ofereçam conforto e ventilação para o animal. Essa medida visa facilitar o transporte para tutores que realizam trajetos curtos.

O autor do projeto argumenta que a proibição do transporte de animais contraria as políticas de proteção animal adotadas em Curitiba nos últimos anos. Ele acredita que a flexibilização dessa norma será especialmente benéfica para pessoas de baixa renda, que não têm acesso a veículos próprios e precisam levar seus pets a consultas veterinárias e tratamentos essenciais.

Agora, o projeto segue para a sanção do prefeito. Caso seja aprovado, o município definirá as regulamentações complementares para garantir o cumprimento da nova lei.

Abril Laranja: Combatendo a Crueldade contra os Animais

O Abril Laranja é uma campanha internacional focada na prevenção da crueldade contra os animais. Criada pela Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade a Animais, a iniciativa visa conscientizar a população sobre a importância de respeitar e proteger os animais, promovendo a educação e o engajamento social.

Infelizmente, os maus-tratos contra os animais ainda são uma triste realidade em muitas partes do mundo, e o Brasil não é exceção. Em 2024, no estado de São Paulo, mais de 16 mil denúncias de abuso foram registradas pela Delegacia Eletrônica de Proteção Animal, um número alarmante que pode ser ainda maior, já que muitos casos passam despercebidos ou não são denunciados. O desconhecimento sobre como identificar a negligência e o abuso contribui para essa subnotificação.

Os maus-tratos podem se manifestar de diferentes formas. Alguns são claramente visíveis, como agressões físicas e abandono. Outros, porém, são mais difíceis de identificar, mas igualmente prejudiciais, como manter os animais confinados em espaços pequenos e inadequados, privá-los de alimentação e água limpa, expô-los a intempéries sem abrigo, negligenciar cuidados veterinários essenciais ou promover mutilações estéticas sem justificação médica. Além disso, práticas como rinhas e a exploração de animais para diversão também se enquadram em abusos.

É de extrema importância que qualquer suspeita de maus-tratos seja denunciada. A denúncia pode ser feita de forma anônima e é fundamental reunir evidências, como fotos, vídeos e depoimentos, para que as autoridades possam agir. Delegacias especializadas, polícia ambiental e outros órgãos de proteção animal estão preparados para receber essas denúncias e garantir que os infratores sejam responsabilizados.

A educação é uma das armas mais poderosas na luta contra a crueldade com os animais. Muitos não sabem dos direitos dos animais nem das responsabilidades legais dos tutores. A campanha Abril Laranja tem como um de seus principais objetivos esclarecer essas questões e promover uma sociedade mais empática e responsável.

Lançada nos Estados Unidos em 2006, a campanha cresce a cada ano e se espalha por diversos países, conscientizando a população sobre a necessidade de garantir o bem-estar dos animais. Durante o mês de abril, diversas ações são realizadas, como palestras, mobilizações e campanhas educativas, reforçando a importância do respeito aos animais.

A promoção da empatia e do cuidado com os animais não traz benefícios apenas para eles, mas para toda a sociedade. Uma convivência harmoniosa entre humanos e animais contribui para uma comunidade mais justa e consciente. Atitudes simples, como educar crianças sobre o respeito aos animais e apoiar organizações de proteção, fazem toda a diferença.

O Abril Laranja destaca que a prevenção é a chave para combater a crueldade. Todos nós podemos fazer a diferença, seja denunciando abusos, praticando a adoção responsável ou respeitando as necessidades dos animais. São pequenas ações que ajudam a construir um futuro melhor e mais justo para todos.

Como Proteger Seu Gato de Doenças Renais

As doenças renais são um problema de saúde bastante comum em gatos, especialmente à medida que envelhecem. Felizmente, elas podem ser prevenidas com cuidados adequados. Neste artigo, vamos explorar como você pode proteger seu gato dessas doenças.

A função renal é essencial para a filtragem das toxinas do sangue, a manutenção do equilíbrio de eletrólitos e a produção de urina. Quando os rins começam a falhar, a saúde do seu gato pode se deteriorar rapidamente. No entanto, existem algumas práticas preventivas que ajudam a preservar a saúde renal do seu pet e evitar complicações graves. Confira as dicas a seguir:

  1. Incentive a Hidratação
    Os gatos, por natureza, tendem a beber pouca água. Isso se deve aos seus ancestrais selvagens, que obtinham a maior parte da hidratação por meio da alimentação. A ingestão insuficiente de líquidos é um dos principais fatores de risco para doenças renais.
    Para estimular seu gato a beber mais, você pode usar fontes de água, que são atraentes por manterem o líquido em movimento, algo que muitos gatos preferem. Evite potes plásticos, pois eles podem alterar o sabor da água. As tigelas de cerâmica ou inox são as melhores opções.
    Além disso, a ração úmida, como sachês e patês, contém um alto teor de água, ajudando seu gato a se manter hidratado.
  2. Ofereça uma Alimentação Balanceada
    A nutrição desempenha um papel fundamental na prevenção de doenças renais. Evite alimentos com alto teor de fósforo e sódio, pois esses componentes podem sobrecarregar os rins do seu gato. Prefira rações de boa qualidade, com fórmulas balanceadas.
    A proteína é essencial, mas deve ser de boa qualidade e em quantidades adequadas. Proteínas de origem animal, como frango e peixe, são mais fáceis de digerir.
    Para gatos com predisposição a problemas renais, há rações específicas recomendadas por veterinários para ajudar a preservar a função renal.
  3. Faça Check-ups Regulares
    As doenças renais podem se desenvolver silenciosamente nos gatos, o que significa que, quando os sintomas aparecem, a condição já pode estar bastante avançada. Por isso, é importante levar seu gato ao veterinário regularmente.
    Exames de creatinina e ureia ajudam a avaliar a função renal, enquanto testes de urina podem detectar sinais de problemas, como presença de proteínas ou sangue. Ultrassonografias renais também são úteis para observar mudanças estruturais nos rins.
  4. Preze pelo Peso Saudável
    A obesidade é um fator de risco para diversas doenças, incluindo problemas renais. Manter seu gato em um peso saudável é essencial para garantir uma vida longa e saudável.
    Controle a quantidade de ração, de acordo com as orientações do fabricante ou do veterinário. Incentive a atividade física com brinquedos interativos e sessões de brincadeiras. Evite petiscos calóricos, substituindo-os por opções mais saudáveis, como pedaços de frango cozido sem tempero.
  5. Evite Medicamentos e Toxinas Perigosas
    Nunca administre medicamentos no seu gato sem a orientação de um veterinário. Algumas substâncias, como anti-inflamatórios humanos, podem ser extremamente tóxicas para os rins dos felinos.
    Além disso, tenha cuidado com plantas tóxicas, como lírios, comigo-ninguém-pode e azaleias, que são altamente prejudiciais para os gatos.

Pequenos ajustes na rotina do seu gato podem ter um impacto significativo em sua saúde. Fique atento a mudanças no comportamento, como aumento da ingestão de água, perda de peso ou alterações na urina. Caso perceba qualquer sinal de problema, procure um veterinário imediatamente. Com os cuidados certos, seu gato pode viver uma vida longa e saudável.

Família Multiespécie: A Nova Definição de Família

Nos últimos tempos, um conceito tem ganhado destaque e refletido transformações nas relações sociais e na percepção dos vínculos familiares. Neste texto, vamos explorar o conceito de família multiespécie, um termo que, embora ainda novo para muitos, tem se tornado cada vez mais importante no campo jurídico e social.

A família multiespécie vai além da visão tradicional da família humana, incluindo os animais de estimação como membros legítimos dessa estrutura. Os animais deixam de ser vistos como objetos ou propriedades, passando a ser reconhecidos como seres com direitos, emoções e um papel fundamental no bem-estar de seus tutores.

Essa ideia de que os pets são membros integrais da família tem se fortalecido ao redor do mundo, e no Brasil não é diferente. O país tem avançado no reconhecimento dos direitos dos animais, com exemplos como a concessão de pensão alimentícia para animais de estimação, algo que reforça legalmente a ideia de que os pets não são simples bens.

O artigo 225 da Constituição Brasileira já aborda, de maneira indireta, a proteção aos animais, ao estabelecer que o poder público deve garantir a proteção da fauna e flora e proibir práticas cruéis. A família multiespécie amplia esse conceito, permitindo que os animais de estimação sejam reconhecidos não só como objetos de afeto, mas como membros plenos da família, com direito a cuidados, saúde e, em alguns casos, até pensão alimentícia.

A ideia de que os pets têm direitos legais vem ganhando força nos tribunais e na legislação. Em 2023, o Projeto de Lei 179/23 foi apresentado na Câmara dos Deputados para regulamentar o conceito de família multiespécie. O projeto propõe uma série de direitos para os animais, incluindo a possibilidade de participar de processos judiciais, como pedidos de guarda, visitas e reparação por danos materiais, morais ou existenciais.

Entre as propostas mais significativas, está a garantia de que, em casos de separação ou divórcio, os animais possam ter direito a visitas, como ocorre com filhos em processos de guarda. O projeto também prevê que o tutor, ou na ausência dele, a Defensoria Pública ou o Ministério Público, possa representar legalmente o animal, garantindo seus direitos, como proteção contra maus-tratos e a obrigação de receber cuidados adequados.

Na sociedade, a família multiespécie tem mudado a forma como os laços afetivos e responsabilidades familiares são entendidos. Em muitos lares, os animais são considerados membros da família, compartilhando não apenas momentos de alegria, mas também desafios e necessidades. Cuidar dos pets envolve compromisso, carinho e, muitas vezes, até a divisão de recursos financeiros para garantir sua saúde e bem-estar.

Apesar dos avanços, a implementação prática da família multiespécie enfrenta desafios. A ideia de que animais de estimação, como cães e gatos, possam ser considerados membros plenos da família, com direitos jurídicos, ainda encontra resistência. Além disso, questões como a aplicação de leis de pensão alimentícia para animais, a regulamentação da guarda compartilhada e o acesso à Justiça para reparação de danos enfrentam obstáculos legais e culturais. Mesmo assim, as mudanças legislativas em andamento e o crescente reconhecimento da importância emocional e social dos animais mostram uma evolução positiva.

Quem tem um pet sabe que ser tutor vai além do afeto, envolvendo também direitos, responsabilidades legais e uma nova forma de compreender a família no contexto atual.

Carne de Laboratório para Pets: Inovação Sustentável ou Polêmica?

O mercado pet do Reino Unido acaba de receber uma novidade revolucionária: um petisco feito com carne cultivada em laboratório. Criado pela startup londrina Meatly, esse produto é considerado o primeiro alimento para animais de estimação que utiliza carne desenvolvida sem necessidade de abate.

O petisco, chamado “Chick Bites”, é composto por ingredientes vegetais e 4% de carne de frango cultivada. O processo de produção começa com a coleta de uma pequena amostra de células de um ovo de galinha, que são cultivadas em um biorreator com água e nutrientes. Em poucas semanas, as células se multiplicam, formando um composto proteico que consome menos recursos naturais e reduz a pegada de carbono em comparação à produção convencional de carne.

Segundo o fundador da Meatly, os alimentos para pets representam cerca de 20% da carne consumida globalmente. A empresa aposta na carne cultivada como uma solução mais sustentável para atender à crescente demanda do setor pet sem sobrecarregar os recursos naturais.

Inicialmente, os snacks “Chick Bites” serão vendidos apenas em uma unidade da rede Pets at Home, em Londres, pelo preço de £3,49 (aproximadamente R$ 20) a embalagem de 50 gramas. No entanto, a empresa planeja expandir a distribuição conforme a capacidade de produção aumentar.

Carne Cultivada: O Futuro da Alimentação?

Apesar do crescente interesse por alternativas à carne tradicional, a carne cultivada ainda enfrenta desafios. Diferente dos produtos à base de plantas, que utilizam proteínas vegetais para simular sabor e textura, ou dos alimentos obtidos por fermentação de micro-organismos, a carne cultivada tem a mesma composição biológica da carne animal.

Atualmente, poucos países permitem a comercialização desse tipo de carne. Singapura foi pioneira em 2020, seguida pelos Estados Unidos em 2023 e Israel em 2024. Em contrapartida, estados como Flórida e Alabama, nos EUA, proibiram sua venda, e a Itália vetou a comercialização em 2023, embora a medida ainda esteja em discussão na União Europeia.

A produção da Meatly permite que, a partir de uma única amostra celular, seja gerada carne de forma contínua. O resultado é um material com textura semelhante a um patê de frango e valor nutricional equivalente ao da carne convencional, sem esteroides, hormônios ou antibacterianos. Além disso, a produção consome entre 50% e 60% menos terra, 30% a 40% menos água e reduz as emissões de CO2 em cerca de 40%.

Atualmente, a startup opera com biorreatores de 50 litros, mas tem planos para aumentar a capacidade para unidades de 20 mil litros. Testes indicaram alta aceitação pelos cães, que demonstraram preferência pelos snacks em relação às rações convencionais.

O Mercado Pet como Laboratório para o Futuro

A Meatly acredita que o mercado pet pode ser uma porta de entrada para acostumar os consumidores à ideia da carne cultivada. A empresa também participa de um projeto da Agência de Padrões Alimentares do Reino Unido, que busca regulamentar a comercialização desse tipo de carne para consumo humano. Apesar de a tecnologia ser considerada segura, a falta de regulamentação ainda impede sua ampla adoção.

O tema segue polêmico, pois a expansão da carne cultivada enfrenta desafios como barreiras regulatórias, altos custos de produção e resistência do público, que ainda percebe esse tipo de produto como artificial. Enquanto cientistas e empresas trabalham para torná-lo mais acessível e ambientalmente viável, o debate sobre segurança alimentar, impacto econômico e sustentabilidade continua aberto.