Categoria: Gatos

Como apresentar seu novo gato ao cachorro da família

Ao contrário do que muita gente pensa, cães e gatos podem realmente se dar bem. Mas é necessário um planejamento cuidadoso para garantir que todos vivam em harmonia.

Um resultado feliz depende de cada animal de estimação e da situação da sua família. Portanto, os preparativos devem acontecer de acordo com as suas circunstâncias específicas.

Neste post, darei algumas dicas gerais para ajudar você, que tem um cachorro e está pensando em levar um gato para casa.

Planejar com antecedência é fundamental

Antes de decidir levar um novo animal de estimação para casa, é sempre importante planejar com antecedência. Pense em como é o temperamento e a personalidade do seu cachorro. Como você acha que ele reagiria a um gato? Se o seu pet já mostra sinais de agressão predatória, trazer um gato para casa pode não ser uma boa ideia.

Antes de levar seu gato para casa

Alguns gatos se integrarão melhor em uma família que já tem animais de estimação do que outros. Gatos mais velhos, normalmente têm menos energia do que os gatinhos jovens, por isso, se você já tem em casa animais de estimação mais velhos, o melhor a fazer é considerar apresentar a eles um gato adulto e mais calmo.

Antes de levar seu novo gato para casa, passe algum tempo preparando sua casa e seus animais de estimação para a chegada dele. Certifique-se de que haja muitos locais altos de descanso e esconderijos para o seu novo gato, para que ele possa se afastar do cão com segurança e facilidade, se quiser. Também é importante garantir que o seu novo gato tenha uma área privada, segura e sem cães, com tudo o que precisa: comida, água, cama, esconderijo e plataformas elevadas.

Deixando-os ficar confortáveis

Ao levar seu novo gato para casa, reserve algum tempo para que ele se acomode em seu novo ambiente e fique confortável, sem a presença do cão. Quando o gato estiver confortável o suficiente para começar a explorar a casa, proteja-o em seu cômodo favorito, de preferência com cama, água, comida e alguns brinquedos favoritos, e permita que o gato explore a casa em seu próprio ritmo e se familiarize com o ambiente do seu cão. Repita essa estratégia por alguns dias, permitindo que cada animal tenha acesso a toda a casa sem nunca se confrontarem. Enquanto isso, trabalhe para reforçar o treinamento baseado em recompensas do seu cão.

Fazendo a introdução

Quando estiver pronto para apresentar os dois, promova o encontro quando seu cão estiver mais calmo. Para a primeira introdução, use um cômodo onde seu novo gato possa escapar facilmente para um local seguro. Nunca force qualquer interação. Apenas dê ao seu gato muita atenção e experiências positivas, como brincadeiras e guloseimas.

Mantenha seu cão na coleira ao seu lado enquanto o gato estiver na sala e dê-lhe elogios e guloseimas para recompensar o comportamento calmo. Se o seu cão ficar muito eufórico e agitado, retire-o da sala. Faça isso várias vezes ao dia, mantendo os encontros curtos.

Este pode ser um momento estressante para ambos os animais e é importante que você seja paciente e esteja preparado para que a introdução demore até algumas semanas. Fique de olho em ambos os animais e nunca puna nenhum deles por comportamento agressivo. Não os deixe sozinhos até ter certeza de que estão bem, juntos, e sempre se certifique de que seu gato tenha rotas de fuga para lugares que o cão não possa seguir ou alcançar.

Ao introduzir um novo gato de estimação em uma casa que já possui um cachorro de estimação, é essencial garantir uma transição suave e gradual para todos. Monitorar suas interações, proporcionar espaços separados e permitir que se acostumem com os cheiros e sons uns dos outros são passos importantes desse processo. Com paciência, amor e atenção adequada, é possível promover uma convivência harmoniosa entre o novo gato e o cachorro da família, criando laços de amizade e companheirismo que enriquecerão a vida de todos os envolvidos. Lembre-se sempre de valorizar o tempo necessário para que cada animal se adapte e respeitar seus limites individuais, criando um ambiente onde todos se sintam seguros e amados.

A importância da saúde bucal para animais de estimação

Tal como os humanos, os nossos animais de estimação necessitam de cuidados dentários regulares e consistentes. Não apenas para se protegerem de doenças, mas também para garantir que os seus dentes permaneçam saudáveis e funcionais durante o maior tempo possível.

A doença dentária é o problema de saúde mais comum que afeta os animais de estimação. 70% dos gatos e 80% dos cães, apresentam algum nível de doença dentária até os três anos de idade.

Por que é importante cuidar dos dentes do seu animal de estimação?

A doença dentária pode causar dor significativa ao seu animal de estimação e, se progredir, pode causar infecção nos dentes e gengivas, inflamação e perda de ossos e dentes.

Gatos e cães podem sofrer de problemas dentários com os quais muitos de nós estamos familiarizados em humanos, como placa dentária, que é um depósito macio e pegajoso de bactérias que pode danificar o dente; tártaro dentário, que se trata de uma camada de minerais que endureceu e aderiu ao esmalte dentário, que, se deixado por tempo suficiente só pode ser removido com limpeza profissional; e gengivite, a inflamação e inchaço das gengivas.

Assim como nos humanos, o atendimento odontológico preventivo é muito importante para os pets, para evitar que esses problemas se desenvolvam, piorem e causem problemas em outras partes do corpo do animal.

O que pode ser feito em casa?

Há várias coisas que você pode fazer em casa para ajudar a garantir que os dentes e gengivas do seu animal de estimação estejam saudáveis.

A ação mais eficaz, e que pode ser um pouco surpreendente, é escovar os dentes. Isso pode parecer um pouco assustador, mas a maioria dos animais se acostumará com a escovação dos dentes.

Para limpar os dentes, esprema um pouco de pasta de dente para animais de estimação em um pano de microfibra, que esteja limpo, utilizado apenas para esse fim, e que possa ser substituído conforme necessário, e esfregue suavemente sobre cada dente. Não use pasta de dente humana, pois isso pode causar problemas estomacais em seu animal de estimação.

Geralmente, quanto mais jovem for o animal de estimação quando você começar a treiná-lo para escovar os dentes, mais fácil será. É uma boa ideia introduzir a escovação dentária gradualmente, especialmente se o seu animal for um pouco mais velho. Seu veterinário pode dar conselhos específicos para o seu animal de estimação.

Existem também dietas dentárias especiais para cães e gatos, bem como mastigadores e brinquedos dentais, que podem ajudar a controlar a placa bacteriana e o tártaro. O médico veterinário também pode aconselhá-lo sobre os produtos mais eficazes. Outro produto alternativo que também pode recomendar por um profissional é um enxaguante bucal ou gel de clorexidina. Eles são usados para ajudar a reduzir o crescimento de bactérias na boca do pet, que podem contribuir para doenças dentárias.

Cuidados veterinários regulares

Além dessas dicas em casa, é importante que você marque um exame geral de saúde do pet com o veterinário pelo menos uma vez por ano, que incluirá um check-up odontológico.

Isso dará ao seu veterinário a chance de avaliar a saúde dos dentes e gengivas de seu animal de estimação e fornecer conselhos sobre qualquer coisa que você precise fazer em casa.

Seu veterinário pode recomendar por exemplo que seu animal de estimação receba anestesia geral para permitir um exame odontológico completo, limpeza dos dentes, radiografias dentárias, se indicado, e o tratamento de quaisquer problemas específicos.

Investir em uma rotina regular de higiene bucal e consultas veterinárias específicas para a saúde oral pode prevenir uma série de problemas dentários e sistêmicos, promovendo não apenas sorrisos felizes, mas também uma vida longa e saudável para nossos queridos animais de estimação.

​Os gatos podem se reconhecer no espelho?

Você provavelmente já viu vídeos engraçados de gatos onde eles interagem com o próprio reflexo, mas você já se perguntou se eles realmente se reconhecem?

Nesse post, falarei sobre o auto-reconhecimento dos gatos. Será que esses pets estão conscientes da sua própria existência ou estão simplesmente reagindo a uma presença familiar, mas intrigante?

O auto-reconhecimento em gatos, pode ser considerado uma medida de autoconsciência. Estudos foram realizados para determinar a capacidade desses pets se reconhecerem no espelho, e como diferenças individuais e condições ambientais podem influenciar nesse comportamento.

Compreendendo o auto-reconhecimento

A capacidade de se identificar em um reflexo, é uma habilidade cognitiva complexa que é rara no reino animal., já que é um processo que explora habilidades cognitivas avançadas, e sugere um nível de consciência que vai além de simples respostas sensório-motoras.

O conceito de percepção de identidade vai além do mero processamento visual. Requer a compreensão de que o reflexo não é outra entidade, mas uma representação de si mesmo. Essa autoconsciência indica um nível mais elevado de funcionamento cognitivo.

O teste do espelho em animais

Quando você observa diferentes animais confrontando seu reflexo durante o teste do espelho, fica claro que nem todos possuem a capacidade cognitiva de se reconhecerem. Esses testes envolvem marcar um animal de uma forma que só possa ser vista no espelho e, em seguida, observar se o animal apresenta sinais de comportamento autodirigido, indicando auto-reconhecimento.

Testes científicos revelaram que as comparações entre espécies apresentam um espectro de reações aos espelhos, que vão desde a indiferença até exibições agressivas. Apenas alguns animais, incluindo certos primatas, golfinhos e elefantes, demonstraram consistentemente esta capacidade de inspecionar a marca em seus corpos por meio do espelho, atingindo limites de reconhecimento que implicam uma forma de auto-reconhecimento.

No entanto, a interpretação destes resultados não é isenta de controvérsias. Os críticos argumentam que o teste do espelho pode não ser uma medida adequada de autoconsciência para todas as espécies, uma vez que se baseia em pistas visuais, que podem não ser o sentido primário para alguns animais. Dessa forma, embora o teste tenha fornecido dados valiosos, é importante lembrar que pode não ter sido capaz de captar as complexidades da consciência animal.

Respostas felinas ao reflexo

Em contraste com o comportamento autoconsciente exibido por espécies como macacos e golfinhos, foi notado que os gatos normalmente exibem uma série de reações quando confrontados com o seu reflexo, desde uma investigação curiosa até o completo desinteresse. Essas respostas podem ser divididas em alguns padrões comportamentais principais:

Comportamentos Curiosos: Os gatos podem se aproximar do espelho com uma curiosidade cautelosa. Eles podem dar uma patada no reflexo, circular em torno dele ou tentar olhar atrás do espelho. Isso sugere um nível de processamento visual envolvente, mas não necessariamente indicativo de auto-reconhecimento.

Agressão de espelho: alguns gatos exibem o que é conhecido como agressão de espelho. Eles podem miar, dar tapas ou adotar algum comportamento territorial em direção ao reflexo. Isso poderia ser interpretado como confundir sua imagem com a de outro gato, desencadeando um mecanismo de defesa reflexivo.

Ações reflexivas: Ações como se arrumar ou se afastar quando está entediado, sugerem que o gato não reconhece o reflexo como ele mesmo. Em vez disso, estas ações implicam que o estímulo visual não seja processado como uma autoimagem, mas sim como outra entidade ou algo insignificante.

Estudos comportamentais em gatos

As reações dos gatos aos espelhos, embora não sejam indicativas de auto-reconhecimento, levaram os pesquisadores a realizar vários estudos comportamentais para aprofundar a psiquê felina, e revelaram que a falta de cheiro que acompanha o sinal visual muitas vezes leva a uma rápida dissipação de qualquer postura agressiva, indicando um complexo processamento sensorial.

Além disso, investigações sobre interações sociais revelaram que os gatos não usam espelhos como ferramentas de comunicação social, como se verifica em algumas espécies de primatas. Isto é consistente com a natureza solitária de muitos comportamentos felinos.

No geral, a análise do comportamento dos gatos diante dos espelhos contribui para uma melhor compreensão das suas capacidades cognitivas, percepções sensoriais e cognição social, mesmo que não confirme o auto-reconhecimento.

Fazendo o teste do espelho

O tutor deve entender que compreender a autoconsciência dos felinos não envolve apenas saber se eles se reconhecem no espelho; trata-se de desvendar as complexidades de suas mentes e respeitar sua natureza inteligente.

O tempo de exposição do espelho é importante. Você descobrirá que os reflexos do início da vida contribuem para os estágios de reconhecimento do desenvolvimento. Os efeitos da habituação influenciam a autoconsciência relacionada à idade, determinando se o seu animal de estimação verá seu reflexo como se fosse seu ou como um intruso.

Você pode aprimorar as estratégias de treinamento empregando reforço positivo, integrando jogos de espelho e observando de perto o comportamento do seu gato para fornecer um enriquecimento ambiental que promova um vínculo mais profundo e experiências de aprendizagem mais eficazes.

Embora os gatos possam não passar no teste tradicional do espelho, eles exibem comportamentos complexos que sugerem uma forma de autoconsciência. Estudos mostram que apenas 10% dos gatos apresentam comportamento agressivo em relação ao seu reflexo, sugerindo uma compreensão diferenciada de si mesmo versus o outro.

A exploração dessa intrigante questão não apenas nos ajuda a compreender melhor a mente felina, mas também nos leva a apreciar ainda mais a beleza e mistério que cercam esses animais de estimação.

Os gatos podem comer abacate?

De repente, o tutor encontra seu gato de estimação comendo abacate, e então, a preocupação surge acompanhada de uma dúvida: abacate é seguro para gatos?

O abacate contém uma toxina leve chamada persina. É um composto orgânico e, na planta silvestre, atua como antifúngico, mas a sua concentração é tão pequena nas partes do abacate que comemos, que não é considerado tóxico. A persina existe em maior concentração na casca e nas folhas do abacate, por isso se o seu gato pegar a casca do abacate, é importante tirá-la de perto dele bem rapidamente, afinal, como o gato é muito menor, mesmo a pequena quantidade de persina pode ser perigosa e fatal para ele se comer o suficiente.

Outro bom motivo para limitar a quantidade de abacate na dieta do seu gato é a grande quantidade de calorias e colesterol. Além da sua toxicidade, o abacate contém alto teor de gordura, o que significa que muito abacate pode causar diarreia, vômito, dores de estômago, pancreatite ou outros problemas gastrointestinais em gatos com estômagos sensíveis. Se o seu animal apresentar algum sinal de desconforto após ingerir abacate, leve-o imediatamente ao veterinário.

Você também deve ter muito cuidado com o caroço do abacate, pois para o gato, pode parecer uma bola ou um brinquedo, mas pode representar risco de asfixia, pois normalmente, é grande o suficiente para bloquear as vias respiratórias e causar outros problemas.

Os gatos podem comer óleo de abacate?

As mesmas preocupações com os abacates também podem ser aplicadas ao óleo de abacate. Em particular, os óleos podem muitas vezes conter quantidades mais elevadas da toxina persina, uma vez que a casca ou as folhas da planta são por vezes utilizadas quando são produzidos. Por isso, o óleo de abacate não deve fazer parte da dieta do seu gato, nem deve ser usado como suplemento dietético.

Os gatos podem comer guacamole?

Embora o abacate não seja bom para gatos, ver seu gato dar uma ou duas mordidas não é motivo para pânico. A guacamole, por outro lado, não deve estar no cardápio, já que existem alguns ingredientes principais nessa receita como o alho, geralmente acompanhado de cebola. É uma combinação clássica que fica deliciosa em todos os tipos de pratos, mas esses dois ingredientes saborosos são muito ruins para os gatos. O alho é prejudicial, em particular, e é considerado cerca de cinco vezes mais tóxico que a cebola. Seu animal de estimação não precisa de muito para ter problemas estomacais ou até mais graves.

A parte mais preocupante é que os sintomas podem não aparecer imediatamente, demorando um ou dois dias para aparecer. Resumindo, gatos e guacamole não combinam.

O abacateiro é venenoso para gatos?

Infelizmente, a maior parte da planta, incluindo a casca, folhas e ramos, contém persina em concentrações representativas. Mesmo que o tutor fique atento, é importante saber que mesmo que o gato mastigue uma folha de vez em quando, ao ingerir pequenas quantidades da persina, ao longo do tempo, problemas de saúde podem ser causados. Por isso, os abacateiros não são uma boa combinação com animais de estimação.

Por que os gatos gostam de abacates?

Gatos gostam de cheiros e sabores fortes. Peixe, fígado e outros alimentos com odores pungentes são o que os fazem correr para o prato de comida. Embora os abacates possam não ter um odor forte, eles têm um sabor rico que os gatos apreciam.

Os animais também são frequentemente atraídos instintivamente por alimentos que fornecem os nutrientes de que necessitam para se manterem saudáveis. Os abacates atendem a muitas dessas necessidades, já que podem ser uma ótima fonte de fibra, contêm ferro, potássio aminoácidos e vitaminas C, K, B6 e E. No entanto, todos esses benefícios podem ser obtidos de outras fontes mais seguras para gatos.

Enquanto os gatos são conhecidos por sua preferência por alimentos de origem animal e podem desfrutar de pequenas porções de carne magra e peixe, o abacate deve ser evitado devido aos compostos tóxicos que podem representar um risco à saúde felina. É fundamental que os tutores estejam cientes dos alimentos seguros e perigosos para seus felinos e sempre consultem um veterinário para orientações específicas sobre a nutrição e o bem-estar de seus animais de estimação.

Os Gatos são Daltônicos?

Os gatos são daltônicos, mas provavelmente conseguem ver algumas cores. O daltonismo ocorre de diversas formas e pode afetar tanto humanos, quanto animais.

O daltonismo é a falta de capacidade de discernir certas cores umas das outras, mas não significa que o daltônico não veja nenhuma cor. Nas pessoas, o daltonismo vermelho-verde é o mais comum, afetando cerca de 8% dos homens e 0,4% das mulheres. Existe também o daltonismo amarelo-azul, que é um tipo menos comum; e um terceiro tipo raro: o monocromatismo, no qual a pessoa só consegue ver preto e branco.

No olho, existem dois tipos principais de fotoreceptores: bastonetes e cones. Os bastonetes auxiliam na visão luminosa, enquanto os cones auxiliam na visão colorida. Sabe-se que as pessoas têm visão tricromática, o que significa que possuem três tipos de cones: um sensível ao vermelho, um sensível ao azul e um sensível ao verde. Estes três tipos de cones, permitem que vejamos todas as cores do arco-íris.

Nos gatos, o daltonismo é mais difícil de compreender, já que os pets não podem ser submetidos a testes de daltonismo que nós humanos podemos fazer. Tradicionalmente, pensava-se que os gatos tinham dois tipos de cones nos olhos, o que lhes proporcionava visão dicromática. Um sensível a tons de azul-violeta e o outro sensível a tons de verde-amarelo. Isso faz com que os azuis-verdes e os vermelhos sejam cores que os gatos podem não ser capazes de discernir tão facilmente quanto nós. Acredita-se que o dicromatismo em gatos seja mais comparável ao daltonismo vermelho-verde em pessoas onde tons de azul-esverdeado e vermelho parecem mais cinza.

No entanto, estudos foram feitos para determinar se os gatos, assim como nós, são tricromáticos, pois três tipos diferentes de cones foram observados nos olhos desses pets. Este terceiro tipo de cone pode ser sensível a tons de ciano, um azul esverdeado. O estudo mostrou que os gatos podem ter algo chamado visão tricromática fotópica, ou seja, eles podem ver um espectro de cores semelhante ao dos humanos à luz do dia, mas não de forma tão vibrante.

Apesar dos estudos já realizados, os gatos não podem fazer testes de daltonismo como as pessoas, e até agora não há uma maneira simples de testar a visão das cores. Essa é uma grande parte da razão pela qual ainda permanecem tantas incógnitas sobre o que eles veem quando se trata de cores.

Visão do gato vs. visão humana

Sabe-se que os gatos têm muito mais bastonetes nos olhos do que as pessoas. Como os bastonetes ajudam na visão noturna e na sensibilidade à luz, isso explica por que os gatos podem ver muito melhor do que nós com pouca luz. Por serem crepusculares, o que significa que são mais ativos ao amanhecer e ao anoitecer, ser capaz de discernir as cores não é tão importante quanto ser capaz de enxergar bem com pouca iluminação.

Os gatos também têm um campo de visão mais amplo do que o nosso, abrangendo 200 graus, enquanto nós humanos, temos um campo de visão abrangendo 180 graus. Eles podem ter um campo de visão mais amplo para compensar o fato de que sua visão não é tão nítida quanto a nossa. Os gatos seriam melhor descritos como míopes. Embora a maioria das pessoas consiga ver coisas com detalhes nítidos a até 60 metros de distância, os gatos realmente só conseguem ver coisas com nitidez até 6 metros.

Assim como nós, os gatos têm olhos voltados para a frente, o que lhes confere uma porção maior de visão binocular em oposição à visão uniocular. A visão binocular é o que permite a percepção de profundidade, o que é uma adaptação importante para conseguir por exemplo, capturar presas.

Como o daltonismo afeta os gatos

Como não entendemos completamente a visão desses animais, é difícil discernir a extensão da visão das cores e quais limitações podem existir. Embora eles provavelmente não vejam o espectro de luz visível como nós, a incapacidade de discernir certas cores é normal para os gatos.

Esses pets podem ter brinquedos e camas preferidos, e isso muitas vezes leva os tutores a suspeitarem que sua preferência se baseia nas cores que podem, ou não ver. No entanto, são muitos os motivos que podem levá-los a adorar um determinado brinquedo ou cobertor. Alguns afirmam que os gatos não reagem aos brinquedos se estes forem de uma cor que não conseguem ver, como vermelho ou amarelo. Mas não ser capaz de discernir uma cor específica é muito diferente de não ser capaz de ver nada. Um brinquedo vermelho pode não parecer vermelho para o seu gato, mas ele ainda será capaz de vê-lo e brincar com ele.

Os gatos podem não ver como os humanos, mas isso certamente não impede a sua visão. A maioria desses pets vive uma vida feliz e saudável, independentemente de sua capacidade ou incapacidade de ver cores específicas.

Como o daltonismo em gatos é normal para eles, não há necessidade de preocupação e nada para tratar. Os gatos têm tantas outras características especiais na visão, que muitas vezes, veem coisas que não vemos.

10 Curiosidades Fascinantes sobre as Patas dos Gatos

Apesar de aparentarem fragilidade, as patas dos gatos oferecem habilidades extraordinárias a esses animais encantadores.

Gatos são verdadeiramente fascinantes. Combinam uma dose irresistível de fofura com uma curiosidade inigualável. Quando analisamos suas patas ágeis e ao mesmo tempo delicadas, descobrimos verdadeiras maravilhas da natureza!

  1. Almofadinhas Multifuncionais

As patas dos gatos contam com almofadinhas flexíveis e macias, conhecidas como coxins, formadas por tecido adiposo e glândulas sudoríparas, que auxiliam na absorção de impacto e no deslocamento silencioso.

  1. Sensibilidade Tátil Acentuada

As almofadinhas nas patas dos gatos abrigam uma abundância de receptores sensoriais, que garantem uma sensibilidade tátil excepcional. Isso facilita a percepção e exploração do ambiente, bem como a detecção de vibrações.

  1. Garras Retráteis

Os gatos têm a habilidade de retrair suas garras para dentro das almofadinhas quando não estão utilizando, preservando sua afiação e protegendo-as durante períodos de não caça ou escalada.

  1. Controle Térmico

As almofadinhas possuem glândulas sudoríparas, que auxiliam os gatos na regulação da temperatura corporal. Ao transpirar pelas patas, contribuem para o resfriamento durante períodos quentes.

  1. Higiene Incansável

A higiene das patas é uma constante nos rituais diários dos gatos, que as utilizam para lamber e acariciar rosto e corpo.

  1. Paleta de Cores

As almofadinhas podem apresentar uma variedade de tons e cores, desde rosadas até pretas, em sintonia com a coloração do pelo do felino.

  1. Amortecimento contra Impactos

As almofadas possuem tecido gorduroso e cartilaginoso, desempenhando papel crucial na absorção de impactos durante corridas ou saltos, reduzindo o estresse nas articulações.

  1. Aprimoramento do Equilíbrio

As patas contribuem significativamente para o equilíbrio dos gatos. São dotadas de articulações e músculos adaptados que permitem movimentação graciosa, mesmo em superfícies estreitas ou instáveis.

  1. Diferenças entre Pernas Dianteiras e Traseiras

Enquanto as patas dianteiras apresentam cinco almofadas, as traseiras possuem apenas quatro, sendo mais robustas e poderosas para impulsionar saltos.

  1. Disparidade entre Garras Dianteiras e Traseiras

As garras das patas dianteiras costumam ser mais afiadas e resistentes, destinadas principalmente para agarrar e segurar, enquanto as traseiras são predominantemente usadas para defesa e escaladas.

As patas dos gatos conferem a eles habilidades notáveis que contribuem para sua incrível destreza e encanto. Da multifuncionalidade das almofadinhas à sensibilidade tátil aguçada, cada aspecto revela a engenhosidade da evolução felina. Com cada curiosidade descoberta, somos lembrados de que a magia dos gatos está, de fato, em cada detalhe, inclusive nas fascinantes patas que os acompanham em suas jornadas pela vida.

Animais de estimação podem morrer de calor?

Sim. Animais de estimação podem morrer devido ao excesso de calor.

Nesse post, vou falar sobre a atenção que os tutores devem ter quando o assunto é a elevação da temperatura, e darei algumas dicas para prevenir problemas relacionados ao impacto do calor na vida dos pets.

Primeiramente, é importante lembrarmos que o universo pet não é restrito a cachorros e gatos, e que cada vez mais pessoas têm em suas casas, pássaros, coelhos, hamsters, chinchilas, entre outras espécies de animais, algumas delas, extremamente sensíveis às altas temperaturas.

Para esses animais, quando a temperatura se aproxima dos 40ºC, a situação torna-se bem perigosa, já que muitos, não conseguem manter equilíbrio interno em função do calor e da umidade do ambiente. Para agravar a situação, diferentemente de cães e gatos que normalmente podem se deslocar em busca de revestimentos frios e ambientes protegidos do sol, muitos pets vivem em gaiolas, fato que os impossibilita de buscar refúgio em locais menos quentes.

É muito importante que os tutores saibam que, quando o assunto é calor, a idade e o tamanho do animalzinho fazem diferença.

A idade afeta a capacidade de regular a temperatura interna do corpo, por isso, animais mais velhos, ou bem jovens, costumam se abater rápido com as elevadas temperaturas. Já em relação ao tamanho do pet, quanto menor, mais fácil de sofrer uma morte por desidratação. Desta forma, animais filhotes devem estar ainda mais protegidos do calor extremo, já que têm mais energia para brincar expostos ao sol e podem sofrer as consequências minutos depois.

Tutores que passam o dia no trabalho e retornam para casa somente a noite, precisam ficar ainda mais atentos, pois enquanto estão fora de casa, não testemunham alguma situação angustiante relacionada ao calor pela qual o pet pode estar passando, às vezes, durante horas, e, dependendo do porte e da idade do animal, pode ser fatal.

Para evitar problemas, é importante estar atento à falta de água fresca para o pet beber; verificar se a casinha do pet é abafada ou se está em local que recebe raios solares nos momentos mais quentes do dia; para animais que ficam em gaiolas, trocar de lugar de acordo com a temperatura da casa e a posição do sol; para cães de guarda, que ficam indo e vindo, é importante que em uma das pontas, o animal tenha acesso a um local frio, com sombra e água fresca.

Se, ao chegar em casa, seu pet estiver cansado e ofegante em função do calor, preste atenção pois ele pode estar se recuperando de uma hipertermia.

Para evitar essa situação, é importante que o tutor adote algumas medidas: em dias quentes, deixe o pet em um lugar mais frio, como o piso da cozinha; deixe o animalzinho em local ventilado; se não tiver vento, utilize ventiladores; borrife água fria nas patas, testa, barriga e lombo do seu pet para trazer conforto; coloque sobre o piso uma toalha molhada com água fria, o que também auxilia o pet a perder calor. Troque a toalha quando começar a ficar aquecida; se puder, ligue o ar-condicionado por alguns instantes

Se, depois de tudo isso, seu pet continuar com o corpo quente, agitado e arfando, procure sem hesitar por uma clínica veterinária.

E atenção! Em pets portadores de patologias de qualquer ordem, seja renal, cardíaca ou o que for, a compensação da temperatura pode se tornar mais complexa e menos satisfatória. E, sim, isso pode começar de uma hora para outra, sem aviso prévio. Aliás, alguns tutores só descobrem que seus pets têm disfunção cardíaca justamente depois de passar por uma situação envolvendo altas temperaturas externas.

A respiração acelerada é um bom indicador de que o sistema está buscando compensações, e estas podem ser exitosas nos próximos minutos. Não é necessário entrar em pânico só porque o animal está com respiração acelerada, mas fique atento, pois é um sinal. Em alguns casos, porém, você vai perceber que seu pet está respirando de uma maneira “estranha”, que pode ser “puxando” o ar para dentro. Esse estágio é crítico e pode não chamar atenção para o sofrimento porque o animal não está ofegante. E o motivo é porque não adianta mais, os mecanismos compensatórios estão entrando em colapso e seu pet necessita de urgente intervenção médica.

Se for assim, borrife água gelada no corpo dele durante o transporte até o veterinário. Em situações como essa, seu pet corre risco de morte. A mesma urgência se aplica a animais que forem encontrados inconscientes no chão em dias de muito calor.

E claro, jamais saia de casa sem verificar a água destinada ao consumo de seu pet. Nessa época do ano, eles bebem bastante, e não se surpreenda se tiver de oferecer quantidades duas ou três vezes maiores

Os riscos associados ao calor excessivo na vida dos pets são inegáveis. Quando os tutores compreendem os perigos iminentes e implementam práticas responsáveis, como manter a hidratação adequada, fornecer sombra e evitar atividades intensas nos horários mais quentes, estão não apenas preservando a saúde física dos animais, mas também reforçando os laços de cuidado e responsabilidade que definem a relação especial que compartilham com eles.

Os Problemas dos Fogos de Artifício nas Festas de Fim de Ano para os Animais de Estimação

A celebração com fogos de artifício é uma tradição profundamente enraizada em diversas culturas ao redor do mundo, marcando momentos especiais e festividades. No entanto, enquanto essas explosões coloridas encantam muitos, é preciso considerar o impacto negativo que têm sobre os membros mais vulneráveis de nossa sociedade: os animais de estimação. A intensidade e imprevisibilidade dos fogos de artifício frequentemente geram uma reação de pânico e ansiedade nos animais, resultando em consequências sérias para sua saúde física e mental.

Organizações e tutores de animais de estimação têm se empenhado em sensibilizar as pessoas e os governos sobre os impactos negativos dos fogos de artifício, mas infelizmente, a tradição persiste e os apelos quase sempre são ignorados, resultando em estresse, ansiedade, taquicardia, problemas auditivos, crises nervosas nos animais, até fugas e atropelamentos.

Um dos efeitos mais sérios dessas explosões de luz e som é o impacto nos ouvidos dos animais, cuja sensibilidade auditiva supera a dos humanos, o que pode levar a danos auditivos, frequentemente não percebidos pelos proprietários, mas que podem resultar em perda parcial ou total da audição.

Apesar dos obstáculos, mudanças na legislação têm sido implementadas em diversos locais do Brasil para lidar com esses problemas, incluindo a proibição de fogos de artifício barulhentos em algumas regiões.

As origens desse estresse remontam à sensibilidade dos animais às luzes e sons dos fogos de artifício, que representam estímulos visuais e sonoros intensos. Para agravar a situação, esses fogos explodem à noite, em um momento em que a natureza costuma estar mais calma, escura e silenciosa. A visão e a audição mais sensíveis de gatos, cachorros e outras espécies tornam-nos mais suscetíveis a captar estímulos do ambiente, transformando ruídos moderados para nós em barulhos intensos para eles.

O medo dos fogos de artifício, além de ter raízes genéticas e evolutivas, está também ligado à fase da infância, que desempenha um papel crucial nesse comportamento, pois experiências positivas ou negativas durante os primeiros meses de vida influenciam a reação futura dos animais aos ruídos.

É importante destacar que nem todos os cães e gatos desenvolvem essa reação intensa de estresse e medo diante dos fogos. O comportamento varia consideravelmente entre os animais.

Apesar de ser unânime entre os tutores que o melhor a fazer é evitar o uso de fogos de artifício, quando não for possível, ao perceber que o animal tem problemas com ruídos, é preciso que o tutor se prepare com antecedência, buscando a orientação de um especialista meses antes do período de festas para que sejam adotadas algumas medidas para minimizar o sofrimento dos pets.

Método Tellington

A aplicação cuidadosa das bandagens, conforme orientado pelo método Tellington, pode contribuir para reduzir a sensação de desconforto, promovendo uma sensação de segurança e tranquilidade. É importante enfatizar que a aplicação dessa técnica deve ser feita com suavidade e gradualmente, respeitando a reação individual de cada animal. Além disso, é aconselhável buscar a orientação de profissionais qualificados para garantir a aplicação correta e segura dessa prática.

Medicamentos

Dar anestésicos, relaxantes ou tranquilizantes aos animais é outra alternativa para amenizar os efeitos das queimas de fogos no final do ano, mas essa medida só deve ser adotada com a orientação de um médico veterinário, uma vez que essas substâncias podem causar sérios efeitos colaterais. Ansiolíticos, em vez de sedativos ou anestésicos, são frequentemente prescritos para ajudar a controlar a ansiedade dos animais.

Brincadeiras

Brincar com os animais e distraí-los com brinquedos durante os episódios de fogos também é recomendado para minimizar o medo dos pets. Ofereça brinquedos interativos que possam manter a mente do animal ocupada, como brinquedos de alimentação que liberam os petiscos aos poucos. Estimule o instinto de busca do animal escondendo petiscos ou brinquedos em locais onde o animal possa encontrá-los, enfim, dedique um tempo para interagir com seu animal, oferecendo carinho e afeto. Sua presença e toque proporcionarão o conforto emocional necessário.

Lembre-se de que a chave é criar associações positivas durante o evento pirotécnico, transformando-o em um momento mais agradável para o animal. Observar as reações do seu pet e adaptar as atividades de acordo com suas preferências pode ser fundamental para ajudá-lo a lidar com o medo dos fogos de artifício.

Isolar o ambiente do som e da iluminação

Escolher o melhor cômodo da casa para proteger os pets dos estímulos visuais e sonoros, é fundamental para garantir a segurança, fechando janelas e portas para evitar fugas ou acidentes e proporcionar um ambiente familiar e confortável para os animais.

Colocar um som ambiente para abafar os ruídos externos, a utilização de fones de ouvido desenvolvidos especialmente para animais, e a presença dos tutores no mesmo ambiente durante os momentos de fogos, também pode proporcionar conforto aos pets.

Os tutores devem estar atentos a sintomas prolongados que indicam problemas mais sérios nos animais, como a recusa em comer, beber água ou realizar necessidades fisiológicas. A virada do ano, uma época festiva para os humanos, deve ser encarada com a consciência de que a celebração pode ser uma fonte de aflição para os animais próximos a nós.

O bem-estar dos animais de estimação durante as festas de fim de ano depende da conscientização coletiva e da adoção de práticas responsáveis. Respeitar a sensibilidade dos animais e tomar medidas para garantir sua segurança é fundamental para manter a harmonia entre as celebrações humanas e o bem-estar animal.

Uber Pet! Novidade Para Quem Ama Seu Animal de Estimação

Se você é daqueles tutores que não gosta de se separar do seu bichinho de estimação, a Uber tem uma novidade que vai aquecer o coração dos amantes de pets. Na segunda-feira, dia 11 de Dezembro 2023, a empresa lançou o Uber Pet, uma categoria especial que permite que você leve seu cão ou gato em suas viagens de Uber.

Inicialmente disponível nas principais regiões de Curitiba, o Uber Pet será gradualmente expandido para outras cidades ao longo das próximas semanas. Essa nova modalidade é projetada para corridas com apenas um animal, sempre acompanhado do tutor, e requer um planejamento prévio com pelo menos 30 minutos de antecedência, utilizando a função Uber Reserve. O Uber Pet já teve uma breve presença no Brasil em 2016, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Agora, retorna com a promessa de expandir para outras cidades além de Curitiba, em breve.

O Uber Pet atende a necessidade do passageiro de ir de um lugar para outro acompanhado por um cão ou gato. Em corridas comuns, por regra, o motorista não é obrigado a levar o pet, o que pode gerar situações bem desagradáveis e atrasos. Ao escolher a opção no aplicativo, o passageiro tem a certeza de que o motorista concorda em levar o animal.

Para receber solicitações de viagens no Uber Pet, o motorista precisa aceitar a modalidade, revisar e aceitar os termos e condições da categoria. Todos os pedidos desse tipo serão indicados no aplicativo quando solicitados.

A Uber enfatiza a importância de garantir a segurança durante o transporte. Recomenda-se que os animais sejam transportados em bolsas ou caixas de viagem, usando coleiras e focinheiras conforme necessário. Toalhas também são aconselhadas para preservar a limpeza do veículo.

Ao seguir essas práticas, os tutores contribuem significativamente para manter o carro limpo e agradável, assegurando uma experiência positiva para o motorista e para o próprio animal. Esses cuidados não apenas preservam a qualidade do serviço, mas também refletem o respeito e responsabilidade dos passageiros que utilizam o Uber Pet.

É essencial observar que o Uber Pet permite apenas a presença de um animal por viagem e sempre acompanhado pelo tutor. Animais desacompanhados não são permitidos nesta modalidade. No entanto, cães-guia, essenciais para muitas pessoas, podem viajar em qualquer modalidade sem restrições e sem a necessidade de reserva, afinal, não são animais de estimação e o dever de transportá-los é assegurado por Lei.

Estas foram as palavras de Silvia Penna, diretora geral da Uber no Brasil: “Sabemos o quanto nosso animal de estimação é parte da nossa família e nem sempre é fácil levá-lo para alguns compromissos. Pensando nisso e em sempre melhorar a experiência dos nossos usuários, que tanto requisitaram a modalidade, ficamos felizes em lançar o Uber Pet no Brasil, começando por Curitiba”.

Como foi dito anteriormente, o Uber Pet está disponível somente para corridas agendadas no aplicativo da Uber. Para programar seu transporte, basta inserir os locais de partida e destino da corrida no aplicativo; selecionar a opção Uber Pet como tipo de serviço; escolher o dia e o horário da viagem; e confirmar a corrida.

Em um mundo onde os animais de estimação ocupam cada vez mais espaço no dia a dia das famílias, a retomada do Uber Pet representa mais do que uma simples comodidade. Para os donos de pets, essa nova modalidade não apenas simplifica o processo de transporte, mas também oferece a oportunidade de compartilhar mais momentos juntos. Contudo, é crucial reforçar que, assim como cuidamos do nosso conforto e segurança durante as viagens, a segurança dos animais durante o transporte é igualmente prioritária. Seja um tutor responsável.

CEMITÉRIO DE ANIMAIS DO IBIRAPUERA, O QUE RESTOU

Na Zona Oeste de São Paulo, no coração do Parque Ibirapuera, em um local conhecido por sua beleza e serenidade, existe um capítulo pouco conhecido da história: um antigo cemitério de animais.

Você conhecerá os vestígios preservados desse peculiar local que revela um elo singular entre o passado e o presente. Desvendaremos os fatos envolvendo o primeiro cemitério de animais da capital paulista e suas lápides que resistiram ao tempo.

O Parque Ibirapuera, já abrigou um cemitério de animais com mais de 100 túmulos. Duas lápides, até hoje permanecem visíveis perto da pista de cooper do parque. O cemitério foi estabelecido nos anos 20 e desativado em 1972, pertencendo à associação civil “União Internacional Protetora dos Animais”, a UIPA, que foi fundada por moradores paulistanos e ocupava uma parte da área do atual parque.

O local, na antiga Rua França Pinto, abrigava não apenas o cemitério, mas também um hospital veterinário e um abrigo para cachorros. A região, pouco valorizada na época, oferecia espaço para famílias que desejavam proporcionar um adeus adequado a seus animais de estimação. O cemitério, com túmulos que variavam em estilo e tamanho, foi inspirado em modelos europeus e marcava um marco na proteção animal no Brasil.

As lápides, um obelisco cor de tijolo em homenagem ao cão Pinguim, que segundo o que consta registrado na pequena estrutura, viveu de 1937 a 1946 e teve como donos, pessoas chamadas Nina e Nice; e uma cruz com mais de dois metros pertencente a um cão pastor alemão chamado Fiel, permanecem no local desde a desativação do cemitério em 1972, quando o Parque Ibirapuera, que foi inaugurado em 1954, pressionou a UIPA a buscar um novo local de operação. A região ao redor do parque se valorizou, levando à desapropriação da área por decisão do então prefeito Figueiredo Ferraz.

A descoberta dessas lápides, até hoje surpreende frequentadores do Ibirapuera, muitos dos quais, desconheciam a existência do antigo cemitério.

Além das duas lápides, restou ainda uma terceira lembrança. Uma linda escultura de uma mulher que chora a perda de seus cães e que fazia parte de um dos túmulos do cemitério. Foi esculpida por Raphael Galvez, do Liceu de Artes e Ofícios, foi salva da destruição, e até hoje pode ser vista e admirada no pátio da UIPA, que fica na Marginal Tietê em São Paulo.

Infelizmente, a desativação do cemitério de animais no Parque Ibirapuera resultou na perda da maioria dos registros, incluindo os nomes dos donos dos animais enterrados. Atualmente, São Paulo conta com outros locais públicos e privados para o enterro de animais de estimação.

Histórias como essa, nos lembram da fragilidade do tempo e da resiliência surpreendente dos vestígios que resistem. Os túmulos dos fiéis amigos Fiel e Pinguim, testemunhas silenciosas de um cemitério de animais que um dia floresceu, permanecem como monumentos íntimos dessa conexão única entre seres humanos e seus animais de estimação.