Categoria: Furão / Ferret

Taxidermia de Pets: Como Funciona e Por Que Divide Opiniões?

A taxidermia, uma prática antiga e, muitas vezes, polêmica, tem ganhado espaço entre tutores de pets. Hoje, vou abordar esse tema que envolve a preservação da aparência dos animais após sua morte, algo que desperta curiosidade e debate.

Historicamente, a taxidermia se consolidou tanto como arte quanto como um recurso científico e educativo. Um exemplo notável é o cavalo de Napoleão, que pode ser visto no Museu de História Natural de Paris, destacando a importância dessa prática ao longo dos séculos.

Nos dias atuais, temos visto um aumento na publicação de vídeos e fotos de pets empalhados nas redes sociais. Esses conteúdos provocam reações diversas.

Para alguns, há um fascínio pela arte envolvida, pela habilidade técnica e pela capacidade de recriar fielmente a aparência do animal, perpetuando sua beleza. Outros, porém, sentem desconforto ou até repulsa, vendo a prática como algo perturbador ou macabro. A ideia de manter fisicamente em casa um animal falecido pode ser difícil de aceitar para aqueles que preferem guardar as lembranças de maneira mais simbólica.

Com o poder da internet, essa prática, antes pouco conhecida, tem ganhado visibilidade e gerado discussões acaloradas. Enquanto alguns se interessam e pesquisam mais sobre o assunto, outros criticam, revelando o lado emocional e cultural envolvido nessa escolha.

O principal motivo para a taxidermia de animais de estimação é manter viva a memória desses companheiros. O processo, altamente especializado, envolve a retirada dos órgãos internos, preservando a pele do pet. Ela passa por um tratamento químico e é colocada sobre um molde que replica as medidas do animal. Esse trabalho meticuloso requer não apenas habilidade, mas também respeito pela memória do animal, assegurando uma homenagem digna.

O profissional responsável por essa tarefa é o taxidermista, alguém com profundo conhecimento de anatomia, preservação de tecidos e habilidades artísticas. No Brasil, a taxidermia de animais domésticos é permitida, desde que siga as normas ambientais e não envolva maus-tratos. Já animais silvestres só podem ser empalhados se tiverem origem legal.

Diferente de outros países, onde a caça regulamentada permite a taxidermia de animais caçados, no Brasil, essa prática é restrita a animais de estimação e aqueles vindos de criadouros ou zoológicos.

Os custos da taxidermia variam de acordo com o tamanho e o tipo de pelagem do pet. No momento em que escrevo, empalhar um cão de pequeno porte custa, em média, R$ 1.600, enquanto um cão maior pode chegar a R$ 3.800.

Escolher pela taxidermia é uma decisão pessoal e deve ser ponderada com cuidado. Para alguns, ela traz conforto e a sensação de proximidade com o animal. Para outros, pode dificultar o processo de luto, mantendo um vínculo que, embora eterno, precisa se transformar com o tempo.

No final, essa escolha deve sempre respeitar tanto a memória do animal quanto os sentimentos de quem fica.

PET STARS: Celebridade Pet – Animais Famosos

á pensou em transformar seu pet em uma celebridade? Acreditem: já existem pessoas focadas nessa transformação.

Nesse artigo, você vai conhecer o Pet Stars, um reality show disponível no Netflix, que mostra a rotina de trabalho da “Pets on Q”, uma agência que gerencia a carreira de alguns animaizinhos de estimação que são verdadeiras estrelas nas redes sociais.

É inegável que todo dono de pet tem um amor inquestionável pelo seu animalzinho. O amor é tanto, que é visível o orgulho de compartilhar nas mídias sociais a própria rotina com o bichinho, além dos incontáveis momentos engraçados e fofos por eles vividos.

Com a audiência das redes sociais aumentando, a fofura dos pets tem gerado lucros bem atraentes para muitos tutores. Como onde tem lucro, tem negócios, surge a figura do agente, que promete transformar o seu pet em uma celebridade.

A Pets on Q se define como a maior agência de talentos animais e está situada em Hollywood, um dos maiores símbolos do cinema americano. Assim como agências tradicionais fazem com atores e outras personalidades, a agência pet representa animais famosos e populares, ou que pelo menos tenham potencial para serem famosos nas redes sociais. Eles fazem a ponte entre o tutor do pet e marcas dos mais variados segmentos, mas para se tornar uma celebridade das redes sociais, o animal tem que ter algo a mais que a maioria dos pets. Pode ser uma característica peculiar ou alguma habilidade curiosa. Cães que sabem, por exemplo, andar para trás, ficar sobre duas patas, que têm olhos com cores diferentes, saibam andar de skate ou que simplesmente gostem de abraço, podem se tornar influenciadores animais. A exigência é que sejam divertidos e expressem muito bem sua personalidade. 

Dei o exemplo do cachorro por ser o mais comum, mas tem mercado para todo tipo de pet, inclusive os não tradicionais, como raposa, porco-espinho gambá, coelho, répteis e aves. 

Se você já sonha com seu bichinho se transformando em um pet celebridade, a primeira pergunta que tem que responder é: o animalzinho já tem um perfil em uma rede social? Se a resposta for não, isso pode ser um problema, pois para a agência, ser famoso não é uma exigência, mas se o animalzinho já tiver um perfil com uma boa quantidade de seguidores, os resultados esperados chegam bem mais rápido. Quanto mais postagens fofas e curiosas, mais chances tem o pet de se tornar uma celebridade.

As empresas interessadas em utilizar a imagem de um pet em suas campanhas, dão preferência para animais que possam ser reconhecidos por pelo menos uma parte do seu público. As agências apostam na combinação das redes sociais com a exposição dos pets nos mais variados eventos. 

Quem assistir a série vai ver animais participando do campeonato do cão mais feio do mundo, vai entender como funciona uma seleção de animais para estrelar uma campanha publicitária, verá animais fazendo parte de um desfile de moda, participando de um campeonato de surf para cachorros e até pintando quadros para serem leiloados. Tudo é muito atrativo e aparentemente divertido.

Não é proibido publicar fotos de seu pet ou criar um perfil para ele, mas lembre-se de sempre ficar atento com a humanização. Diferentemente da gente, os animais não precisam interagir por meio das redes sociais e nem entendem o que é a internet. 

A vida deles será perfeita se for repleta de amor, carinho, atenção, cuidados básicos e brincadeiras!

Pet Sitter: A profissão do momento

Você já ouviu falar em pet sitter?
Assim como uma baby sitter cuida de crianças, a pessoa que escolhe a profissão de pet sitter, cuida de cães, gatos e outros pets, que precisam de cuidados na ausência de seus donos.
Sabemos que um tutor ocupado demais pode não ter tempo, nem disposição para passear todos os dias, brincar e oferecer os cuidados básicos aos seus pets.
Há ainda, os que precisam viajar com frequência e não gostam de deixar os cães e gatos em hotéis.
A profissão de pet sitter cresce no mesmo ritmo do mercado pet brasileiro, e surgiu da conscientização de que os pets precisam receber um tratamento adequado.
Cada vez mais amantes dos animais se interessam em ingressar nessa profissão, assim como cada vez mais tutores de cães e gatos contratam os serviços dos pet sitters.

O que faz um pet sitter?
A maior parte das atividades é realizada na casa do tutor do animal de estimação.
Os serviços incluem: alimentação, passeios, brincadeiras, e até treinamentos.
Também estão dentro dos serviços prestados, cuidados básicos com a aparência e eventualmente, precisam aparar unhas, inspecionar patas, orelhas e focinhos, ministrar medicamentos tópicos e orais ou até mesmo trocar curativos.
O ambiente onde o animalzinho vive também fica sob a responsabilidade do pet sitter.
Higienizar vasilhas de água e comida, recolher as fezes, lavar pisos sujos de urina, limpar a caixa de areia dos gatos e ás vezes fazer algumas compras para os pets também são responsabilidades do cuidador.
Eventualmente, o profissional pode se responsabilizar pelo pet durante viagens e isso requer disponibilidade de tempo.
Em algumas situações especiais, o pet sitter pode abrigar o animal de estimação na própria casa, responsabilizando-se pelo pet.
O profissional também deve seguir sempre as diretrizes dos tutores, e manter as regras da casa com relação aos espaços em que o pet pode circular, o número de refeições e a quantidade de ração em cada uma delas.
Apesar da companhia dos animais ser maravilhosa, é uma profissão cansativa, que exige atenção, muita responsabilidade e capacitação.

O que é preciso para ser pet sitter?
A primeira coisa a saber é que você precisará de conhecimento específico para se preparar para as diversas situações que podem ocorrer.
Inicie ingressando em um curso online ou presencial para se capacitar e se credenciar como profissional dessa área.
Cursos profissionais na área são, sem dúvida, uma vantagem se quiser entrar na carreira de pet-sitter com o pé direito.
A profissão, no entanto, está longe de ser regulamentada. Por isso, tudo vai depender da sua habilidade e disposição para exercer a profissão com excelência.
Quanto maior o empenho na qualificação, maiores são as possibilidades de trabalho e de ganho.
Como em qualquer profissão que exige confiança, para seguir esta carreira, precisará de referências, ou então, um currículo invejável.
Ninguém vai dar as chaves de sua casa sem ter algum tipo de segurança.
Já existem algumas plataformas destinadas a quem quer seguir esta profissão, mas para se inscrever, alguns requisitos devem ser cumpridos.
Vale ressaltar que os profissionais mais requisitados nas plataformas desse segmento, são os que oferecem maior diversificação de serviços e maior grau de formação.
De acordo com a experiência e formação o pet sitter pode oferecer serviços especializados que vão desde passeios, acompanhamento de animais em recuperação de doenças e traumas, até o acompanhamento em atividades esportivas como o agility, freestyle e game dog.
Tudo vai depender da disposição em estudar e investir na sua formação.

Quando contratar?
Viagens e ausências de um dia inteiro são as situações mais comuns para contratação de um pet-sitter.
Quando o tutor não tem com quem deixar o bichinho e não quer deixar em um hotel, o pet sitter pode ser contratado para ir todos os dias até a casa do tutor e passar um tempo cuidando do bichinho.
Normalmente os profissionais registram todas as atividades feitas com os pets enviando fotos, vídeos e explicando como está sendo o dia do animal, deixando assim os tutores muito mais tranquilos.
A ideia é que o tutor tenha tranquilidade para desenvolver suas atividades, enquanto tem plena certeza de que uma pessoa competente e qualificada está cuidando dos seus pets.

Como escolher um pet sitter?
Sabemos que as indicações são as melhores formas de encontrar um profissional de confiança.
Por isso, busque por indicações no petshop de sua confiança ou com amigos que também são tutores de pet.
Se não tem indicações, há aplicativos e sites especializados que classificam os profissionais de acordo com a experiência e as qualificações que os pet sitters apresentam.
Certifique-se da idoneidade do profissional antes de permitir o acesso à sua casa.
Observe também o comportamento do pet sitter no contato com os animais, que deve ser amoroso, mas exigente e responsável.
Caso o plano seja deixar o seu pet na casa do pet sitter, é indicado levar o animal até o espaço onde ficará antes de fazer qualquer tipo de acordo.
Desta forma, poderá analisar se o local é adequado e verá se o seu bichinho se dará bem com o profissional.

Saber que nossos pets estão em segurança e bem cuidados enquanto estamos fora, não tem preço.

Ferret – Furão no Brasil – Saiba como cuidar

Um pet bastante comum nos Estados Unidos, mas que tem se tornado cada vez mais popular no Brasil.
Pequenos mamíferos, dóceis e curiosos, que não são naturais do Brasil e também são conhecidos como ferrets.

Por não ser da nossa fauna, o furão doméstico é considerado no Brasil um animal de estimação exótico, por isso, para que esses pets sejam comercializados por aqui sem que a fauna nacional seja prejudicada e para inibir o tráfico e maus tratos de animais, é necessário que o criador tenha uma autorização do Ibama, órgão que exige que os furões sejam castrados e microchipados antes de serem importados para o Brasil.

Características físicas
Os furões se diferenciam pelo tamanho, pela cor e tipo de pelagem.
O furão Europeu Clássico é o tipo mais comum desse pet de silhueta esguia e pelagem curta, comumente encontrado nas cores preto, champagne e castanho escuro. O furão branco é o mais raro.
Uma característica física marcante dos furões é a mancha na região do rosto que se assemelha a uma charmosa máscara nos olhos, e que quase sempre apresenta a forma das letras V ou T.
Entre as outras espécies de furão bem conhecidas, estão a Ferret Whippet, que é a menor de todas e a Ferret Bull, que tem o peito cheio e as pernas menores.

Personalidade
Muito sociável, o furão é um pet que requer muita atenção, precisa de carinho e adora brincar para se entreter e interagir com seus tutores.
Por ser hiperativo e curioso, apesar de viver boa parte do tempo em gaiolas e viveiros espaçosos, o furão também precisa ficar solto em alguns momentos para que possa correr pela casa e explorar os espaços, mas sempre sendo supervisionado, pois é bem provável que ele aproveite essas ocasiões para entrar em cantos apertados, roer fios e levar à boca qualquer tipo de objeto que encontrar pelo caminho.
Por isso, é indicado que a casa seja preparada para receber esse pet eliminando possíveis esconderijos e retirando dos ambientes qualquer objeto ou material que ofereça perigo.
Uma informação importante: o furão normalmente se assusta com movimentos bruscos, e pode até morder quando se sente acuado, por isso, não é a melhor opção de pet para uma casa onde vivam crianças pequenas.

Alimentação
Como na natureza o furão é um caçador carnívoro, como animal de estimação ele precisa de uma dieta de origem animal que garanta as proteínas e os nutrientes essenciais para se desenvolver e se manter saudável.
Para regular o sistema digestivo desses pets, os produtos de origem animal como carne, peixes e até mesmo ovos, devem ser a base da alimentação. Por isso, ao procurar uma ração para furões, é essencial conferir se é feita com produtos de origem animal.
Alimentos como o trigo, milho, legumes e verduras, não são benéficos para esse pet. Por isso, se estes ingredientes fizerem parte da composição da ração em doses significativas, não deve ser oferecida ao furão.
Como complemento alimentar ou como alternativa à ração, com exceção da carne de porco, os furões podem comer carne fresca de frango, coelho, cordeiro, peru, pato e peixes como as sardinhas e o salmão.
Entre os alimentos proibidos para os furões, que podem causar intoxicação e outros problemas intestinais , estão os produtos lácteos, o chocolate, produtos doces, cebola e ração para cães.

Saúde
Com expectativa de vida variando entre 6 e 10 anos, a saúde desses pets é um pouco frágil, pois é bem comum o desenvolvimento de doenças genéticas como câncer e diabetes, além de problemas endócrinos e metabólicos.
Acredita-se que essa fragilidade na saúde dos furões, caracterizada pela presença de doenças hereditárias, é o resultado de alterações genéticas provenientes do processo de domesticação da espécie, que cruzou furões selvagens que não são dóceis e amigáveis, com exemplares já domesticados.
Por serem muito ativos, é importante para a saúde desses pets, que a estrutura destinada a eles seja grande o suficiente para que se sintam confortáveis e garanta assim seu bem estar e qualidade de vida. Há no mercado gaiolas maiores e interativas, com brinquedos, cama e tubos, desenvolvidas especialmente para os furões.
Mas lembre-se: mesmo investindo na gaiola correta, para que o pet não fique estressado e adoeça com facilidade, ele precisa ter momentos soltos pela casa para explorar o ambiente, elevando assim, os níveis de atividade física.
Pensando em manter o pet ativo e saudável, o tutor pode ir além e levar o animalzinho para passear ao ar livre e explorar o ambiente externo. Nesse caso, para que o passeio seja prazeroso para todo mundo e para que o furão possa conhecer novos lugares e novos objetos sem preocupação, é importante que use uma coleira própria para furões.
Uma informação importante: diferentemente do hamster por exemplo, o furão precisa ser vacinado com a vacina antirrábica anualmente.
Por esse motivo e pelas razões já mencionadas aqui sobre a saúde do pet, é fundamental que seja feito o acompanhamento frequente da saúde do furão com um médico veterinário, de preferência, um profissional especialista em animais exóticos.

Higiene
Assim como é recomendado para outros animais que também vivem em gaiolas e viveiros, a higienização desses espaços, dos acessórios e do substrato higiênico é fundamental para combater a proliferação de bactérias e parasitas.
Os furões adoram água, por isso, banhos são sempre bem aceitos, mas lembre-se que se trata de um animal que apresenta uma certa fragilidade, por isso, na hora de escolher quais produtos utilizar para o banho, é sempre recomendado seguir a indicação do médico veterinário.
Por ser um pet com maior necessidade de espaço, que requer um acompanhamento mais frequente de sua saúde e com hábitos alimentares restritos, é muito importante pesquisar e avaliar se há tempo e recursos suficientes para cuidar desse animalzinho de estimação.
E caso a decisão seja de ter um furão, lembre-se de exigir do criador a documentação do Ibama para que tenha a certeza de estar adquirindo um pet legalizado.

Como os pets estimulam o cérebro das crianças

Se você se dirigir até uma estante de livros infantis, as chances de encontrar nas histórias muitos protagonistas animais, são bem elevadas, pois os bichos sempre fascinam o público infantil.
Mas, enquanto os animais personagens de livros são muitas vezes distantes da realidade, os animais de estimação com os quais compartilhamos nossas casas, oferecem às crianças, uma visão realista do mundo animal, além de um relacionamento que as influencia positivamente de várias outras maneiras.
Entender essa relação ajuda os pais a escolherem o pet certo para a criança, e permite uma visão aprofundada dos fatores que contribuem para que essa relação seja bem sucedida.

Animais de estimação, na maior parte das vezes são considerados membros da família, pois acabam fornecendo apoio em muitas fases da vida. Podem por exemplo ajudar casais a consolidar um relacionamento, são companheiros de brincadeiras para crianças, e fazem toda diferença como companhia para os pais quando os filhos saem de casa.
Muitos pais, principalmente na fase em que as crianças ainda são pequenas, decidem ter um pet para que o filho tenha com essa relação, lições valiosas sobre cuidados, responsabilidade e empatia, além de impactar positivamente suas habilidades sociais, sua saúde física e até o desenvolvimento cognitivo.
Mas será que os pets são realmente os promotores de todos esses benefícios?
Um estudo da Escola de População e Saúde Global da Universidade da Austrália Ocidental baseado em quatro mil crianças com idades de cinco e sete anos, descobriu que a posse de animais de estimação estava associada a menos problemas com colegas e mais comportamento pró-social.
Em uma outra pesquisa realizada pelos mesmos profissionais, descobriram que crianças de 2 a 5 anos com um cachorro na família eram mais ativas, passavam menos tempo em telas, e dormiam mais do que as crianças que não tinham um animal de estimação.
A principal conclusão desses dois estudos, foi que a atividade física regular, principalmente a que envolvia cães, como passear com o pet em família, impactou positivamente o desenvolvimento das crianças.
No entanto, toda essa influência benéfica depende diretamente da qualidade do relacionamento entre o pet e a criança. Não basta apenas viver sob o mesmo teto que o animalzinho.
Se por exemplo em uma casa com duas crianças, uma delas tem um hamster que mora na gaiola dentro do quarto, é improvável que a outra criança sinta pelo pet o mesmo apego que sentiria pelo cachorro da família com o qual caminha todos os dias depois da escola.
Além da convivência diária, outro fator que pode ajudar a determinar o quão sólido é o relacionamento entre uma criança e um animal de estimação, é a idade.
Estudos mostram que crianças com idades entre 6 e 10 anos desenvolvem laços mais fortes com animais que são mais parecidos com humanos, como cães e gatos, do que com espécies biologicamente distantes, como pássaros e peixes.


Já no caso de crianças mais velhas, com idades entre 11 e 14 anos, constatou-se que são tão apegadas a espécies menos comuns, quanto a cães ou gatos.
Outra variável que parece influenciar de alguma forma na intensidade dessa relação é a dinâmica familiar. Segundo o estudo australiano que citei aqui no vídeo anteriormente, crianças sem irmão se beneficiam mais da relação com o pet, que muitas vezes, assume o papel de amigo ou irmão substituto.
O estudo mostrou que pais de filhos únicos, têm maior propensão de permitir que a criança realize algumas atividades de forma independente quando estão acompanhadas de uma outra criança. Essa mesma tendência foi constatada quando a criança estava acompanhada por um cachorro, que nesses casos, assumiu o papel do amigo.
Animais de estimação podem também ajudar nas interações sociais dentro das famílias. Pesquisas sugerem que a presença de um pet pode facilitar relacionamentos entre pais adotivos e crianças por exemplo.
Um estudo feito no Reino Unido constatou que crianças que tinham animais de estimação em casa eram mais propensas a pensar que os animais têm pensamentos e sentimentos próprios, uma vez que, com a construção dessa relação, elas se tornam mais compreensivas, empáticas e receptivas aos animais em geral.
Outro estudo, este de uma universidade da Califórnia, mostrou que bebês que viviam em uma casa que tinha um animal de estimação, tinham maior capacidade de reconhecer rostos de animais aos 10 meses de idade do que bebês que viviam em casas sem pet. Ou seja, desde bebês, já estão observando e aprendendo sobre os animais com os quais vivem.
Apesar de todos esses benefícios da relação entre o animal de estimação e os filhos, que conforme tantos estudos mostram, podem ser constatados desde o início da vida da criança, é importante lembrar, principalmente pela segurança da criança, da importância de não esperar que os pets pensem e se comportem como humanos, pois ninguém pode ter 100% de certeza sobre como um cachorro por exemplo vai reagir diante das mais variadas situações, e há todo tipo de coisas possíveis que podem levar o pet a um modo diferente de comportamento, inclusive alguns que o dono nunca tenha visto antes.
Vale também ressaltar que cada relacionamento entre uma criança e um animal é único, com suas próprias peculiaridades e benefícios. É o conforto e o apoio emocional gerado nessa relação, que levam a criança a colocar o animal de estimação na posição de um dos seres mais importante de sua vida.
Sabemos que alguns desses benefícios são muito difíceis de serem quantificados porque são muito individuais e a ciência lida com populações e grandes números, mas sabemos que eles são reais, e, que ter um animal vivo, respirando, correndo todo desastrado e bagunçando a casa, é uma boa maneira de fazer nossos filhos criarem importantes conexões para a vida.

Como é a alimentação de furão filhotes e adultos

Os furões são animais de estimação alegres e têm muita energia, mas para manter elevados esses níveis de energia, é preciso que sejam alimentados com a comida certa, nas proporções corretas, e em horários predefinidos todos os dias.

Como carnívoros puros, os furões devem ter uma dieta rica em proteínas e gorduras. Seu sistema digestivo é bem pequeno, por isso, seus intestinos não fazem um trabalho tão bom na hora de absorver todos os nutrientes dos alimentos que consomem.
Além disso, os furões são incapazes de digerir carboidratos complexos e açúcares nos alimentos que comem. Esse é o principal motivo pelo qual um furão não pode acompanhar a dieta de seus tutores.
Na natureza, muitas vezes os furões caçam presas com até o dobro do seu tamanho. Quando a pegam, comem todas as partes, incluindo a pele e os ossos, aumentando assim a quantidade de proteína e energia que podem extrair dela. Quanto mais gorda a presa, mais nutrição o furão receberá.
Isso nos dá uma pista de qual é o tipo ideal de alimento para alimentar um furão de estimação.
Ao escolher a carne certa para o furão, é importante se certificar de que ela contenha cerca de 38% de proteína e 20% de gordura. Em geral, os alimentos para furões podem ser classificados em um dos seguintes grupos.
Carne crua: Alimente o furão com asas e carcaças de frango, pássaros de caça, asas e pescoço de peru, miúdos, cordeiro picado, carne moída, além de ossos e entranhas de animais.
As carnes de aves podem ser oferecidas ao furão como estão, mas as carnes de animais grandes, como cordeiros e gado, devem ser picadas para facilitar o consumo e a digestão do pet.
Ao alimentar o furão com carne crua, é importante ficar de olho nas sobras, pois furões não gostam de desperdiçar comida, e, se não conseguirem terminar uma refeição, é bem provável que esconderão a carne crua para mais tarde. É indicado que o tutor fique atento para que pedaços de carne não apodreçam em algum esconderijo criado pelo furão.
Animais Inteiros: alimentação semelhante ao que o furão caça e come na natureza. Roedores de todos os tipos, coelhos, sapos, cobras e filhotes são excelentes alimentos para o furão. É importante comprar as presas em revendedores certificados para garantir que os animais estejam limpos e livres de parasitas.
Alimentos Enlatados: a comida enlatada para furões, embora ainda não seja facilmente encontrada no Brasil, contém carne de suas presas favoritas, como coelhos e roedores, e possui altos níveis de proteína e gordura. No entanto, algumas marcas também contêm carne de peixe, que não é um alimento natural para furões, que podem acabar rejeitando.
Ração de Gato e Ovos: a ração de gato, ao contrário da ração de cachorro, é rica em proteínas e não contém vegetais ou carboidratos complexos. Na dieta do furão, a ração felina pode ser utilizada para complementar a dieta de carne fresca. Ovos também são uma excelente fonte de proteína e o furão os come crus, assim como na natureza.

Quais guloseimas podem ser dadas ao furão?
Assim como todos os outros animais de estimação, os furões gostam de guloseimas ocasionais. Elas não precisam conter alto teor de proteína e gordura e podem ser usadas para complementar a dieta ou apenas para mimar o animal de estimação. No entanto, deve-se evitar dar petiscos ao furão, pois quase sempre contêm açúcar e carboidratos complexos que podem prejudicar a saúde do pet.
Ovos cozidos por exemplo, são guloseimas deliciosas que os furões adoram. Também podem ser oferecidos pedaços cozidos e bem cortados de carnes exóticas que geralmente não encontram na natureza.

Que comida os furões não comem?
Há muitas coisas que os furões nunca devem comer. Ao contrário dos cães e gatos, que podem comer as mesmas coisas que os humanos e ainda assim serem saudáveis, os furões ficarão doentes se comerem alimentos que contenham frutas ou vegetais. Também são proibidos todos os tipos de pães, doces, bolos, ou qualquer tipo de alimentos açucarados.
Os furões são intolerantes à lactose. Produtos lácteos, como iogurte, não irão nutrir o furão, provavelmente causarão problemas de digestão e o deixarão doente.
Resumindo: não deve ser ofertado ao furão nenhum alimento que ele não caçaria e se alimentaria na natureza.

O que eles comem?

Como alimentar um furão bebê?
Adquirir um furão de estimação quando bebê é uma ótima oportunidade para apresentá-lo a uma grande variedade de alimentos ricos em proteínas. Isso tornará a vida do tutor mais fácil quando o pet entrar na idade adulta.
De início o filhote pode ser alimentado com leite de cabra, que é rico em proteína e tem baixo teor de lactose, água e pedaços de carne fresca de frango ou pequenos pássaros.
Assim que o furão filhote se acostumar com a pequena lista de opções, é importante incentivá-lo a experimentar novos alimentos. Nesta fase, é importante priorizar alimentos macios, que sejam fáceis de digerir e que tenham alto teor de proteínas.

Quantas vezes por dia deve ser alimentado um furão adulto?
Os furões são conhecidos por duas coisas: alta energia e metabolismo rápido. É por isso que o furão adulto quando está acordado, passa horas caçando na natureza.
Um furão de estimação precisa comer entre 8 a 10 vezes ao dia. Devem ser pequenas refeições, por isso, não deve ser acumulada comida na tigela, que deve ficar vazia e limpa até a hora da próxima refeição. Lembrando que os furões não têm um horário fixo para comer e costumam sinalizar quando estão com fome.
Já os filhotes de furões comem 4 vezes ao dia, e assim como é a orientação para os adultos, é importante colocar na tigela apenas comida suficiente para uma refeição.
Cuidar de um furão doméstico não é uma tarefa muito complexa com exceção da alimentação, que é bem específica, com muitas limitações e que precisa ser bem dosada pelo tutor.