Categoria: Cães

Carne de Laboratório para Pets: Inovação Sustentável ou Polêmica?

O mercado pet do Reino Unido acaba de receber uma novidade revolucionária: um petisco feito com carne cultivada em laboratório. Criado pela startup londrina Meatly, esse produto é considerado o primeiro alimento para animais de estimação que utiliza carne desenvolvida sem necessidade de abate.

O petisco, chamado “Chick Bites”, é composto por ingredientes vegetais e 4% de carne de frango cultivada. O processo de produção começa com a coleta de uma pequena amostra de células de um ovo de galinha, que são cultivadas em um biorreator com água e nutrientes. Em poucas semanas, as células se multiplicam, formando um composto proteico que consome menos recursos naturais e reduz a pegada de carbono em comparação à produção convencional de carne.

Segundo o fundador da Meatly, os alimentos para pets representam cerca de 20% da carne consumida globalmente. A empresa aposta na carne cultivada como uma solução mais sustentável para atender à crescente demanda do setor pet sem sobrecarregar os recursos naturais.

Inicialmente, os snacks “Chick Bites” serão vendidos apenas em uma unidade da rede Pets at Home, em Londres, pelo preço de £3,49 (aproximadamente R$ 20) a embalagem de 50 gramas. No entanto, a empresa planeja expandir a distribuição conforme a capacidade de produção aumentar.

Carne Cultivada: O Futuro da Alimentação?

Apesar do crescente interesse por alternativas à carne tradicional, a carne cultivada ainda enfrenta desafios. Diferente dos produtos à base de plantas, que utilizam proteínas vegetais para simular sabor e textura, ou dos alimentos obtidos por fermentação de micro-organismos, a carne cultivada tem a mesma composição biológica da carne animal.

Atualmente, poucos países permitem a comercialização desse tipo de carne. Singapura foi pioneira em 2020, seguida pelos Estados Unidos em 2023 e Israel em 2024. Em contrapartida, estados como Flórida e Alabama, nos EUA, proibiram sua venda, e a Itália vetou a comercialização em 2023, embora a medida ainda esteja em discussão na União Europeia.

A produção da Meatly permite que, a partir de uma única amostra celular, seja gerada carne de forma contínua. O resultado é um material com textura semelhante a um patê de frango e valor nutricional equivalente ao da carne convencional, sem esteroides, hormônios ou antibacterianos. Além disso, a produção consome entre 50% e 60% menos terra, 30% a 40% menos água e reduz as emissões de CO2 em cerca de 40%.

Atualmente, a startup opera com biorreatores de 50 litros, mas tem planos para aumentar a capacidade para unidades de 20 mil litros. Testes indicaram alta aceitação pelos cães, que demonstraram preferência pelos snacks em relação às rações convencionais.

O Mercado Pet como Laboratório para o Futuro

A Meatly acredita que o mercado pet pode ser uma porta de entrada para acostumar os consumidores à ideia da carne cultivada. A empresa também participa de um projeto da Agência de Padrões Alimentares do Reino Unido, que busca regulamentar a comercialização desse tipo de carne para consumo humano. Apesar de a tecnologia ser considerada segura, a falta de regulamentação ainda impede sua ampla adoção.

O tema segue polêmico, pois a expansão da carne cultivada enfrenta desafios como barreiras regulatórias, altos custos de produção e resistência do público, que ainda percebe esse tipo de produto como artificial. Enquanto cientistas e empresas trabalham para torná-lo mais acessível e ambientalmente viável, o debate sobre segurança alimentar, impacto econômico e sustentabilidade continua aberto.

🐶🐱 Animais de Estimação em Condomínios: Direitos e Restrições ⚖️

A presença de animais de estimação em condomínios é um tema que gera muitas dúvidas e, por vezes, até conflitos entre os moradores. No entanto, é um assunto importante que merece atenção, pois pode levar a situações complicadas no dia a dia.

No Brasil, a legislação e as decisões dos tribunais têm reforçado que os condomínios não podem proibir a presença de pets nas unidades privadas de maneira arbitrária. No entanto, existem situações em que algumas restrições podem ser aplicáveis, especialmente quando estão relacionadas à segurança, saúde e bem-estar coletivo dos moradores.

O direito de ter um animal de estimação dentro de um condomínio está diretamente vinculado ao direito de propriedade. Qualquer regulação que tente restringir essa liberdade precisa ter um embasamento legal sólido. Tribunais superiores têm afirmado que normas que proíbem a presença de animais sem critérios objetivos são abusivas e não podem ser aplicadas sem justificativas claras.

O ideal é que a convivência entre os moradores e seus animais de estimação respeite o equilíbrio entre os direitos individuais e os coletivos. Ou seja, os tutores têm o direito de manter seus pets, desde que não causem incômodos excessivos aos vizinhos. Por exemplo, se um cachorro late de forma constante, perturbando o sossego dos demais, ou se um animal representa risco para a segurança dos outros condôminos, medidas podem ser tomadas para minimizar esses problemas. Questões relacionadas à higiene também são fundamentais: a falta de cuidados com excrementos ou sujeiras pode resultar em reclamações legítimas.

Além disso, muitos condomínios estabelecem regras específicas para o uso das áreas comuns, como corredores, elevadores e jardins. Essas normas frequentemente exigem que os animais sejam conduzidos com coleira e guia ou até transportados no colo, especialmente quando se trata de cães de grande porte. Essas restrições são válidas, pois têm o objetivo de garantir a segurança e o bem-estar de todos os moradores.

Vale destacar que a presença de uma cláusula proibitiva na convenção do condomínio não significa que ela seja aplicável de forma indiscriminada. Se a proibição não tiver uma justificativa concreta, o morador tem o direito de contestá-la judicialmente. A jurisprudência tem mostrado que, se o animal não representa um problema real, o tutor tem o direito de mantê-lo na unidade.

Uma das formas mais eficazes de evitar desentendimentos é o diálogo entre os moradores e a administração do condomínio. Muitas vezes, os conflitos podem ser resolvidos por meio de regras claras e do respeito mútuo. Em alguns casos, a assembleia de moradores pode estabelecer condições específicas para a presença de animais, sempre respeitando os limites legais.

Por fim, os tutores de animais devem estar atentos às normas do condomínio e à responsabilidade de garantir que seus pets convivam de forma harmoniosa com os demais moradores. Isso envolve tomar medidas para evitar barulhos excessivos, manter a higiene do ambiente e respeitar as regras para a circulação nas áreas comuns. Assim, é possível equilibrar o direito de ter um animal de estimação com a necessidade de manter um ambiente organizado e respeitoso dentro do condomínio.

10 Alimentos Perigosos para os Cães: O Que Evitar

Os cães, movidos pela curiosidade, muitas vezes se mostram mais atraídos pelos cheiros das comidas humanas do que pela própria ração. No entanto, alguns alimentos que são comuns para nós podem ser extremamente prejudiciais aos nossos amigos de quatro patas. Veja a seguir 10 itens que você nunca deve oferecer ao seu cachorro:

  1. Uvas e Passas: Embora ainda não se saiba ao certo qual substância nas uvas e passas causa a intoxicação, esses alimentos podem levar à insuficiência renal aguda nos cães. Os primeiros sinais incluem vômitos e letargia, que podem evoluir para falência renal, exigindo cuidado veterinário imediato.
  2. Xilitol (Adoçante Artificial): Encontrado em balas, chicletes e produtos dietéticos, o xilitol é altamente tóxico para os cães. Sua ingestão provoca uma liberação excessiva de insulina, resultando em hipoglicemia, que pode causar fraqueza, convulsões e até falência hepática. Em casos graves, pode ser fatal.
  3. Abacate: O abacate contém uma substância chamada persina, que é tóxica para os cães. O consumo dessa fruta pode levar a vômitos, diarreia, problemas respiratórios e até complicações cardíacas. O caroço também representa um risco de obstrução intestinal.
  4. Excesso de Sal: Alimentos com muito sal, como batatas fritas e embutidos, podem causar desidratação e intoxicação por sódio nos cães. Os sintomas incluem sede excessiva, vômitos, diarreia, letargia e, nos casos mais graves, convulsões e falência de órgãos.
  5. Chocolate: Contendo teobromina e cafeína, o chocolate é um veneno para os cães. Essas substâncias estimulam o sistema nervoso, causando vômitos, diarreia, tremores e até convulsões. Quanto maior o teor de cacau, maior a toxicidade do chocolate, especialmente o amargo.
  6. Café e Outras Bebidas com Cafeína: A cafeína é um potente estimulante, podendo causar agitação, tremores musculares, aceleração dos batimentos cardíacos e até convulsões. Mesmo pequenas quantidades já podem intoxicar cães de porte pequeno. Evite também bebidas energéticas e chás com cafeína.
  7. Leite e Derivados: Embora alguns cães gostem de leite, muitos desenvolvem intolerância à lactose na fase adulta. O consumo de leite, queijos e iogurtes pode causar diarreia, vômitos e desconforto gastrointestinal, prejudicando a digestão e o bem-estar do animal.
  8. Alho e Cebola: Esses alimentos contêm compostos chamados tiossulfatos, que podem destruir os glóbulos vermelhos dos cães. A ingestão, mesmo que em pequenas quantidades, pode causar anemia, fraqueza, dificuldades respiratórias e aumento da frequência cardíaca, seja cru ou cozido.
  9. Tomates Verdes: Os tomates ainda não maduros contêm solanina, uma substância tóxica que pode afetar o sistema nervoso dos cães. Os sintomas incluem dor abdominal, fraqueza e letargia. Já os tomates maduros são seguros em pequenas quantidades.
  10. Álcool: O álcool é altamente perigoso para os cães, já que eles não conseguem metabolizá-lo eficientemente. Mesmo pequenas quantidades podem causar vômitos, desorientação, depressão do sistema nervoso central e, em casos graves, coma.

O que fazer se seu cachorro ingerir algo tóxico?

Se o seu pet consumir qualquer um desses alimentos, procure assistência veterinária imediatamente. Quanto mais rápido for o atendimento, menores as chances de complicações. Nunca tente induzir o vômito sem orientação profissional, pois isso pode piorar o quadro.

Prevenção é o melhor remédio

Evite dar ao seu cão restos de comida humana e busque uma alimentação balanceada e segura, sempre com a orientação de um veterinário. Isso garantirá que seu amigo peludo tenha uma vida saudável e feliz.

São Paulo aprova Lei que garante maior segurança aos animais durante transporte aéreo

Em 17 de dezembro, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou, em sessão extraordinária, uma proposta que regulamenta o transporte de animais domésticos de pequeno porte, com até 15 quilos, pelas companhias aéreas que operam no estado, tanto em voos nacionais quanto internacionais. O projeto agora aguarda a sanção ou veto do governador, e é sobre isso que falarei neste post.

O Projeto de Lei 587 de 2023 garante aos tutores o direito de transportar até dois animais por passageiro, com um limite total de 10 animais por aeronave. Para embarcar, o animal deverá apresentar um atestado veterinário com menos de 15 dias, confirmando boas condições de saúde, além de uma carteira de vacinação atualizada, guia de transporte emitida pelo Ministério da Agricultura ou órgão conveniado, e outros documentos exigidos pela companhia aérea.

De acordo com o PL aprovado, o pet ocupará um assento da aeronave, com a companhia aérea cobrando no máximo 50% do valor proporcional da passagem do tutor. O animal deverá ser transportado em uma caixa de transporte com as condições adequadas, conforme as normas das companhias aéreas e órgãos nacionais e internacionais. O pet permanecerá na caixa durante o voo, exceto em casos de problemas de saúde ou durante conexões de voo. Além disso, o texto determina que o animal deve ser alimentado e hidratado a cada quatro horas, com a caixa de transporte também sendo mantida limpa.

O artigo 8º do projeto estabelece que, para os animais que viajarem no compartimento de carga das aeronaves, haverá uma espera máxima de 60 minutos entre o despacho da caixa de transporte e a decolagem do avião. Durante esse tempo, o pet será acomodado em uma sala climatizada, com ventilação apropriada, temperatura controlada e proteção contra umidade e calor. O compartimento de carga contará com iluminação, espaço específico para animais e redução de ruídos.

O animal deve ser transportado em uma caixa fornecida pelo tutor que atenda aos padrões da Associação Internacional de Transporte Aéreo. Se ocorrer o óbito ou fuga do animal durante o transporte aéreo em voos com partida ou chegada em São Paulo, a companhia aérea será multada em 1000 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo. O valor da multa será destinado a ações de defesa animal e será dobrado em caso de reincidência dentro de 30 dias.

Ainda não em vigor, a lei foi aprovada pela Alesp e agora está aguardando a análise do governador Tarcísio de Freitas, que tem até 15 dias úteis para sancionar ou vetar o projeto. A aprovação na Assembleia Legislativa já representa um importante passo na proteção e bem-estar dos animais durante viagens aéreas, além de oferecer mais tranquilidade aos tutores. Se sancionada, essa lei poderá servir de modelo para outros estados e incentivar as companhias aéreas a priorizarem a segurança dos animais transportados.

Cadastro Nacional de Animais: O Que Diz o Projeto de Lei 2.230/2022

Nas últimas semanas, circulou intensamente nas redes sociais a ideia de que estaria sendo criado um imposto para tutores de animais de estimação no Brasil. Mas será que isso é verdade? Vamos esclarecer essa questão e entender a origem dessa informação.

O debate gira em torno do Projeto de Lei 2.230/2022, cujo principal objetivo é autorizar a criação de um Cadastro Nacional de Animais Domésticos. Esse cadastro seria implementado pelos municípios com base em um modelo padronizado fornecido pelo governo federal. O registro incluiria informações como:

  • Dados pessoais do tutor;
  • Espécie, raça e idade do animal;
  • Dados relevantes para apoiar políticas públicas.

O intuito do projeto é contribuir para o controle sanitário, combater maus-tratos, organizar campanhas de vacinação, aumentar a segurança em transações de compra e venda de animais e facilitar a identificação de animais abandonados. Importante destacar que animais rurais, como bovinos e equinos, não serão incluídos nesse cadastro, pois já possuem registros próprios vinculados ao Ministério da Agricultura.

O Projeto de Lei foi inicialmente apresentado à Câmara dos Deputados em 2015, sob o número 3.720. Em 2022, foi aprovado na Câmara e encaminhado ao Senado. Entre 2023 e 2024, passou por comissões e pelo plenário, estando agora aguardando sanção presidencial, com prazo até 17 de dezembro de 2024.

Ao analisar o texto do PL 2.230/2022, fica claro que não há previsão para a criação de impostos ou qualquer tipo de cobrança adicional para tutores de animais. Diferente da Alemanha, onde existe uma taxa anual para donos de cães, o foco do projeto brasileiro é a criação de uma base de dados nacional. Além disso, qualquer proposta de tributo no Brasil exige um processo legislativo específico, o que não é o caso aqui.

Embora o projeto atual não mencione a cobrança de impostos, é compreensível que essa possibilidade gere preocupação. Afinal, outros países já aplicam taxas similares. Na Alemanha, por exemplo, foram arrecadados cerca de 2,6 bilhões de reais em 2023 com a chamada “taxa dos cães”. Lá, a identificação por chip é obrigatória, e os tutores que não registram seus animais estão sujeitos a multas altíssimas.

Aqui no Brasil, o texto aprovado em 26 de novembro de 2024 prevê que tutores deverão informar no cadastro:

  • Número de identidade e CPF;
  • Endereço e local onde o animal será mantido;
  • Espécie, raça, sexo, idade do animal;
  • Histórico de vacinas e tratamentos.

Agora, resta aguardar a decisão presidencial e torcer para que esse projeto seja um passo importante em prol do bem-estar dos nossos amigos de quatro patas. Fiquemos atentos aos desdobramentos!

Raiva em Animais de Estimação: Sintomas, Prevenção e Importância da Vacinação

A raiva é uma doença viral grave que afeta diferentes mamíferos, incluindo nossos pets, como cães e gatos. Ela é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, que atinge o sistema nervoso central e, se não tratada, pode levar à morte. Neste texto, vamos explorar os riscos e, principalmente, como a prevenção é essencial para a saúde dos animais e das pessoas.

Classificada como uma zoonose, a raiva pode ser transmitida de animais para seres humanos, o que torna sua prevenção uma prioridade de saúde pública. A vacinação regular é a principal forma de evitar a disseminação do vírus, sendo uma medida indispensável para proteger tanto os pets quanto a comunidade.

A transmissão ocorre, principalmente, por meio da mordida de um animal infectado, já que o vírus está presente na saliva. No entanto, o contato da saliva contaminada com feridas, mucosas ou arranhões também pode provocar a infecção. Morcegos e raposas são exemplos de animais silvestres que costumam transmitir o vírus, mas cães e gatos sem vacinação atualizada estão igualmente em risco, especialmente se tiverem contato com animais infectados.

Os primeiros sinais de raiva em animais aparecem como mudanças comportamentais. Um pet antes tranquilo pode se tornar agressivo ou irritável, sem razão aparente. Outros sintomas incluem hipersensibilidade a estímulos, como luzes e sons, além de tremores e espasmos musculares. A doença pode prejudicar a coordenação motora e provocar perda de apetite e dificuldade para engolir, pois afeta os músculos da garganta.

Nos estágios mais avançados, é comum observar paralisia, começando pela mandíbula, o que dificulta o fechamento da boca e causa salivação excessiva – um dos sinais clássicos da raiva. Sem intervenção rápida, o quadro pode evoluir para convulsões, agitação extrema e, infelizmente, levar ao óbito.

A boa notícia é que a prevenção da raiva é simples e eficaz. A vacinação anual oferece proteção segura para cães e gatos, evitando que eles contraiam e transmitam a doença. Em muitos lugares, essa vacina é obrigatória por lei, e descumprir essa exigência pode gerar penalidades. Mais do que seguir a legislação, vacinar é uma demonstração de responsabilidade e cuidado.

Além da vacinação, outras medidas de prevenção incluem evitar que os pets tenham acesso a áreas com risco de contaminação, como regiões rurais e florestas, e supervisionar suas interações com outros animais. Manter os animais em casa durante a noite é uma forma adicional de proteção.

Em resumo, manter a vacinação contra a raiva em dia é um ato de amor e prevenção que salva vidas. Proteger nossos animais significa proteger também nossas famílias e comunidades. A prevenção é a chave para garantir a saúde e o bem-estar de todos.

Kerry Blue Terrier: Tudo sobre a raça

O Kerry Blue Terrier é uma raça icônica entre os terriers, conhecida pela sua aparência elegante e personalidade vibrante. Sua inteligência e lealdade fazem dele uma excelente escolha para famílias ativas que procuram um cão enérgico e marcante. A seguir, descubra mais sobre as origens, características e cuidados necessários para esse incrível companheiro.

Origem e História

Originário do século XIX, na região montanhosa de Kerry, no sudoeste da Irlanda, o Kerry Blue Terrier foi criado para ser um verdadeiro “faz-tudo”. Ele era usado tanto para caçar pequenos animais, como raposas e lontras, quanto para controlar pragas e ajudar no pastoreio. Com o tempo, sua versatilidade conquistou os irlandeses, e o cão se tornou um parceiro leal não apenas nas fazendas, mas também em lares como cão de companhia.

Aparência e Características Físicas

O Kerry Blue Terrier possui uma pelagem macia e ondulada, com sua cor azul-acinzentada característica. Curiosamente, os filhotes nascem com pelo preto, que vai clareando gradualmente até atingir a tonalidade azul por volta dos 18 a 24 meses. Por ter um pelo denso, ele requer escovação regular para evitar emaranhados e manter sua textura saudável.

Em termos de porte, é uma raça de tamanho médio. Os machos costumam medir entre 45 e 48 cm, enquanto as fêmeas são ligeiramente menores. O peso varia entre 15 e 18 kg, com corpo musculoso e ágil, reflexo da sua herança de cão de trabalho. Seus olhos escuros e atentos, combinados com orelhas pequenas e dobradas, dão ao Kerry Blue uma expressão alerta e inteligente.

Temperamento e Personalidade

Com uma natureza confiante e enérgica, o Kerry Blue Terrier é um cão cheio de personalidade. Ele forma laços profundos com seus tutores e é conhecido por ser afetuoso e protetor. Além disso, é um excelente cão de guarda, sempre atento ao que acontece ao seu redor.

Apesar de ser amigável e leal, ele pode ser teimoso e independente, uma característica comum entre os terriers. Por isso, é essencial que o tutor seja firme e consistente no treinamento, sempre usando reforço positivo. Quando bem socializado desde filhote, o Kerry Blue costuma se dar bem com crianças e outros animais, mas precisa de estímulos frequentes para não desenvolver tédio e comportamentos indesejados.

Cuidados com a Alimentação

A alimentação é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar do Kerry Blue. Sendo uma raça ativa, ele precisa de uma dieta rica em nutrientes e proteínas de alta qualidade, preferencialmente à base de carnes magras, como frango ou peixe.

Além da ração, alguns tutores optam por oferecer alimentos frescos, como vegetais e carnes cozidas, mas é essencial que qualquer alteração na dieta seja supervisionada por um veterinário. Manter o peso saudável é igualmente importante para evitar sobrecarga nas articulações e garantir longevidade.

Saúde e Cuidados Veterinários

Embora robusto, o Kerry Blue Terrier pode ser suscetível a problemas de pele, como alergias e dermatites, devido à sua pelagem densa. Escovações frequentes ajudam a manter a pele limpa e livre de oleosidade.

Outros problemas comuns incluem doenças oculares, como catarata, e a displasia de retina, que pode afetar a visão com o passar do tempo. Embora menos frequente, a displasia de quadril também pode ocorrer. Consultas veterinárias regulares e exames preventivos são fundamentais para manter a saúde do seu pet em dia.

Treinamento e Atividades

Treinar um Kerry Blue pode ser desafiador, mas é uma experiência gratificante. Ele aprende rápido, mas pode ser teimoso, por isso a consistência e o uso de reforço positivo são essenciais. Começar o treinamento e a socialização desde cedo é importante para evitar problemas de comportamento no futuro.

Essa raça também se destaca em esportes como agilidade e provas de obediência, atividades que ajudam a canalizar sua energia e mantê-lo mentalmente estimulado. Variar os treinos e oferecer desafios é fundamental para evitar que o cão se entedie e desenvolva comportamentos destrutivos.

O Kerry Blue Terrier é uma raça que combina inteligência, energia e lealdade, sendo ideal para famílias ativas que buscam um companheiro protetor e versátil. Com os cuidados certos e um ambiente que ofereça estímulos físicos e mentais, esse cão pode proporcionar anos de convivência alegre e cheia de aventuras. Se você está em busca de um pet com personalidade marcante e pronto para novas experiências, o Kerry Blue Terrier pode ser a escolha perfeita!

Goldendoodles: Tudo sobre a raça

O Goldendoodle, uma mistura entre o Golden Retriever e o Poodle, tem conquistado muitos corações. Embora alguns pensem que é uma raça nova, os primeiros cães dessa combinação surgiram nos Estados Unidos e na Austrália no final dos anos 1960. O objetivo inicial era criar um cão-guia hipoalergênico para pessoas alérgicas. Contudo, a popularidade da raça só explodiu nos anos 90, quando passou a ser uma escolha comum para famílias e indivíduos que procuravam um animal de estimação inteligente, afetuoso e de fácil convivência.

O nome Goldendoodle vem da junção de “Golden” (do Golden Retriever) e “Poodle” (Poodle), refletindo suas origens. A intenção do cruzamento era unir a baixa queda de pelos do Poodle, conhecido por ser hipoalergênico, com o temperamento amigável e leal do Golden Retriever. O resultado foi um cão com características muito atraentes: um animal inteligente, energético e com uma pelagem que solta poucos pelos.

Características Físicas do Goldendoodle

O Goldendoodle é uma raça que apresenta uma grande diversidade de tamanhos, graças à linhagem de Poodles. Ele pode ser encontrado em três versões principais:

  • Pequeno: até 6 kg
  • Médio: até 20 kg
  • Grande: até 30 kg

Essa flexibilidade de tamanhos torna o Goldendoodle ideal para diferentes tipos de lares, desde apartamentos pequenos até casas com quintais amplos.

Em relação à aparência, a pelagem do Goldendoodle varia bastante, podendo ser ondulada, crespa, densa e suave, geralmente herdada do Poodle. As cores mais comuns são tons claros como branco, dourado, champagne e cinza. Embora a raça tenha a vantagem de soltar poucos pelos, é fundamental escová-la ao menos uma vez por semana, especialmente os cães com pelagem mais longa, para evitar nós e embaraços.

Temperamento e Comportamento do Goldendoodle

O temperamento do Goldendoodle é um dos maiores atrativos dessa raça. Esses cães são extremamente sociáveis, carinhosos e adoram companhia. Eles têm uma natureza amigável, sendo ótimos com crianças, idosos e até outros animais de estimação. Seu comportamento é muito similar ao do Golden Retriever, conhecido por sua bondade e empatia.

A inteligência do Poodle se reflete na facilidade de treinamento do Goldendoodle, tornando-os cães de fácil aprendizagem e muito obedientes. São animais que adoram agradar seus tutores e podem ser treinados para diversas funções, como cães-guia e até cães de terapia. No entanto, é importante usar métodos de treinamento baseados em reforços positivos, já que eles respondem melhor a elogios e recompensas.

Apesar de sua energia e alegria, o Goldendoodle não é a escolha certa para quem busca um cão de guarda, já que sua natureza amigável o faz confiar facilmente até em estranhos.

Saúde e Cuidados do Goldendoodle

Como ocorre com muitos cães mestiços, o Goldendoodle pode herdar algumas condições de saúde dos seus pais. Entre os problemas mais comuns, destacam-se:

  • Displasia de quadril, que pode ser herdada do Golden Retriever, afetando a articulação do quadril e causando dor e dificuldade de movimento.
  • Problemas oculares, como catarata e glaucoma, herdados do Poodle.
  • Distúrbios sanguíneos, também presentes na raça Poodle.

Além disso, os cuidados com as orelhas são essenciais, pois as grandes orelhas caídas dos Goldendoodles podem ser propensas a infecções, especialmente após banhos ou atividades aquáticas. É importante garantir que as orelhas permaneçam limpas e secas para evitar esse tipo de problema.

Exercícios e Cuidados Diários

O Goldendoodle é um cão com nível de energia variado, mas geralmente alto. Para garantir que ele se mantenha saudável tanto fisicamente quanto mentalmente, é importante que tenha uma rotina de exercícios regulares. Brincadeiras, caminhadas, corridas e até nadar são atividades que o Goldendoodle adora, aproveitando suas raízes de cão retriever. Recomenda-se pelo menos de 30 minutos a uma hora de atividade física diária.

Além dos exercícios físicos, o Goldendoodle necessita de interação social. Não são cães que gostam de ficar sozinhos por muito tempo. Se deixados sozinhos por períodos prolongados, podem desenvolver problemas como destruição de objetos ou até ansiedade de separação. Portanto, é importante que eles tenham companhia e estimulação mental ao longo do dia.

Em relação à alimentação, é fundamental oferecer uma ração de boa qualidade, rica em proteínas e nutrientes, para sustentar seu nível de energia elevado. Para evitar problemas digestivos, é recomendável alimentar os Goldendoodles duas vezes por dia, controlando a quantidade para que não comam rápido demais. O uso de comedouros lentos pode ser útil nesse caso.

Com seu temperamento amigável, inteligência aguçada e fácil adaptação, o Goldendoodle é uma excelente escolha para famílias que buscam um cão leal, afetuoso e disposto a aprender. Seu porte variado e pelagem de baixa queda fazem dele um ótimo companheiro para diferentes tipos de ambiente e tutores.

QUEIMADAS: Proteja seus Animais de Estimação

A combinação de seca severa e calor intenso apresenta uma série de desafios, não só para nós, mas também para nossos pets. O desconforto causado por essas condições climáticas pode se transformar em problemas graves de saúde, e é fundamental redobrar a atenção com os cuidados nesses períodos.

A baixa umidade do ar e as altas temperaturas exigem cuidados especiais, principalmente para prevenir a desidratação. Manter os animais hidratados é essencial: água fresca e limpa deve estar sempre disponível. Em dias muito quentes, adicionar gelo ao pote pode estimular o consumo. Para os gatos, que tendem a beber menos água, incluir alimentos úmidos na dieta é uma boa estratégia para aumentar a ingestão de líquidos.

A alimentação também requer atenção. Frutas ricas em água, como melancia, podem ser oferecidas para refrescar os pets, mas é importante evitar frutas tóxicas, como uvas e abacates. Além disso, é necessário monitorar a dieta e respeitar possíveis intolerâncias alimentares, como a lactose, que pode afetar alguns animais.

Os passeios devem ser planejados para os horários mais frescos do dia, já que o asfalto quente pode causar queimaduras nas patas. Em dias de calor intenso, reduzir a atividade física e garantir que o pet fique em ambientes frescos e ventilados é essencial. Se o uso de ar-condicionado não for viável, tapetes gelados ou garrafas congeladas próximas aos locais de descanso podem ajudar a refrescar.

Um cuidado importante, especialmente para animais de pele clara, é o uso de protetores solares específicos para pets, prevenindo queimaduras e até câncer de pele. Embora muitos acreditem que a tosa ajuda a aliviar o calor, o pelo funciona como um regulador natural de temperatura, protegendo os animais tanto do calor quanto da radiação solar.

Além disso, durante a seca, os problemas respiratórios podem se intensificar, especialmente em animais braquicefálicos (de focinho curto). O uso de umidificadores no ambiente e a limpeza regular dos olhos com soro fisiológico podem ajudar a prevenir irritações. Manter o ambiente livre de poeira e fumaça também contribui para o bem-estar respiratório dos pets.

A fumaça das queimadas, comum na estiagem, também é um risco. Assim como para os humanos, ela pode causar problemas respiratórios sérios nos animais. Para minimizar os impactos, mantenha os pets em ambientes fechados e bem ventilados, e redobre os cuidados com a higiene, evitando irritações oculares e outros problemas mais graves.

Se o pet apresentar sintomas como tosse persistente, dificuldade para respirar ou irritações na pele, é importante buscar a orientação de um veterinário.

Cuidar dos pets durante os períodos de seca e calor extremo pode ser desafiador, mas com algumas medidas simples, é possível garantir o bem-estar deles. Hidratação, alimentação adequada e ajustes na rotina de passeios e atividades são passos fundamentais para que eles atravessem essas condições climáticas com saúde e segurança.

Taxidermia de Pets: Como Funciona e Por Que Divide Opiniões?

A taxidermia, uma prática antiga e, muitas vezes, polêmica, tem ganhado espaço entre tutores de pets. Hoje, vou abordar esse tema que envolve a preservação da aparência dos animais após sua morte, algo que desperta curiosidade e debate.

Historicamente, a taxidermia se consolidou tanto como arte quanto como um recurso científico e educativo. Um exemplo notável é o cavalo de Napoleão, que pode ser visto no Museu de História Natural de Paris, destacando a importância dessa prática ao longo dos séculos.

Nos dias atuais, temos visto um aumento na publicação de vídeos e fotos de pets empalhados nas redes sociais. Esses conteúdos provocam reações diversas.

Para alguns, há um fascínio pela arte envolvida, pela habilidade técnica e pela capacidade de recriar fielmente a aparência do animal, perpetuando sua beleza. Outros, porém, sentem desconforto ou até repulsa, vendo a prática como algo perturbador ou macabro. A ideia de manter fisicamente em casa um animal falecido pode ser difícil de aceitar para aqueles que preferem guardar as lembranças de maneira mais simbólica.

Com o poder da internet, essa prática, antes pouco conhecida, tem ganhado visibilidade e gerado discussões acaloradas. Enquanto alguns se interessam e pesquisam mais sobre o assunto, outros criticam, revelando o lado emocional e cultural envolvido nessa escolha.

O principal motivo para a taxidermia de animais de estimação é manter viva a memória desses companheiros. O processo, altamente especializado, envolve a retirada dos órgãos internos, preservando a pele do pet. Ela passa por um tratamento químico e é colocada sobre um molde que replica as medidas do animal. Esse trabalho meticuloso requer não apenas habilidade, mas também respeito pela memória do animal, assegurando uma homenagem digna.

O profissional responsável por essa tarefa é o taxidermista, alguém com profundo conhecimento de anatomia, preservação de tecidos e habilidades artísticas. No Brasil, a taxidermia de animais domésticos é permitida, desde que siga as normas ambientais e não envolva maus-tratos. Já animais silvestres só podem ser empalhados se tiverem origem legal.

Diferente de outros países, onde a caça regulamentada permite a taxidermia de animais caçados, no Brasil, essa prática é restrita a animais de estimação e aqueles vindos de criadouros ou zoológicos.

Os custos da taxidermia variam de acordo com o tamanho e o tipo de pelagem do pet. No momento em que escrevo, empalhar um cão de pequeno porte custa, em média, R$ 1.600, enquanto um cão maior pode chegar a R$ 3.800.

Escolher pela taxidermia é uma decisão pessoal e deve ser ponderada com cuidado. Para alguns, ela traz conforto e a sensação de proximidade com o animal. Para outros, pode dificultar o processo de luto, mantendo um vínculo que, embora eterno, precisa se transformar com o tempo.

No final, essa escolha deve sempre respeitar tanto a memória do animal quanto os sentimentos de quem fica.