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Abril Laranja: Combatendo a Crueldade contra os Animais

O Abril Laranja é uma campanha internacional focada na prevenção da crueldade contra os animais. Criada pela Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade a Animais, a iniciativa visa conscientizar a população sobre a importância de respeitar e proteger os animais, promovendo a educação e o engajamento social.

Infelizmente, os maus-tratos contra os animais ainda são uma triste realidade em muitas partes do mundo, e o Brasil não é exceção. Em 2024, no estado de São Paulo, mais de 16 mil denúncias de abuso foram registradas pela Delegacia Eletrônica de Proteção Animal, um número alarmante que pode ser ainda maior, já que muitos casos passam despercebidos ou não são denunciados. O desconhecimento sobre como identificar a negligência e o abuso contribui para essa subnotificação.

Os maus-tratos podem se manifestar de diferentes formas. Alguns são claramente visíveis, como agressões físicas e abandono. Outros, porém, são mais difíceis de identificar, mas igualmente prejudiciais, como manter os animais confinados em espaços pequenos e inadequados, privá-los de alimentação e água limpa, expô-los a intempéries sem abrigo, negligenciar cuidados veterinários essenciais ou promover mutilações estéticas sem justificação médica. Além disso, práticas como rinhas e a exploração de animais para diversão também se enquadram em abusos.

É de extrema importância que qualquer suspeita de maus-tratos seja denunciada. A denúncia pode ser feita de forma anônima e é fundamental reunir evidências, como fotos, vídeos e depoimentos, para que as autoridades possam agir. Delegacias especializadas, polícia ambiental e outros órgãos de proteção animal estão preparados para receber essas denúncias e garantir que os infratores sejam responsabilizados.

A educação é uma das armas mais poderosas na luta contra a crueldade com os animais. Muitos não sabem dos direitos dos animais nem das responsabilidades legais dos tutores. A campanha Abril Laranja tem como um de seus principais objetivos esclarecer essas questões e promover uma sociedade mais empática e responsável.

Lançada nos Estados Unidos em 2006, a campanha cresce a cada ano e se espalha por diversos países, conscientizando a população sobre a necessidade de garantir o bem-estar dos animais. Durante o mês de abril, diversas ações são realizadas, como palestras, mobilizações e campanhas educativas, reforçando a importância do respeito aos animais.

A promoção da empatia e do cuidado com os animais não traz benefícios apenas para eles, mas para toda a sociedade. Uma convivência harmoniosa entre humanos e animais contribui para uma comunidade mais justa e consciente. Atitudes simples, como educar crianças sobre o respeito aos animais e apoiar organizações de proteção, fazem toda a diferença.

O Abril Laranja destaca que a prevenção é a chave para combater a crueldade. Todos nós podemos fazer a diferença, seja denunciando abusos, praticando a adoção responsável ou respeitando as necessidades dos animais. São pequenas ações que ajudam a construir um futuro melhor e mais justo para todos.

Como Proteger Seu Gato de Doenças Renais

As doenças renais são um problema de saúde bastante comum em gatos, especialmente à medida que envelhecem. Felizmente, elas podem ser prevenidas com cuidados adequados. Neste artigo, vamos explorar como você pode proteger seu gato dessas doenças.

A função renal é essencial para a filtragem das toxinas do sangue, a manutenção do equilíbrio de eletrólitos e a produção de urina. Quando os rins começam a falhar, a saúde do seu gato pode se deteriorar rapidamente. No entanto, existem algumas práticas preventivas que ajudam a preservar a saúde renal do seu pet e evitar complicações graves. Confira as dicas a seguir:

  1. Incentive a Hidratação
    Os gatos, por natureza, tendem a beber pouca água. Isso se deve aos seus ancestrais selvagens, que obtinham a maior parte da hidratação por meio da alimentação. A ingestão insuficiente de líquidos é um dos principais fatores de risco para doenças renais.
    Para estimular seu gato a beber mais, você pode usar fontes de água, que são atraentes por manterem o líquido em movimento, algo que muitos gatos preferem. Evite potes plásticos, pois eles podem alterar o sabor da água. As tigelas de cerâmica ou inox são as melhores opções.
    Além disso, a ração úmida, como sachês e patês, contém um alto teor de água, ajudando seu gato a se manter hidratado.
  2. Ofereça uma Alimentação Balanceada
    A nutrição desempenha um papel fundamental na prevenção de doenças renais. Evite alimentos com alto teor de fósforo e sódio, pois esses componentes podem sobrecarregar os rins do seu gato. Prefira rações de boa qualidade, com fórmulas balanceadas.
    A proteína é essencial, mas deve ser de boa qualidade e em quantidades adequadas. Proteínas de origem animal, como frango e peixe, são mais fáceis de digerir.
    Para gatos com predisposição a problemas renais, há rações específicas recomendadas por veterinários para ajudar a preservar a função renal.
  3. Faça Check-ups Regulares
    As doenças renais podem se desenvolver silenciosamente nos gatos, o que significa que, quando os sintomas aparecem, a condição já pode estar bastante avançada. Por isso, é importante levar seu gato ao veterinário regularmente.
    Exames de creatinina e ureia ajudam a avaliar a função renal, enquanto testes de urina podem detectar sinais de problemas, como presença de proteínas ou sangue. Ultrassonografias renais também são úteis para observar mudanças estruturais nos rins.
  4. Preze pelo Peso Saudável
    A obesidade é um fator de risco para diversas doenças, incluindo problemas renais. Manter seu gato em um peso saudável é essencial para garantir uma vida longa e saudável.
    Controle a quantidade de ração, de acordo com as orientações do fabricante ou do veterinário. Incentive a atividade física com brinquedos interativos e sessões de brincadeiras. Evite petiscos calóricos, substituindo-os por opções mais saudáveis, como pedaços de frango cozido sem tempero.
  5. Evite Medicamentos e Toxinas Perigosas
    Nunca administre medicamentos no seu gato sem a orientação de um veterinário. Algumas substâncias, como anti-inflamatórios humanos, podem ser extremamente tóxicas para os rins dos felinos.
    Além disso, tenha cuidado com plantas tóxicas, como lírios, comigo-ninguém-pode e azaleias, que são altamente prejudiciais para os gatos.

Pequenos ajustes na rotina do seu gato podem ter um impacto significativo em sua saúde. Fique atento a mudanças no comportamento, como aumento da ingestão de água, perda de peso ou alterações na urina. Caso perceba qualquer sinal de problema, procure um veterinário imediatamente. Com os cuidados certos, seu gato pode viver uma vida longa e saudável.

Família Multiespécie: A Nova Definição de Família

Nos últimos tempos, um conceito tem ganhado destaque e refletido transformações nas relações sociais e na percepção dos vínculos familiares. Neste texto, vamos explorar o conceito de família multiespécie, um termo que, embora ainda novo para muitos, tem se tornado cada vez mais importante no campo jurídico e social.

A família multiespécie vai além da visão tradicional da família humana, incluindo os animais de estimação como membros legítimos dessa estrutura. Os animais deixam de ser vistos como objetos ou propriedades, passando a ser reconhecidos como seres com direitos, emoções e um papel fundamental no bem-estar de seus tutores.

Essa ideia de que os pets são membros integrais da família tem se fortalecido ao redor do mundo, e no Brasil não é diferente. O país tem avançado no reconhecimento dos direitos dos animais, com exemplos como a concessão de pensão alimentícia para animais de estimação, algo que reforça legalmente a ideia de que os pets não são simples bens.

O artigo 225 da Constituição Brasileira já aborda, de maneira indireta, a proteção aos animais, ao estabelecer que o poder público deve garantir a proteção da fauna e flora e proibir práticas cruéis. A família multiespécie amplia esse conceito, permitindo que os animais de estimação sejam reconhecidos não só como objetos de afeto, mas como membros plenos da família, com direito a cuidados, saúde e, em alguns casos, até pensão alimentícia.

A ideia de que os pets têm direitos legais vem ganhando força nos tribunais e na legislação. Em 2023, o Projeto de Lei 179/23 foi apresentado na Câmara dos Deputados para regulamentar o conceito de família multiespécie. O projeto propõe uma série de direitos para os animais, incluindo a possibilidade de participar de processos judiciais, como pedidos de guarda, visitas e reparação por danos materiais, morais ou existenciais.

Entre as propostas mais significativas, está a garantia de que, em casos de separação ou divórcio, os animais possam ter direito a visitas, como ocorre com filhos em processos de guarda. O projeto também prevê que o tutor, ou na ausência dele, a Defensoria Pública ou o Ministério Público, possa representar legalmente o animal, garantindo seus direitos, como proteção contra maus-tratos e a obrigação de receber cuidados adequados.

Na sociedade, a família multiespécie tem mudado a forma como os laços afetivos e responsabilidades familiares são entendidos. Em muitos lares, os animais são considerados membros da família, compartilhando não apenas momentos de alegria, mas também desafios e necessidades. Cuidar dos pets envolve compromisso, carinho e, muitas vezes, até a divisão de recursos financeiros para garantir sua saúde e bem-estar.

Apesar dos avanços, a implementação prática da família multiespécie enfrenta desafios. A ideia de que animais de estimação, como cães e gatos, possam ser considerados membros plenos da família, com direitos jurídicos, ainda encontra resistência. Além disso, questões como a aplicação de leis de pensão alimentícia para animais, a regulamentação da guarda compartilhada e o acesso à Justiça para reparação de danos enfrentam obstáculos legais e culturais. Mesmo assim, as mudanças legislativas em andamento e o crescente reconhecimento da importância emocional e social dos animais mostram uma evolução positiva.

Quem tem um pet sabe que ser tutor vai além do afeto, envolvendo também direitos, responsabilidades legais e uma nova forma de compreender a família no contexto atual.

Carne de Laboratório para Pets: Inovação Sustentável ou Polêmica?

O mercado pet do Reino Unido acaba de receber uma novidade revolucionária: um petisco feito com carne cultivada em laboratório. Criado pela startup londrina Meatly, esse produto é considerado o primeiro alimento para animais de estimação que utiliza carne desenvolvida sem necessidade de abate.

O petisco, chamado “Chick Bites”, é composto por ingredientes vegetais e 4% de carne de frango cultivada. O processo de produção começa com a coleta de uma pequena amostra de células de um ovo de galinha, que são cultivadas em um biorreator com água e nutrientes. Em poucas semanas, as células se multiplicam, formando um composto proteico que consome menos recursos naturais e reduz a pegada de carbono em comparação à produção convencional de carne.

Segundo o fundador da Meatly, os alimentos para pets representam cerca de 20% da carne consumida globalmente. A empresa aposta na carne cultivada como uma solução mais sustentável para atender à crescente demanda do setor pet sem sobrecarregar os recursos naturais.

Inicialmente, os snacks “Chick Bites” serão vendidos apenas em uma unidade da rede Pets at Home, em Londres, pelo preço de £3,49 (aproximadamente R$ 20) a embalagem de 50 gramas. No entanto, a empresa planeja expandir a distribuição conforme a capacidade de produção aumentar.

Carne Cultivada: O Futuro da Alimentação?

Apesar do crescente interesse por alternativas à carne tradicional, a carne cultivada ainda enfrenta desafios. Diferente dos produtos à base de plantas, que utilizam proteínas vegetais para simular sabor e textura, ou dos alimentos obtidos por fermentação de micro-organismos, a carne cultivada tem a mesma composição biológica da carne animal.

Atualmente, poucos países permitem a comercialização desse tipo de carne. Singapura foi pioneira em 2020, seguida pelos Estados Unidos em 2023 e Israel em 2024. Em contrapartida, estados como Flórida e Alabama, nos EUA, proibiram sua venda, e a Itália vetou a comercialização em 2023, embora a medida ainda esteja em discussão na União Europeia.

A produção da Meatly permite que, a partir de uma única amostra celular, seja gerada carne de forma contínua. O resultado é um material com textura semelhante a um patê de frango e valor nutricional equivalente ao da carne convencional, sem esteroides, hormônios ou antibacterianos. Além disso, a produção consome entre 50% e 60% menos terra, 30% a 40% menos água e reduz as emissões de CO2 em cerca de 40%.

Atualmente, a startup opera com biorreatores de 50 litros, mas tem planos para aumentar a capacidade para unidades de 20 mil litros. Testes indicaram alta aceitação pelos cães, que demonstraram preferência pelos snacks em relação às rações convencionais.

O Mercado Pet como Laboratório para o Futuro

A Meatly acredita que o mercado pet pode ser uma porta de entrada para acostumar os consumidores à ideia da carne cultivada. A empresa também participa de um projeto da Agência de Padrões Alimentares do Reino Unido, que busca regulamentar a comercialização desse tipo de carne para consumo humano. Apesar de a tecnologia ser considerada segura, a falta de regulamentação ainda impede sua ampla adoção.

O tema segue polêmico, pois a expansão da carne cultivada enfrenta desafios como barreiras regulatórias, altos custos de produção e resistência do público, que ainda percebe esse tipo de produto como artificial. Enquanto cientistas e empresas trabalham para torná-lo mais acessível e ambientalmente viável, o debate sobre segurança alimentar, impacto econômico e sustentabilidade continua aberto.

🐶🐱 Animais de Estimação em Condomínios: Direitos e Restrições ⚖️

A presença de animais de estimação em condomínios é um tema que gera muitas dúvidas e, por vezes, até conflitos entre os moradores. No entanto, é um assunto importante que merece atenção, pois pode levar a situações complicadas no dia a dia.

No Brasil, a legislação e as decisões dos tribunais têm reforçado que os condomínios não podem proibir a presença de pets nas unidades privadas de maneira arbitrária. No entanto, existem situações em que algumas restrições podem ser aplicáveis, especialmente quando estão relacionadas à segurança, saúde e bem-estar coletivo dos moradores.

O direito de ter um animal de estimação dentro de um condomínio está diretamente vinculado ao direito de propriedade. Qualquer regulação que tente restringir essa liberdade precisa ter um embasamento legal sólido. Tribunais superiores têm afirmado que normas que proíbem a presença de animais sem critérios objetivos são abusivas e não podem ser aplicadas sem justificativas claras.

O ideal é que a convivência entre os moradores e seus animais de estimação respeite o equilíbrio entre os direitos individuais e os coletivos. Ou seja, os tutores têm o direito de manter seus pets, desde que não causem incômodos excessivos aos vizinhos. Por exemplo, se um cachorro late de forma constante, perturbando o sossego dos demais, ou se um animal representa risco para a segurança dos outros condôminos, medidas podem ser tomadas para minimizar esses problemas. Questões relacionadas à higiene também são fundamentais: a falta de cuidados com excrementos ou sujeiras pode resultar em reclamações legítimas.

Além disso, muitos condomínios estabelecem regras específicas para o uso das áreas comuns, como corredores, elevadores e jardins. Essas normas frequentemente exigem que os animais sejam conduzidos com coleira e guia ou até transportados no colo, especialmente quando se trata de cães de grande porte. Essas restrições são válidas, pois têm o objetivo de garantir a segurança e o bem-estar de todos os moradores.

Vale destacar que a presença de uma cláusula proibitiva na convenção do condomínio não significa que ela seja aplicável de forma indiscriminada. Se a proibição não tiver uma justificativa concreta, o morador tem o direito de contestá-la judicialmente. A jurisprudência tem mostrado que, se o animal não representa um problema real, o tutor tem o direito de mantê-lo na unidade.

Uma das formas mais eficazes de evitar desentendimentos é o diálogo entre os moradores e a administração do condomínio. Muitas vezes, os conflitos podem ser resolvidos por meio de regras claras e do respeito mútuo. Em alguns casos, a assembleia de moradores pode estabelecer condições específicas para a presença de animais, sempre respeitando os limites legais.

Por fim, os tutores de animais devem estar atentos às normas do condomínio e à responsabilidade de garantir que seus pets convivam de forma harmoniosa com os demais moradores. Isso envolve tomar medidas para evitar barulhos excessivos, manter a higiene do ambiente e respeitar as regras para a circulação nas áreas comuns. Assim, é possível equilibrar o direito de ter um animal de estimação com a necessidade de manter um ambiente organizado e respeitoso dentro do condomínio.

10 Alimentos Perigosos para os Cães: O Que Evitar

Os cães, movidos pela curiosidade, muitas vezes se mostram mais atraídos pelos cheiros das comidas humanas do que pela própria ração. No entanto, alguns alimentos que são comuns para nós podem ser extremamente prejudiciais aos nossos amigos de quatro patas. Veja a seguir 10 itens que você nunca deve oferecer ao seu cachorro:

  1. Uvas e Passas: Embora ainda não se saiba ao certo qual substância nas uvas e passas causa a intoxicação, esses alimentos podem levar à insuficiência renal aguda nos cães. Os primeiros sinais incluem vômitos e letargia, que podem evoluir para falência renal, exigindo cuidado veterinário imediato.
  2. Xilitol (Adoçante Artificial): Encontrado em balas, chicletes e produtos dietéticos, o xilitol é altamente tóxico para os cães. Sua ingestão provoca uma liberação excessiva de insulina, resultando em hipoglicemia, que pode causar fraqueza, convulsões e até falência hepática. Em casos graves, pode ser fatal.
  3. Abacate: O abacate contém uma substância chamada persina, que é tóxica para os cães. O consumo dessa fruta pode levar a vômitos, diarreia, problemas respiratórios e até complicações cardíacas. O caroço também representa um risco de obstrução intestinal.
  4. Excesso de Sal: Alimentos com muito sal, como batatas fritas e embutidos, podem causar desidratação e intoxicação por sódio nos cães. Os sintomas incluem sede excessiva, vômitos, diarreia, letargia e, nos casos mais graves, convulsões e falência de órgãos.
  5. Chocolate: Contendo teobromina e cafeína, o chocolate é um veneno para os cães. Essas substâncias estimulam o sistema nervoso, causando vômitos, diarreia, tremores e até convulsões. Quanto maior o teor de cacau, maior a toxicidade do chocolate, especialmente o amargo.
  6. Café e Outras Bebidas com Cafeína: A cafeína é um potente estimulante, podendo causar agitação, tremores musculares, aceleração dos batimentos cardíacos e até convulsões. Mesmo pequenas quantidades já podem intoxicar cães de porte pequeno. Evite também bebidas energéticas e chás com cafeína.
  7. Leite e Derivados: Embora alguns cães gostem de leite, muitos desenvolvem intolerância à lactose na fase adulta. O consumo de leite, queijos e iogurtes pode causar diarreia, vômitos e desconforto gastrointestinal, prejudicando a digestão e o bem-estar do animal.
  8. Alho e Cebola: Esses alimentos contêm compostos chamados tiossulfatos, que podem destruir os glóbulos vermelhos dos cães. A ingestão, mesmo que em pequenas quantidades, pode causar anemia, fraqueza, dificuldades respiratórias e aumento da frequência cardíaca, seja cru ou cozido.
  9. Tomates Verdes: Os tomates ainda não maduros contêm solanina, uma substância tóxica que pode afetar o sistema nervoso dos cães. Os sintomas incluem dor abdominal, fraqueza e letargia. Já os tomates maduros são seguros em pequenas quantidades.
  10. Álcool: O álcool é altamente perigoso para os cães, já que eles não conseguem metabolizá-lo eficientemente. Mesmo pequenas quantidades podem causar vômitos, desorientação, depressão do sistema nervoso central e, em casos graves, coma.

O que fazer se seu cachorro ingerir algo tóxico?

Se o seu pet consumir qualquer um desses alimentos, procure assistência veterinária imediatamente. Quanto mais rápido for o atendimento, menores as chances de complicações. Nunca tente induzir o vômito sem orientação profissional, pois isso pode piorar o quadro.

Prevenção é o melhor remédio

Evite dar ao seu cão restos de comida humana e busque uma alimentação balanceada e segura, sempre com a orientação de um veterinário. Isso garantirá que seu amigo peludo tenha uma vida saudável e feliz.

São Paulo aprova Lei que garante maior segurança aos animais durante transporte aéreo

Em 17 de dezembro, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou, em sessão extraordinária, uma proposta que regulamenta o transporte de animais domésticos de pequeno porte, com até 15 quilos, pelas companhias aéreas que operam no estado, tanto em voos nacionais quanto internacionais. O projeto agora aguarda a sanção ou veto do governador, e é sobre isso que falarei neste post.

O Projeto de Lei 587 de 2023 garante aos tutores o direito de transportar até dois animais por passageiro, com um limite total de 10 animais por aeronave. Para embarcar, o animal deverá apresentar um atestado veterinário com menos de 15 dias, confirmando boas condições de saúde, além de uma carteira de vacinação atualizada, guia de transporte emitida pelo Ministério da Agricultura ou órgão conveniado, e outros documentos exigidos pela companhia aérea.

De acordo com o PL aprovado, o pet ocupará um assento da aeronave, com a companhia aérea cobrando no máximo 50% do valor proporcional da passagem do tutor. O animal deverá ser transportado em uma caixa de transporte com as condições adequadas, conforme as normas das companhias aéreas e órgãos nacionais e internacionais. O pet permanecerá na caixa durante o voo, exceto em casos de problemas de saúde ou durante conexões de voo. Além disso, o texto determina que o animal deve ser alimentado e hidratado a cada quatro horas, com a caixa de transporte também sendo mantida limpa.

O artigo 8º do projeto estabelece que, para os animais que viajarem no compartimento de carga das aeronaves, haverá uma espera máxima de 60 minutos entre o despacho da caixa de transporte e a decolagem do avião. Durante esse tempo, o pet será acomodado em uma sala climatizada, com ventilação apropriada, temperatura controlada e proteção contra umidade e calor. O compartimento de carga contará com iluminação, espaço específico para animais e redução de ruídos.

O animal deve ser transportado em uma caixa fornecida pelo tutor que atenda aos padrões da Associação Internacional de Transporte Aéreo. Se ocorrer o óbito ou fuga do animal durante o transporte aéreo em voos com partida ou chegada em São Paulo, a companhia aérea será multada em 1000 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo. O valor da multa será destinado a ações de defesa animal e será dobrado em caso de reincidência dentro de 30 dias.

Ainda não em vigor, a lei foi aprovada pela Alesp e agora está aguardando a análise do governador Tarcísio de Freitas, que tem até 15 dias úteis para sancionar ou vetar o projeto. A aprovação na Assembleia Legislativa já representa um importante passo na proteção e bem-estar dos animais durante viagens aéreas, além de oferecer mais tranquilidade aos tutores. Se sancionada, essa lei poderá servir de modelo para outros estados e incentivar as companhias aéreas a priorizarem a segurança dos animais transportados.

Cadastro Nacional de Animais: O Que Diz o Projeto de Lei 2.230/2022

Nas últimas semanas, circulou intensamente nas redes sociais a ideia de que estaria sendo criado um imposto para tutores de animais de estimação no Brasil. Mas será que isso é verdade? Vamos esclarecer essa questão e entender a origem dessa informação.

O debate gira em torno do Projeto de Lei 2.230/2022, cujo principal objetivo é autorizar a criação de um Cadastro Nacional de Animais Domésticos. Esse cadastro seria implementado pelos municípios com base em um modelo padronizado fornecido pelo governo federal. O registro incluiria informações como:

  • Dados pessoais do tutor;
  • Espécie, raça e idade do animal;
  • Dados relevantes para apoiar políticas públicas.

O intuito do projeto é contribuir para o controle sanitário, combater maus-tratos, organizar campanhas de vacinação, aumentar a segurança em transações de compra e venda de animais e facilitar a identificação de animais abandonados. Importante destacar que animais rurais, como bovinos e equinos, não serão incluídos nesse cadastro, pois já possuem registros próprios vinculados ao Ministério da Agricultura.

O Projeto de Lei foi inicialmente apresentado à Câmara dos Deputados em 2015, sob o número 3.720. Em 2022, foi aprovado na Câmara e encaminhado ao Senado. Entre 2023 e 2024, passou por comissões e pelo plenário, estando agora aguardando sanção presidencial, com prazo até 17 de dezembro de 2024.

Ao analisar o texto do PL 2.230/2022, fica claro que não há previsão para a criação de impostos ou qualquer tipo de cobrança adicional para tutores de animais. Diferente da Alemanha, onde existe uma taxa anual para donos de cães, o foco do projeto brasileiro é a criação de uma base de dados nacional. Além disso, qualquer proposta de tributo no Brasil exige um processo legislativo específico, o que não é o caso aqui.

Embora o projeto atual não mencione a cobrança de impostos, é compreensível que essa possibilidade gere preocupação. Afinal, outros países já aplicam taxas similares. Na Alemanha, por exemplo, foram arrecadados cerca de 2,6 bilhões de reais em 2023 com a chamada “taxa dos cães”. Lá, a identificação por chip é obrigatória, e os tutores que não registram seus animais estão sujeitos a multas altíssimas.

Aqui no Brasil, o texto aprovado em 26 de novembro de 2024 prevê que tutores deverão informar no cadastro:

  • Número de identidade e CPF;
  • Endereço e local onde o animal será mantido;
  • Espécie, raça, sexo, idade do animal;
  • Histórico de vacinas e tratamentos.

Agora, resta aguardar a decisão presidencial e torcer para que esse projeto seja um passo importante em prol do bem-estar dos nossos amigos de quatro patas. Fiquemos atentos aos desdobramentos!

Raiva em Animais de Estimação: Sintomas, Prevenção e Importância da Vacinação

A raiva é uma doença viral grave que afeta diferentes mamíferos, incluindo nossos pets, como cães e gatos. Ela é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, que atinge o sistema nervoso central e, se não tratada, pode levar à morte. Neste texto, vamos explorar os riscos e, principalmente, como a prevenção é essencial para a saúde dos animais e das pessoas.

Classificada como uma zoonose, a raiva pode ser transmitida de animais para seres humanos, o que torna sua prevenção uma prioridade de saúde pública. A vacinação regular é a principal forma de evitar a disseminação do vírus, sendo uma medida indispensável para proteger tanto os pets quanto a comunidade.

A transmissão ocorre, principalmente, por meio da mordida de um animal infectado, já que o vírus está presente na saliva. No entanto, o contato da saliva contaminada com feridas, mucosas ou arranhões também pode provocar a infecção. Morcegos e raposas são exemplos de animais silvestres que costumam transmitir o vírus, mas cães e gatos sem vacinação atualizada estão igualmente em risco, especialmente se tiverem contato com animais infectados.

Os primeiros sinais de raiva em animais aparecem como mudanças comportamentais. Um pet antes tranquilo pode se tornar agressivo ou irritável, sem razão aparente. Outros sintomas incluem hipersensibilidade a estímulos, como luzes e sons, além de tremores e espasmos musculares. A doença pode prejudicar a coordenação motora e provocar perda de apetite e dificuldade para engolir, pois afeta os músculos da garganta.

Nos estágios mais avançados, é comum observar paralisia, começando pela mandíbula, o que dificulta o fechamento da boca e causa salivação excessiva – um dos sinais clássicos da raiva. Sem intervenção rápida, o quadro pode evoluir para convulsões, agitação extrema e, infelizmente, levar ao óbito.

A boa notícia é que a prevenção da raiva é simples e eficaz. A vacinação anual oferece proteção segura para cães e gatos, evitando que eles contraiam e transmitam a doença. Em muitos lugares, essa vacina é obrigatória por lei, e descumprir essa exigência pode gerar penalidades. Mais do que seguir a legislação, vacinar é uma demonstração de responsabilidade e cuidado.

Além da vacinação, outras medidas de prevenção incluem evitar que os pets tenham acesso a áreas com risco de contaminação, como regiões rurais e florestas, e supervisionar suas interações com outros animais. Manter os animais em casa durante a noite é uma forma adicional de proteção.

Em resumo, manter a vacinação contra a raiva em dia é um ato de amor e prevenção que salva vidas. Proteger nossos animais significa proteger também nossas famílias e comunidades. A prevenção é a chave para garantir a saúde e o bem-estar de todos.

QUEIMADAS: Proteja seus Animais de Estimação

A combinação de seca severa e calor intenso apresenta uma série de desafios, não só para nós, mas também para nossos pets. O desconforto causado por essas condições climáticas pode se transformar em problemas graves de saúde, e é fundamental redobrar a atenção com os cuidados nesses períodos.

A baixa umidade do ar e as altas temperaturas exigem cuidados especiais, principalmente para prevenir a desidratação. Manter os animais hidratados é essencial: água fresca e limpa deve estar sempre disponível. Em dias muito quentes, adicionar gelo ao pote pode estimular o consumo. Para os gatos, que tendem a beber menos água, incluir alimentos úmidos na dieta é uma boa estratégia para aumentar a ingestão de líquidos.

A alimentação também requer atenção. Frutas ricas em água, como melancia, podem ser oferecidas para refrescar os pets, mas é importante evitar frutas tóxicas, como uvas e abacates. Além disso, é necessário monitorar a dieta e respeitar possíveis intolerâncias alimentares, como a lactose, que pode afetar alguns animais.

Os passeios devem ser planejados para os horários mais frescos do dia, já que o asfalto quente pode causar queimaduras nas patas. Em dias de calor intenso, reduzir a atividade física e garantir que o pet fique em ambientes frescos e ventilados é essencial. Se o uso de ar-condicionado não for viável, tapetes gelados ou garrafas congeladas próximas aos locais de descanso podem ajudar a refrescar.

Um cuidado importante, especialmente para animais de pele clara, é o uso de protetores solares específicos para pets, prevenindo queimaduras e até câncer de pele. Embora muitos acreditem que a tosa ajuda a aliviar o calor, o pelo funciona como um regulador natural de temperatura, protegendo os animais tanto do calor quanto da radiação solar.

Além disso, durante a seca, os problemas respiratórios podem se intensificar, especialmente em animais braquicefálicos (de focinho curto). O uso de umidificadores no ambiente e a limpeza regular dos olhos com soro fisiológico podem ajudar a prevenir irritações. Manter o ambiente livre de poeira e fumaça também contribui para o bem-estar respiratório dos pets.

A fumaça das queimadas, comum na estiagem, também é um risco. Assim como para os humanos, ela pode causar problemas respiratórios sérios nos animais. Para minimizar os impactos, mantenha os pets em ambientes fechados e bem ventilados, e redobre os cuidados com a higiene, evitando irritações oculares e outros problemas mais graves.

Se o pet apresentar sintomas como tosse persistente, dificuldade para respirar ou irritações na pele, é importante buscar a orientação de um veterinário.

Cuidar dos pets durante os períodos de seca e calor extremo pode ser desafiador, mas com algumas medidas simples, é possível garantir o bem-estar deles. Hidratação, alimentação adequada e ajustes na rotina de passeios e atividades são passos fundamentais para que eles atravessem essas condições climáticas com saúde e segurança.