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Família Multiespécie: A Nova Definição de Família

Nos últimos tempos, um conceito tem ganhado destaque e refletido transformações nas relações sociais e na percepção dos vínculos familiares. Neste texto, vamos explorar o conceito de família multiespécie, um termo que, embora ainda novo para muitos, tem se tornado cada vez mais importante no campo jurídico e social.

A família multiespécie vai além da visão tradicional da família humana, incluindo os animais de estimação como membros legítimos dessa estrutura. Os animais deixam de ser vistos como objetos ou propriedades, passando a ser reconhecidos como seres com direitos, emoções e um papel fundamental no bem-estar de seus tutores.

Essa ideia de que os pets são membros integrais da família tem se fortalecido ao redor do mundo, e no Brasil não é diferente. O país tem avançado no reconhecimento dos direitos dos animais, com exemplos como a concessão de pensão alimentícia para animais de estimação, algo que reforça legalmente a ideia de que os pets não são simples bens.

O artigo 225 da Constituição Brasileira já aborda, de maneira indireta, a proteção aos animais, ao estabelecer que o poder público deve garantir a proteção da fauna e flora e proibir práticas cruéis. A família multiespécie amplia esse conceito, permitindo que os animais de estimação sejam reconhecidos não só como objetos de afeto, mas como membros plenos da família, com direito a cuidados, saúde e, em alguns casos, até pensão alimentícia.

A ideia de que os pets têm direitos legais vem ganhando força nos tribunais e na legislação. Em 2023, o Projeto de Lei 179/23 foi apresentado na Câmara dos Deputados para regulamentar o conceito de família multiespécie. O projeto propõe uma série de direitos para os animais, incluindo a possibilidade de participar de processos judiciais, como pedidos de guarda, visitas e reparação por danos materiais, morais ou existenciais.

Entre as propostas mais significativas, está a garantia de que, em casos de separação ou divórcio, os animais possam ter direito a visitas, como ocorre com filhos em processos de guarda. O projeto também prevê que o tutor, ou na ausência dele, a Defensoria Pública ou o Ministério Público, possa representar legalmente o animal, garantindo seus direitos, como proteção contra maus-tratos e a obrigação de receber cuidados adequados.

Na sociedade, a família multiespécie tem mudado a forma como os laços afetivos e responsabilidades familiares são entendidos. Em muitos lares, os animais são considerados membros da família, compartilhando não apenas momentos de alegria, mas também desafios e necessidades. Cuidar dos pets envolve compromisso, carinho e, muitas vezes, até a divisão de recursos financeiros para garantir sua saúde e bem-estar.

Apesar dos avanços, a implementação prática da família multiespécie enfrenta desafios. A ideia de que animais de estimação, como cães e gatos, possam ser considerados membros plenos da família, com direitos jurídicos, ainda encontra resistência. Além disso, questões como a aplicação de leis de pensão alimentícia para animais, a regulamentação da guarda compartilhada e o acesso à Justiça para reparação de danos enfrentam obstáculos legais e culturais. Mesmo assim, as mudanças legislativas em andamento e o crescente reconhecimento da importância emocional e social dos animais mostram uma evolução positiva.

Quem tem um pet sabe que ser tutor vai além do afeto, envolvendo também direitos, responsabilidades legais e uma nova forma de compreender a família no contexto atual.

Carne de Laboratório para Pets: Inovação Sustentável ou Polêmica?

O mercado pet do Reino Unido acaba de receber uma novidade revolucionária: um petisco feito com carne cultivada em laboratório. Criado pela startup londrina Meatly, esse produto é considerado o primeiro alimento para animais de estimação que utiliza carne desenvolvida sem necessidade de abate.

O petisco, chamado “Chick Bites”, é composto por ingredientes vegetais e 4% de carne de frango cultivada. O processo de produção começa com a coleta de uma pequena amostra de células de um ovo de galinha, que são cultivadas em um biorreator com água e nutrientes. Em poucas semanas, as células se multiplicam, formando um composto proteico que consome menos recursos naturais e reduz a pegada de carbono em comparação à produção convencional de carne.

Segundo o fundador da Meatly, os alimentos para pets representam cerca de 20% da carne consumida globalmente. A empresa aposta na carne cultivada como uma solução mais sustentável para atender à crescente demanda do setor pet sem sobrecarregar os recursos naturais.

Inicialmente, os snacks “Chick Bites” serão vendidos apenas em uma unidade da rede Pets at Home, em Londres, pelo preço de £3,49 (aproximadamente R$ 20) a embalagem de 50 gramas. No entanto, a empresa planeja expandir a distribuição conforme a capacidade de produção aumentar.

Carne Cultivada: O Futuro da Alimentação?

Apesar do crescente interesse por alternativas à carne tradicional, a carne cultivada ainda enfrenta desafios. Diferente dos produtos à base de plantas, que utilizam proteínas vegetais para simular sabor e textura, ou dos alimentos obtidos por fermentação de micro-organismos, a carne cultivada tem a mesma composição biológica da carne animal.

Atualmente, poucos países permitem a comercialização desse tipo de carne. Singapura foi pioneira em 2020, seguida pelos Estados Unidos em 2023 e Israel em 2024. Em contrapartida, estados como Flórida e Alabama, nos EUA, proibiram sua venda, e a Itália vetou a comercialização em 2023, embora a medida ainda esteja em discussão na União Europeia.

A produção da Meatly permite que, a partir de uma única amostra celular, seja gerada carne de forma contínua. O resultado é um material com textura semelhante a um patê de frango e valor nutricional equivalente ao da carne convencional, sem esteroides, hormônios ou antibacterianos. Além disso, a produção consome entre 50% e 60% menos terra, 30% a 40% menos água e reduz as emissões de CO2 em cerca de 40%.

Atualmente, a startup opera com biorreatores de 50 litros, mas tem planos para aumentar a capacidade para unidades de 20 mil litros. Testes indicaram alta aceitação pelos cães, que demonstraram preferência pelos snacks em relação às rações convencionais.

O Mercado Pet como Laboratório para o Futuro

A Meatly acredita que o mercado pet pode ser uma porta de entrada para acostumar os consumidores à ideia da carne cultivada. A empresa também participa de um projeto da Agência de Padrões Alimentares do Reino Unido, que busca regulamentar a comercialização desse tipo de carne para consumo humano. Apesar de a tecnologia ser considerada segura, a falta de regulamentação ainda impede sua ampla adoção.

O tema segue polêmico, pois a expansão da carne cultivada enfrenta desafios como barreiras regulatórias, altos custos de produção e resistência do público, que ainda percebe esse tipo de produto como artificial. Enquanto cientistas e empresas trabalham para torná-lo mais acessível e ambientalmente viável, o debate sobre segurança alimentar, impacto econômico e sustentabilidade continua aberto.

10 Alimentos Perigosos para os Cães: O Que Evitar

Os cães, movidos pela curiosidade, muitas vezes se mostram mais atraídos pelos cheiros das comidas humanas do que pela própria ração. No entanto, alguns alimentos que são comuns para nós podem ser extremamente prejudiciais aos nossos amigos de quatro patas. Veja a seguir 10 itens que você nunca deve oferecer ao seu cachorro:

  1. Uvas e Passas: Embora ainda não se saiba ao certo qual substância nas uvas e passas causa a intoxicação, esses alimentos podem levar à insuficiência renal aguda nos cães. Os primeiros sinais incluem vômitos e letargia, que podem evoluir para falência renal, exigindo cuidado veterinário imediato.
  2. Xilitol (Adoçante Artificial): Encontrado em balas, chicletes e produtos dietéticos, o xilitol é altamente tóxico para os cães. Sua ingestão provoca uma liberação excessiva de insulina, resultando em hipoglicemia, que pode causar fraqueza, convulsões e até falência hepática. Em casos graves, pode ser fatal.
  3. Abacate: O abacate contém uma substância chamada persina, que é tóxica para os cães. O consumo dessa fruta pode levar a vômitos, diarreia, problemas respiratórios e até complicações cardíacas. O caroço também representa um risco de obstrução intestinal.
  4. Excesso de Sal: Alimentos com muito sal, como batatas fritas e embutidos, podem causar desidratação e intoxicação por sódio nos cães. Os sintomas incluem sede excessiva, vômitos, diarreia, letargia e, nos casos mais graves, convulsões e falência de órgãos.
  5. Chocolate: Contendo teobromina e cafeína, o chocolate é um veneno para os cães. Essas substâncias estimulam o sistema nervoso, causando vômitos, diarreia, tremores e até convulsões. Quanto maior o teor de cacau, maior a toxicidade do chocolate, especialmente o amargo.
  6. Café e Outras Bebidas com Cafeína: A cafeína é um potente estimulante, podendo causar agitação, tremores musculares, aceleração dos batimentos cardíacos e até convulsões. Mesmo pequenas quantidades já podem intoxicar cães de porte pequeno. Evite também bebidas energéticas e chás com cafeína.
  7. Leite e Derivados: Embora alguns cães gostem de leite, muitos desenvolvem intolerância à lactose na fase adulta. O consumo de leite, queijos e iogurtes pode causar diarreia, vômitos e desconforto gastrointestinal, prejudicando a digestão e o bem-estar do animal.
  8. Alho e Cebola: Esses alimentos contêm compostos chamados tiossulfatos, que podem destruir os glóbulos vermelhos dos cães. A ingestão, mesmo que em pequenas quantidades, pode causar anemia, fraqueza, dificuldades respiratórias e aumento da frequência cardíaca, seja cru ou cozido.
  9. Tomates Verdes: Os tomates ainda não maduros contêm solanina, uma substância tóxica que pode afetar o sistema nervoso dos cães. Os sintomas incluem dor abdominal, fraqueza e letargia. Já os tomates maduros são seguros em pequenas quantidades.
  10. Álcool: O álcool é altamente perigoso para os cães, já que eles não conseguem metabolizá-lo eficientemente. Mesmo pequenas quantidades podem causar vômitos, desorientação, depressão do sistema nervoso central e, em casos graves, coma.

O que fazer se seu cachorro ingerir algo tóxico?

Se o seu pet consumir qualquer um desses alimentos, procure assistência veterinária imediatamente. Quanto mais rápido for o atendimento, menores as chances de complicações. Nunca tente induzir o vômito sem orientação profissional, pois isso pode piorar o quadro.

Prevenção é o melhor remédio

Evite dar ao seu cão restos de comida humana e busque uma alimentação balanceada e segura, sempre com a orientação de um veterinário. Isso garantirá que seu amigo peludo tenha uma vida saudável e feliz.

4 fatos interessantes sobre coelhos

Os coelhos estão entre os pets mais queridos no mundo todo. Com sua aparência encantadora e comportamento cativante, eles conquistam cada vez mais admiradores. A seguir, você vai conhecer quatro curiosidades sobre esses animais que os tornam ainda mais fascinantes!

1 – Reprodução acelerada

Os coelhos possuem uma impressionante taxa de reprodução. Dependendo da espécie, a gestação pode durar entre 27 e 45 dias, sendo a média cerca de um mês. Cada ninhada pode ter de um até 14 filhotes, mas o mais comum é que nasçam em torno de seis por vez. Os filhotes nascem sem pelos, de olhos fechados e pesando cerca de 40 a 50 gramas. No entanto, em apenas um mês, já estão desmamados e prontos para a independência.

Outro detalhe curioso é a rapidez com que as fêmeas entram no cio novamente. Isso pode acontecer poucas horas após o parto, possibilitando até sete gestações por ano!

2 – Coelhos não são roedores

Muita gente pensa que os coelhos são roedores por causa dos dentes incisivos e do hábito de roer, mas, na verdade, eles pertencem a um grupo diferente de mamíferos: a ordem Lagomorpha. A principal diferença está na estrutura dentária. Enquanto os roedores possuem apenas dois incisivos superiores, os coelhos têm quatro – dois principais e dois menores logo atrás. Além disso, seu comportamento e alimentação são distintos dos roedores, reforçando que eles fazem parte de uma classificação separada.

3 – Alimentam-se das próprias fezes

Pode parecer estranho, mas os coelhos têm um sistema digestivo peculiar que os leva a praticar a cecotrofia, ou seja, ingerir um tipo específico de fezes chamadas cecotrófos. Esses excrementos são ricos em nutrientes essenciais, como proteínas, vitaminas e ácidos graxos, garantindo que o animal aproveite ao máximo sua alimentação à base de fibras.

Esse processo acontece porque os coelhos possuem um órgão chamado ceco, onde ocorre a fermentação bacteriana de partes dos alimentos que não podem ser totalmente digeridas na primeira passagem pelo sistema digestivo. Depois, eles eliminam e reingerem esse material para obter ainda mais nutrientes. Esse comportamento é completamente normal e essencial para a saúde do animal.

4 – Enxergam quase 360 graus

Os olhos dos coelhos estão posicionados nas laterais da cabeça, permitindo um campo de visão extremamente amplo. Isso os ajuda a identificar predadores de praticamente qualquer direção, uma habilidade essencial para a sobrevivência na natureza. Entretanto, eles possuem um pequeno ponto cego bem à frente do focinho e na parte de trás da cabeça, o que pode fazer com que não percebam objetos muito próximos.

Além disso, os coelhos têm melhor visão em ambientes com pouca luz, como ao amanhecer e no entardecer – períodos em que costumam ser mais ativos. Essa adaptação torna esses animais altamente atentos e preparados para reagir a qualquer mudança no ambiente.

Os coelhos são muito mais complexos e interessantes do que muitas pessoas imaginam! Compreender suas particularidades ajuda a fortalecer o vínculo entre tutor e pet, proporcionando uma convivência mais harmoniosa e enriquecedora.