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Aves Ornamentais: A Nova Tendência entre os Pets no Brasil

O amor dos brasileiros por cães e gatos é inegável, mas cada vez mais famílias estão se interessando por outras opções de animais de estimação. Neste post, vou abordar o crescente interesse por aves ornamentais no Brasil.

Conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação e do Instituto Pet Brasil, houve um aumento significativo na quantidade de pássaros silvestres em cativeiro, passando de 41,6 milhões em 2022 para 42,8 milhões em 2023, um crescimento de 3% em apenas um ano.

A pesquisa também destacou que o total de animais de estimação no país aumentou 3,3% em 2023, subindo de 155,7 milhões para mais de 160 milhões. Os cães ainda lideram em popularidade, com um crescimento de 2,8%, passando de 60,5 milhões para 62,2 milhões. Em segundo lugar, vêm as aves ornamentais, seguidas pelos gatos, que registraram um aumento de 5,4%. Peixes ornamentais também cresceram 2,29%, enquanto répteis e pequenos mamíferos, como chinchilas e hamsters, tiveram um salto de 7,6%.

Com a população de pets em ascensão, o mercado de produtos e serviços para animais de estimação tende a se expandir ainda mais. Segundo previsões do IPB e da Abinpet, o setor deve atingir um faturamento de R$ 76,3 bilhões até 2024. Somente o segmento de alimentação para pets (pet food) movimentou R$ 41,7 bilhões em 2023, representando 54,7% do mercado total.

A crescente popularidade das aves ornamentais como pets reflete uma busca por novas formas de companhia. Muitas pessoas estão optando por essas aves devido ao vínculo único que elas oferecem. Diferentemente de outros animais de estimação, aves podem proporcionar uma interação mais calma, com comportamentos que encantam seus donos. Além disso, algumas espécies são extremamente belas e exóticas, e têm uma longevidade que pode permitir uma convivência por décadas.

Outro ponto que torna as aves uma escolha atrativa é o custo relativamente baixo de manutenção. A ração pode durar meses, e as visitas ao veterinário são geralmente menos frequentes, possibilitando um planejamento financeiro mais fácil ao longo do tempo. No entanto, o mercado ainda carece de planos de saúde específicos para aves, o que poderia facilitar ainda mais o cuidado com esses pets, sinalizando uma oportunidade para inovação no setor veterinário.

Além das aves, outros animais de pequeno porte, como répteis e mamíferos exóticos, estão ganhando espaço. Esse fenômeno está associado à urbanização e à diminuição do tamanho das famílias. Com a verticalização das cidades, muitas pessoas buscam animais que exijam menos espaço e cuidados, tornando essas espécies mais práticas para o cotidiano urbano. A simplicidade de manutenção e o menor custo de tempo e dinheiro são fatores decisivos para quem vive em espaços reduzidos, sem querer abrir mão da companhia de um pet.

A adaptação desses animais ao ambiente urbano e ao estilo de vida moderno, onde o tempo é um recurso escasso, faz com que sejam cada vez mais procurados. Além disso, a interação com animais exóticos desperta a curiosidade e proporciona experiências diferentes das oferecidas pelos pets mais tradicionais. O mercado pet, portanto, tende a se diversificar ainda mais, acompanhando as mudanças nas preferências dos tutores, que buscam alternativas que se alinhem às suas rotinas e espaços.

Com a demanda em alta, o mercado especializado em produtos e serviços para animais de estimação exóticos tem crescido. Desde acessórios específicos até alimentos mais nutritivos, o setor busca atender às necessidades desses animais e de seus donos. A expectativa é que essa tendência continue nos próximos anos, com o desenvolvimento de novas soluções que facilitem os cuidados e proporcionem mais conforto para os pets e seus tutores.

Censo Pet 2022 – Levantamento Anual da População de Animais de Estimação

Censo Pet

No mês de Junho, o Instituto Pet Brasil divulgou os dados do Censo Pet, um levantamento anual da população de animais de estimação no nosso país.

149 milhões e 600 mil pets. Um aumento de 3,7% quando comparado ao número apurado em 2020.  

Os cães, sendo eles 58 milhões e cem mil, continuam liderando o ranking, seguidos pelas aves canoras, como o Canário, Rouxinol, Sabiá-laranjeira, Pisco-de-peito-ruivo, Pintassilgo e o Pardal, com 41 milhões.

Em terceiro lugar, com 27 milhões e cem mil, aparecem os gatos. Na quarta posição do ranking, os peixes com 20 milhões e 800 mil e por último, com um número apurado de 2 milhões e 500 mil, estão os pequenos répteis e outros mamíferos.

Apesar de não serem os mais numerosos, o crescimento da população felina chama atenção nos resultados da pesquisa.  

Entre 2020 e 2021, foi registrado um aumento de 6% no número de gatos de estimação, que saltou de 25 milhões e 600 mil em 2020, para 27 milhões e 100 mil em 2021. Foi o maior aumento anual de felinos desde o início do Censo, em 2018.  

Segundo o presidente do Conselho Consultivo do Instituto Pet Brasil, o crescimento dos felinos se deve ao envelhecimento da população e ao maior número de pessoas morando em apartamentos e sozinhas. Fatores que impactam diretamente no estilo de vida das pessoas, e por consequência, na escolha de um animal de estimação que se encaixe melhor na rotina.  

Ainda analisando o crescimento do número de pets, na segunda colocação, estão os peixes com um aumento de 4,5%, seguidos pelos cães, que cresceram 4% nesse período de um ano.

No caso dos peixes, na surpreendente segunda posição, quando analisado o crescimento, a justificativa está na facilidade de cuidar desses pets e nos baixos custos de manutenção em relação aos outros animais de estimação.

Aumentos também foram apurados entre as aves, que cresceram 1,5%, enquanto os répteis e outros mamíferos registraram um aumento de 0,8%.

O Censo também revelou que o valor médio mensal para ter um cão no país parte de R$ 299,66 para animais pequenos, com até 10 kg, e pode chegar a R$ 533,60 para animais de grande porte, com mais de 25 kg.

Censo Pet 2022

Esses números crescentes devem se manter nos próximos anos e continuar aumentando exponencialmente a receita do mercado de produtos, serviços e comércio de pets, que em 2021, cresceu 27% e chegou a 51 bilhões e 700 milhões de reais, número que consolidou o Brasil como o sexto maior mercado pet do mundo conforme apurou a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International.

Apesar do Censo revelar o aumento nas buscas por animais que supostamente dão menos trabalho, é fundamental ter a consciência de que qualquer pet necessita da atenção dos tutores, de um espaço saudável para morar, de uma alimentação adequada e de visitas periódicas ao médico veterinário.