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Castigar ou Recompensar o Cachorro?

Punir ou Recompensar?

Assim como ocorre com os humanos, o aprendizado dos cães acontece o tempo todo, e não apenas durante sessões de treinamento.

Por isso, é muito comum que os tutores involuntariamente eduquem seus cães sem terem a consciência de que mesmo informalmente, o processo de educação do pet está ocorrendo.  

Cães em fase de crescimento normalmente aprendem rapidamente o que lhes é ensinado, pois para um cão jovem, não há diferença entre aula de treinamento e a rotina do dia a dia,  mas isso não acontece com todos esses pets, pois a facilidade e a motivação para o aprendizado, podem variar de uma raça para outra e até entre cães da mesma raça.

Em um passado recente, era comum encontrar pessoas que adestravam seus animais através da punição e da repressão, mas conforme os estudos ligados ao comportamento dos cães avançaram, ficou evidente que esses métodos ultrapassados geravam o efeito contrário, ou seja, provocavam nos pets comportamentos indesejados, uma vez que aumentavam os níveis de ansiedade e medo dos animais em relação ao tutor.

Com o passar do tempo, ficou claro que os cães não apresentam resistência em se ajustar à rotina de seus donos, justamente por sentirem que conseguem a atenção dos tutores todas as vezes que os agradam.

Esse contato humano, é para eles, uma recompensa quase que automática, assim como a separação ou o simples distanciamento de seus donos, podem levar a quadros de ansiedade canina e ser visto até como um castigo.

PUNIR NÃO É A MELHOR ESCOLHA

Cães não são racionais, e por isso, não conseguem entender que estão sendo colocados de castigo por algo que fizeram de errado.

Colocar o animalzinho de castigo fazendo-o se sentir preso ou isolado, dificilmente o levará a entender os limites que estão sendo impostos por alguma coisa errada que ele tenha feito.

É o mesmo que ocorre com punições físicas e sensoriais como a utilização de coleiras antilatidos, choques e agressões físicas, que além de também não educarem quanto aos limites, ainda geram traumas, depressão e aumento da ansiedade.

Punições desse tipo não devem ser praticadas, pois ao invés de acelerar o processo de educação do animal, o mais provável, é que ocorra um atraso no aprendizado, além do desenvolvimento de vários ditúrbios emocionais.

castigo ou recompensa cachorros

REFORÇO POSITIVO

Deixar as regras claras recompensando de forma consistente os acertos ao invés de punir os erros.

Assim é a técnica do reforço positivo, que através da utilização de carinhos, elogios e petiscos, vai fazer o pet entender que está no caminho certo.

É a melhor forma de manter uma convivência harmoniosa com os tutores, respeitar o estado emocional do cachorro, e ainda, garantir uma rotina com estímulos e treinamentos.

O método do reforço positivo pode e deve ser aplicado ao pet por todos os membros da família: sempre que alguém notar um comportamento correto do cãozinho, poderá premiá-lo.

Dividir com todos os membros da casa a missão de educar o animalzinho, vai tornar o processo mais fácil e até divertido.

O prazer proporcionado por um cachorro está na companhia que ele oferece. E dominação não é compatível com companhia.

Petiscos Contaminados e Cachorros Intoxicados

Petiscos Contaminados

Monoetilenoglicol

Esse é o nome da substância que provavelmente provocou a morte de pelo menos nove cachorros até momento nos estados de São Paulo e Minas Gerais, na maioria dos casos, segundo laudos de necrópsia preliminar, por insuficiência renal.  

Além de ser utilizada como anticongelante, essa substância também é empregada em diversas formulações de fluidos hidráulicos resistentes ao fogo, defensivos agrícolas, óleos para usinagem e extração de solventes.

Esse produto ficou conhecido em 2020, por ter sido uma das substâncias tóxicas encontradas na cerveja Bolorizontina da cervejaria Backer, episódio que resultou na intoxicação de 29 pessoas, das quais 10 delas morreram e 16 ficaram com sequelas.

A suspeita

No caso dos cachorros, a suspeita é de que as mortes ocorreram, devido a uma intoxicação causada pelo consumo de três petiscos caninos: Cuidado Oral Hálito Fresco, que leva o nome da loja rede Petz na embalagem, Dental Care e Everyday, todos fabricados pela Bassar Pet Food, que até o momento que faço esse vídeo, afirma que não utiliza e nunca utilizou o etilenoglicol na fabricação de nenhum de seus produtos, e que o propilenoglicol utilizado é um aditivo alimentar presente em alimentos para humanos e animais em todo o mundo.  

Disse ainda, que adquire esse insumo de empresas idôneas e devidamente registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.  

Mais casos

Relatos informais de tutores e veterinários, sobre essas mesmas ocorrências com cachorros, têm sido noticiados em outros Estados: animaizinhos que comeram os mesmos petiscos e começam a passar mal.  

Para que esses casos também possam ser investigados, é fundamental que os tutores procurem uma delegacia e registre o boletim de ocorrência, pois os casos precisam ser computados para que as investigações nos diferentes estados, aconteçam de forma conjunta.

Sintomas

Até o momento da edição desse vídeo, todos os cãezinhos que foram intoxicados, são de pequeno porte, como spitz alemão, shih tzu e yorkshire, e apresentaram como sintomas convulsões, prostração, além de diarreia e vômito com ou sem sangue.

A partir da detecção de qualquer um desses sintomas, se houve pelo pet a ingestão de petiscos, os tutores devem procurar o auxílio de um médico veterinário para verificar se pode haver alguma relação com o caso aqui exposto.  

A conclusão de que as mortes e internações foram de fato causadas por intoxicações, só será confirmada após a finalização dos laudos.

Enquanto isso, a orientação é para que os tutores sejam cautelosos na compra dos petiscos para seus pets.

Petiscos contaminados, assista ao vídeo

O que diz a empresa

Segundo a fabricante, providências têm sido tomadas para esclarecer os fatos desde quando tiveram conhecimento do primeiro caso de intoxicação. Também já declarou que os produtos foram enviados para análise no Centro de Qualidade Analítica, e que os resultados devem ser divulgados nos próximos dias.  

Ainda conforme relatou a empresa, nos últimos dias, inspeções foram realizadas por funcionários do Ministério da Agricultura, que atestaram que todas as normas de segurança alimentar e de produção são atendidas pela fábrica e que os laudos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, comprovaram que não há contaminação na linha de produção.

No varejo, empresas que revendem os petiscos que causaram as intoxicações, de forma voluntária, iniciaram a retirada dos produtos das prateleiras e notificaram a fabricante para que providências sejam tomadas, mas o Ministério da Agricultura já determinou o recolhimento de todos os produtos da fabricante, que declarou que vai retirar todos os produtos do mercado e que as atividades da fábrica ficarão paralisadas até que todos os casos sejam esclarecidos.  

É importante o tutor estar sempre atento ao seu pet, pois quando os primeiros sintomas surgem, o quanto antes o animal for levado ao médico veterinário, mais cedo será controlada a toxina e maiores serão as chances de salvar o animalzinho, pois menores serão os danos causados.