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Como os pets estimulam o cérebro das crianças

Se você se dirigir até uma estante de livros infantis, as chances de encontrar nas histórias muitos protagonistas animais, são bem elevadas, pois os bichos sempre fascinam o público infantil.
Mas, enquanto os animais personagens de livros são muitas vezes distantes da realidade, os animais de estimação com os quais compartilhamos nossas casas, oferecem às crianças, uma visão realista do mundo animal, além de um relacionamento que as influencia positivamente de várias outras maneiras.
Entender essa relação ajuda os pais a escolherem o pet certo para a criança, e permite uma visão aprofundada dos fatores que contribuem para que essa relação seja bem sucedida.

Animais de estimação, na maior parte das vezes são considerados membros da família, pois acabam fornecendo apoio em muitas fases da vida. Podem por exemplo ajudar casais a consolidar um relacionamento, são companheiros de brincadeiras para crianças, e fazem toda diferença como companhia para os pais quando os filhos saem de casa.
Muitos pais, principalmente na fase em que as crianças ainda são pequenas, decidem ter um pet para que o filho tenha com essa relação, lições valiosas sobre cuidados, responsabilidade e empatia, além de impactar positivamente suas habilidades sociais, sua saúde física e até o desenvolvimento cognitivo.
Mas será que os pets são realmente os promotores de todos esses benefícios?
Um estudo da Escola de População e Saúde Global da Universidade da Austrália Ocidental baseado em quatro mil crianças com idades de cinco e sete anos, descobriu que a posse de animais de estimação estava associada a menos problemas com colegas e mais comportamento pró-social.
Em uma outra pesquisa realizada pelos mesmos profissionais, descobriram que crianças de 2 a 5 anos com um cachorro na família eram mais ativas, passavam menos tempo em telas, e dormiam mais do que as crianças que não tinham um animal de estimação.
A principal conclusão desses dois estudos, foi que a atividade física regular, principalmente a que envolvia cães, como passear com o pet em família, impactou positivamente o desenvolvimento das crianças.
No entanto, toda essa influência benéfica depende diretamente da qualidade do relacionamento entre o pet e a criança. Não basta apenas viver sob o mesmo teto que o animalzinho.
Se por exemplo em uma casa com duas crianças, uma delas tem um hamster que mora na gaiola dentro do quarto, é improvável que a outra criança sinta pelo pet o mesmo apego que sentiria pelo cachorro da família com o qual caminha todos os dias depois da escola.
Além da convivência diária, outro fator que pode ajudar a determinar o quão sólido é o relacionamento entre uma criança e um animal de estimação, é a idade.
Estudos mostram que crianças com idades entre 6 e 10 anos desenvolvem laços mais fortes com animais que são mais parecidos com humanos, como cães e gatos, do que com espécies biologicamente distantes, como pássaros e peixes.


Já no caso de crianças mais velhas, com idades entre 11 e 14 anos, constatou-se que são tão apegadas a espécies menos comuns, quanto a cães ou gatos.
Outra variável que parece influenciar de alguma forma na intensidade dessa relação é a dinâmica familiar. Segundo o estudo australiano que citei aqui no vídeo anteriormente, crianças sem irmão se beneficiam mais da relação com o pet, que muitas vezes, assume o papel de amigo ou irmão substituto.
O estudo mostrou que pais de filhos únicos, têm maior propensão de permitir que a criança realize algumas atividades de forma independente quando estão acompanhadas de uma outra criança. Essa mesma tendência foi constatada quando a criança estava acompanhada por um cachorro, que nesses casos, assumiu o papel do amigo.
Animais de estimação podem também ajudar nas interações sociais dentro das famílias. Pesquisas sugerem que a presença de um pet pode facilitar relacionamentos entre pais adotivos e crianças por exemplo.
Um estudo feito no Reino Unido constatou que crianças que tinham animais de estimação em casa eram mais propensas a pensar que os animais têm pensamentos e sentimentos próprios, uma vez que, com a construção dessa relação, elas se tornam mais compreensivas, empáticas e receptivas aos animais em geral.
Outro estudo, este de uma universidade da Califórnia, mostrou que bebês que viviam em uma casa que tinha um animal de estimação, tinham maior capacidade de reconhecer rostos de animais aos 10 meses de idade do que bebês que viviam em casas sem pet. Ou seja, desde bebês, já estão observando e aprendendo sobre os animais com os quais vivem.
Apesar de todos esses benefícios da relação entre o animal de estimação e os filhos, que conforme tantos estudos mostram, podem ser constatados desde o início da vida da criança, é importante lembrar, principalmente pela segurança da criança, da importância de não esperar que os pets pensem e se comportem como humanos, pois ninguém pode ter 100% de certeza sobre como um cachorro por exemplo vai reagir diante das mais variadas situações, e há todo tipo de coisas possíveis que podem levar o pet a um modo diferente de comportamento, inclusive alguns que o dono nunca tenha visto antes.
Vale também ressaltar que cada relacionamento entre uma criança e um animal é único, com suas próprias peculiaridades e benefícios. É o conforto e o apoio emocional gerado nessa relação, que levam a criança a colocar o animal de estimação na posição de um dos seres mais importante de sua vida.
Sabemos que alguns desses benefícios são muito difíceis de serem quantificados porque são muito individuais e a ciência lida com populações e grandes números, mas sabemos que eles são reais, e, que ter um animal vivo, respirando, correndo todo desastrado e bagunçando a casa, é uma boa maneira de fazer nossos filhos criarem importantes conexões para a vida.

5 Sinais de Estresse nos Cachorros e 3 maneiras de acalmá-los

Quem nunca viveu uma situação estressante?
O estresse ajudou a manter vivos nossos ancestrais, assim como fez com os ancestrais dos cães.

Na verdade, não há como estar vivo sem a presença do estresse, mas as experiências com o estresse variam de uma pessoa para outra, ou de um cãozinho para outro. Enquanto alguns parecem gostar de qualquer coisa que surja no caminho, outros entram em pânico com qualquer coisa e tudo parece ser provocação.

O estresse crônico, quando o pet fica constantemente estressado, tem consequências bastante sérias, principalmente na relação homem-cão e nos traços de personalidade. Já o estresse agudo, sentido quando acontece algo genuinamente estressante, é bom, pois mantem o animalzinho seguro.

Para identificar o problema, o primeiro passo é compreender o que aumenta o estresse do pet e o que o ajuda a se sentir melhor, afinal, como responsável, cabe ao tutor identificar os sinais de um cão estressado e intervir antes que resulte em uma diarréia, por exemplo, ou no aumento de latidos, rosnados e até tremores.

Vamos conhecer então os 5 sinais que podem indicar que um cachorro está estressado:

Cachorro estressado?

Aumento da queda de pelos – É de conhecimento geral que a maioria dos cães perde pelo na maior parte do tempo, mas durante os períodos de maior estresse, a quantidade de pelos caindo pode aumentar significativamente.

Bocejando – Assim como nós, é comum que os cães bocejem quando se sentem cansados. Mas, se o bocejo for acompanhado de um ganido, pode ser uma maneira do pet tentar se acalmar quando se sentir estressado.
O cachorro não para – É comportamento de um cachorro estressado ficar andando sem parar em todas as direções, e pode ser um sinal, de que ele está tentando relaxar e gastar a energia nervosa acumulada.
Se escondendo – Se o cachorro está se escondendo e se abaixando atrás do tutor, correndo para debaixo da cama, ou rastejando para trás do sofá, é sinal de que ele não está se sentindo confiante.
Nesses casos, se o cão optar por se esconder atrás do tutor, o ideal é oferecer o máximo de conforto possível, mas se ele estiver em um armário ou embaixo da cama, não há problema em deixá-lo sozinho e esperar que ele saia.
Babando ou ofegante – Se o cãozinho não correu alguns quilômetros e ainda assim está babando ou ofegando, é sinal de que está estressado. É como quando estamos em um período de estresse e nossa respiração fica superficial.
Preste atenção a esses sinais e, em seguida, intervenha para neutralizá-los com uma dessas três maneiras.
Remova o estressor ou remova o cão – Se algo como fogos de artifício, bicicleta, calçadas lotadas, ou balões de ar quente por exemplo, causa estresse agudo no cão, o certo a fazer é remover o causador ou retirar o pet da situação.
Não estamos falando de evitar permanentemente, pois o ideal é proporcionar ao cão algum treinamento para ajudá-lo no longo prazo. Este é apenas um procedimento de curto prazo para ajudá-lo a superar o momento.
Proporcionar conforto – É importante não ter receio de mimar o cachorro quando está se escondendo do medo. Assim como acontece com as crianças, quando o pet sentir medo, não hesite em confortá-lo.
Implementar distrações – Ao perceber o pet estressado, distraí-lo com petiscos, ou com os brinquedos preferidos, é uma ótima opção.
Nenhum deles substitui o treinamento, é claro, mas para cães que estão acostumados ao estresse constante, o treinamento pode não reduzir tão significativamente o estresse que o animalzinho sente.
O vínculo entre o tutor e o cãozinho é essencial para descobrir o que funciona para acalmar o pet em momentos estressantes, que como disse no início do vídeo, são inevitáveis.

Como cuidar dos cachorros nos dias mais quentes

Com seu clima quente e muitas vezes chuvoso, o verão é a estação preferida de muitos tutores que gostam de aproveitar a vida ao ar livre na companhia dos seus pets.

Temperatura corporal e transpiração
Quando comparada à dos humanos, a temperatura corporal dos cães é mais elevada, ficando entre 38 e 39 graus Celsius, e, apesar de transpirarem um pouco pelas patas, a liberação do calor ocorre principalmente pela respiração, fazendo com que fiquem mais ofegantes e respirando com a boca aberta quando está muito quente.
Outro fator natural que auxilia no controle da temperatura corporal é a pelagem. Embora pareça o contrário, os pelos dos pets ajudam a controlar a temperatura, pois evitam que os raios solares e o calor atinjam diretamente a pele dos animais. No entanto, essa proteção tem limites. É preciso fornecer ambiente e recursos adequados para o pet se refrescar.
Uma ferramenta que pode fazer a diferença nos dias mais quentes, é o ar-condicionado. Uma boa opção, principalmente para as raças braquicefálicas, aquelas com focinho achatado e que têm maior dificuldade em respirar por apresentarem alterações anatômicas que geram obstrução das vias aéreas superiores.
Ao transportar o pet no carro, mantenha o ar-condicionado ligado ou as janelas abertas, e evite os horários mais quentes.
Em casa, se o pet fica no quintal, assegure que tenha acesso a áreas com sombra e piso fresco para ficar. Caso contrário, recolha-o para dentro de casa nos horários mais quentes do dia.
Quando o pet der sinais de calor excessivo, procure refrescá-lo com panos molhados em água fresca e ofereça água.

Hidratação
O ideal é disponibilizar água fresca e se possível, colocar no recipiente alguns cubos de gelo para que a sede seja saciada e o animal tome apenas uma quantidade suficiente de água, evitando uma distensão gástrica excessiva, vômitos e até bronco-aspiração, principalmente nas raças braquicefálicas.
Deixar vários potes de água pela casa também estimula os animais a beberem água.

Exposição ao Sol
Cães adoram tomar sol. O que é muito saudável, pois a luz solar é responsável pela absorção da vitamina D, que é fundamental para a imunidade, para prevenir problemas ósseos, além de ajudar a aliviar dores musculares e articulares.
Porém, como os pets não entendem os perigos da exposição excessiva aos raios solares, é preciso avaliar a temperatura e limitar os banhos de sol, se necessário.
Passeios são indicados somente até as 10 horas da manhã ou após às 16 horas, mas para quem mora em uma cidade de clima muito quente, vale a pena iniciar o passeio mais cedo ou ainda mais tarde, dando preferência para locais com sombra e muita água à disposição.
E deixo aqui um alerta: o calor do piso pode queimar as patas e provocar dor e fissuras que podem permitir a entrada de bactérias que causam lesões e infecções. Por isso, antes de sair, coloque a palma da mão no chão. Se estiver confortável, passeio liberado. Caso contrário, o correto é esperar.
Assim como para humanos, o filtro solar é indispensável também para os pets. Passe o produto no focinho, abdômen, pontas das orelhas e áreas com menos pelos, pois é uma importante forma de prevenção do câncer de pele, principalmente para aqueles com pelagem e pele clara, com focinhos e extremidades despigmentadas.
Uma dica é manipular o protetor solar com ativos que promovam a hidratação da pele ou com repelente, intensificando assim os cuidados.

O que fazer em dias quente?

Banho e tosa
Embora sejam refrescantes, os banhos em excesso retiram a proteção natural da pele, o que pode ser prejudicial para os animais. O indicado é que os cães tomem banho com intervalo mínimo de uma semana.
Tosar demais os pelos também pode ser prejudicial, pois, pelos curtos demais deixam a pele do animal mais exposta, o que pode causar queimaduras. O ideal é contar com os serviços de um tosador experiente e seguir a recomendação para cada raça.
Uma alternativa eficiente é fazer a tosa higiênica, tosando uma área maior do abdômen para ajudar o pet a se refrescar.

Pulgas, mosquitos e carrapatos
Nas estações quentes, as chuvas e calor em excesso promovem uma maior proliferação de pulgas, mosquitos e carrapatos. Por isso, a prevenção com antipulgas e carrapaticidas precisa ser ainda maior.
Pulgas causam desconforto e causam problemas de pele, como a dermatite alérgica à picada de pulga, para animais que apresentam sensibilidade.
Carrapatos podem transmitir doenças hemolíticas graves que causam anemias, hemorragias, insuficiência renal, alterações neurológicas, perda de apetite, icterícia, cansaço e depressão no animal.
Vermífugos protegem contra diversas verminoses e, conforme a composição, previnem também a dirofilariose, uma grave zoonose conhecida como doença do verme do coração, transmitida por mosquitos, de várias espécies, inclusive o Aedes aegypti.

Cuidados que muitas parecem excessivos, farão toda a diferença para que você possa junto com seu pet, desfrutar do verão de forma segura, tranquila e feliz.

Como Evitar que o Cachorro Destrua Coisas

cachorro sofá destruído

Agora tem um membro novo na família e você está amando ter um filhotinho de cachorro em casa.

O único problema é que ele morde tudo que vê pela frente: calçados, plantas e até pessoas. É um comportamento indesejado do cachorro que cotuma desgastar e dificultar a convivência dele com seus familiares e amigos, gerando muitas vezes, stress e nervosismo.

Destruir tudo que está ao alcance é um comportamento natural para os filhotes, mas é possível amenizar os impactos e até corrigir este comportamento.

Leia abaixo algumas dicas de evitar esse hábito ruim e ensiná-lo a morder somente o que pode ser mordido.

Primeiramente, é importante saber que um cachorro que destrói objetos da casa com suas mordidas, põe em risco a própria saúde, uma vez que pode ingerir substâncias químicas, plantas tóxicas ou alimentos proíbidos para os cães. Inclusive um corpo estranho pode ficar atravessado em sua garganta ou em seu aparelho digestivo, o que pode provocar mal-estar e até mesmo lesionar seu aparelho gastrointestinal.

Saiba que quanto mais agitado o cachorro for, mais forte será o hábito de morder. Algumas raças como o Golden e labrador são mais propensas a esses comportamentos, pois associam suas mordidas às brincadeiras e descobertas experimentando e sentindo o gosto das coisas.

É fundamental estimular o cachorro a fazer as coisas certas ao invés de repreendê-lo a todo momento com a palavra não.

Dê vários brinquedos e mordedores

É muito comum que cães filhotes mordam móveis e outros objetos enquanto estão sozinhos nos ambientes, principalmente na troca da dentição, pois têm muita coceira na gengiva nesta fase. Deixe espalhados pela casa toda os brinquedos que seu cãozinho mais gosta, assim, quando ele sentir coceira, dor ou desconforto na boca e procurar algo para morder, vai encontrar os próprios brinquedinhos.

Toda vez que o filhote pegar os brinquedos elogie-o bastante, faça festa com agrados de voz e carinho, pois assim, ele entenderá que além de aliviar a coceira ou o desconforto, ele ainda consegue chamar a sua atenção.

É fundamental que o pet possa destruir seus brinquedos sem levar bronca. Por isso, atente-se apenas para que os mesmos sejam seguros, não fazendo assim com que o seu cãozinho engasgue ou se machuque.

Coloque petiscos dentro do brinquedo

Muitos brinquedos já são próprios para colocar um pouco de ração dentro. Como os filhotes são muito gulosos, assim que você colocar o petisco dentro do brinquedo, o cachorro vai ocupar mais tempo com brinquedo na boca tentando pegar o petisco e passar menos tempo destruindo os móveis da sua casa.

É importante que no começo o cachorro consiga pegar o petisco dentro do brinquedo para que ele não desista da brincadeira e volte a morder os lugares errados da casa.

Conforme ele cresce, você pode deixar a brincadeira do petisco dentro do brinquedo cada vez mais difícil, pois a chance dele desistir tende a diminuir.

cachorro destruidor

Deixe o seu cheiro nos brinquedos

Os cachorros gostam de sentir o cheiro do seu dono, principalmente quando estão sozinhos em casa. Então, é importante que os donos tenham contato físico com os brinquedos dos pets deixando-os assim, com o seu cheiro.

Broncas

Muitas vezes as broncas são inevitáveis, mas só funcionam quando são aplicadas na hora que o seu pet estiver aprontando.

Use a voz firme e ao mesmo tempo faça algum barulho. Você pode usar sua mão para fazer o barulho ou latinhas com moedas dentro por exemplo. Já se o pet aprontou e você só viu algum tempo depois, a bronca não vai adiantar de nada e ainda pode fazer com que seu ele tenha medo de você.

Lembre-se sempre que violência e castigo não fazem parte de um bom treinamento no processo de educação.

Castigar ou Recompensar o Cachorro?

Punir ou Recompensar?

Assim como ocorre com os humanos, o aprendizado dos cães acontece o tempo todo, e não apenas durante sessões de treinamento.

Por isso, é muito comum que os tutores involuntariamente eduquem seus cães sem terem a consciência de que mesmo informalmente, o processo de educação do pet está ocorrendo.  

Cães em fase de crescimento normalmente aprendem rapidamente o que lhes é ensinado, pois para um cão jovem, não há diferença entre aula de treinamento e a rotina do dia a dia,  mas isso não acontece com todos esses pets, pois a facilidade e a motivação para o aprendizado, podem variar de uma raça para outra e até entre cães da mesma raça.

Em um passado recente, era comum encontrar pessoas que adestravam seus animais através da punição e da repressão, mas conforme os estudos ligados ao comportamento dos cães avançaram, ficou evidente que esses métodos ultrapassados geravam o efeito contrário, ou seja, provocavam nos pets comportamentos indesejados, uma vez que aumentavam os níveis de ansiedade e medo dos animais em relação ao tutor.

Com o passar do tempo, ficou claro que os cães não apresentam resistência em se ajustar à rotina de seus donos, justamente por sentirem que conseguem a atenção dos tutores todas as vezes que os agradam.

Esse contato humano, é para eles, uma recompensa quase que automática, assim como a separação ou o simples distanciamento de seus donos, podem levar a quadros de ansiedade canina e ser visto até como um castigo.

PUNIR NÃO É A MELHOR ESCOLHA

Cães não são racionais, e por isso, não conseguem entender que estão sendo colocados de castigo por algo que fizeram de errado.

Colocar o animalzinho de castigo fazendo-o se sentir preso ou isolado, dificilmente o levará a entender os limites que estão sendo impostos por alguma coisa errada que ele tenha feito.

É o mesmo que ocorre com punições físicas e sensoriais como a utilização de coleiras antilatidos, choques e agressões físicas, que além de também não educarem quanto aos limites, ainda geram traumas, depressão e aumento da ansiedade.

Punições desse tipo não devem ser praticadas, pois ao invés de acelerar o processo de educação do animal, o mais provável, é que ocorra um atraso no aprendizado, além do desenvolvimento de vários ditúrbios emocionais.

castigo ou recompensa cachorros

REFORÇO POSITIVO

Deixar as regras claras recompensando de forma consistente os acertos ao invés de punir os erros.

Assim é a técnica do reforço positivo, que através da utilização de carinhos, elogios e petiscos, vai fazer o pet entender que está no caminho certo.

É a melhor forma de manter uma convivência harmoniosa com os tutores, respeitar o estado emocional do cachorro, e ainda, garantir uma rotina com estímulos e treinamentos.

O método do reforço positivo pode e deve ser aplicado ao pet por todos os membros da família: sempre que alguém notar um comportamento correto do cãozinho, poderá premiá-lo.

Dividir com todos os membros da casa a missão de educar o animalzinho, vai tornar o processo mais fácil e até divertido.

O prazer proporcionado por um cachorro está na companhia que ele oferece. E dominação não é compatível com companhia.

Petiscos Contaminados e Cachorros Intoxicados

Petiscos Contaminados

Monoetilenoglicol

Esse é o nome da substância que provavelmente provocou a morte de pelo menos nove cachorros até momento nos estados de São Paulo e Minas Gerais, na maioria dos casos, segundo laudos de necrópsia preliminar, por insuficiência renal.  

Além de ser utilizada como anticongelante, essa substância também é empregada em diversas formulações de fluidos hidráulicos resistentes ao fogo, defensivos agrícolas, óleos para usinagem e extração de solventes.

Esse produto ficou conhecido em 2020, por ter sido uma das substâncias tóxicas encontradas na cerveja Bolorizontina da cervejaria Backer, episódio que resultou na intoxicação de 29 pessoas, das quais 10 delas morreram e 16 ficaram com sequelas.

A suspeita

No caso dos cachorros, a suspeita é de que as mortes ocorreram, devido a uma intoxicação causada pelo consumo de três petiscos caninos: Cuidado Oral Hálito Fresco, que leva o nome da loja rede Petz na embalagem, Dental Care e Everyday, todos fabricados pela Bassar Pet Food, que até o momento que faço esse vídeo, afirma que não utiliza e nunca utilizou o etilenoglicol na fabricação de nenhum de seus produtos, e que o propilenoglicol utilizado é um aditivo alimentar presente em alimentos para humanos e animais em todo o mundo.  

Disse ainda, que adquire esse insumo de empresas idôneas e devidamente registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.  

Mais casos

Relatos informais de tutores e veterinários, sobre essas mesmas ocorrências com cachorros, têm sido noticiados em outros Estados: animaizinhos que comeram os mesmos petiscos e começam a passar mal.  

Para que esses casos também possam ser investigados, é fundamental que os tutores procurem uma delegacia e registre o boletim de ocorrência, pois os casos precisam ser computados para que as investigações nos diferentes estados, aconteçam de forma conjunta.

Sintomas

Até o momento da edição desse vídeo, todos os cãezinhos que foram intoxicados, são de pequeno porte, como spitz alemão, shih tzu e yorkshire, e apresentaram como sintomas convulsões, prostração, além de diarreia e vômito com ou sem sangue.

A partir da detecção de qualquer um desses sintomas, se houve pelo pet a ingestão de petiscos, os tutores devem procurar o auxílio de um médico veterinário para verificar se pode haver alguma relação com o caso aqui exposto.  

A conclusão de que as mortes e internações foram de fato causadas por intoxicações, só será confirmada após a finalização dos laudos.

Enquanto isso, a orientação é para que os tutores sejam cautelosos na compra dos petiscos para seus pets.

Petiscos contaminados, assista ao vídeo

O que diz a empresa

Segundo a fabricante, providências têm sido tomadas para esclarecer os fatos desde quando tiveram conhecimento do primeiro caso de intoxicação. Também já declarou que os produtos foram enviados para análise no Centro de Qualidade Analítica, e que os resultados devem ser divulgados nos próximos dias.  

Ainda conforme relatou a empresa, nos últimos dias, inspeções foram realizadas por funcionários do Ministério da Agricultura, que atestaram que todas as normas de segurança alimentar e de produção são atendidas pela fábrica e que os laudos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, comprovaram que não há contaminação na linha de produção.

No varejo, empresas que revendem os petiscos que causaram as intoxicações, de forma voluntária, iniciaram a retirada dos produtos das prateleiras e notificaram a fabricante para que providências sejam tomadas, mas o Ministério da Agricultura já determinou o recolhimento de todos os produtos da fabricante, que declarou que vai retirar todos os produtos do mercado e que as atividades da fábrica ficarão paralisadas até que todos os casos sejam esclarecidos.  

É importante o tutor estar sempre atento ao seu pet, pois quando os primeiros sintomas surgem, o quanto antes o animal for levado ao médico veterinário, mais cedo será controlada a toxina e maiores serão as chances de salvar o animalzinho, pois menores serão os danos causados.