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Seguro-Viagem para Pets: Segurança e Tranquilidade para Tutores e seus Animais

Viajar com nossos animais de estimação é uma prática que vem ganhando cada vez mais adeptos, já que muitos tutores não querem deixar seus companheiros para trás. No entanto, assim como nós, os pets também podem enfrentar imprevistos durante uma viagem, como problemas de saúde, acidentes, ou até mesmo extravios. Para garantir a segurança e tranquilidade de ambos, tutores e pets, surge uma solução essencial: o seguro-viagem para animais de estimação.

Hoje, é comum encontrar hotéis e acomodações que se classificam como “pet friendly”, oferecendo um ambiente acolhedor tanto para os hóspedes humanos quanto para seus animais. Além de permitir a presença dos pets, muitos desses locais oferecem comodidades especiais, como camas adequadas, áreas de lazer exclusivas, e até serviços de cuidados, garantindo uma estadia agradável e confortável para todos.

Com o aumento dessa demanda, as seguradoras começaram a incluir cobertura para pets em suas apólices de seguro-viagem. Esse tipo de seguro oferece assistência veterinária emergencial, auxílio em casos de extravio, e outros serviços que asseguram que, em qualquer imprevisto, seu pet estará protegido.

O seguro-viagem para pets é uma modalidade dentro dos já conhecidos seguros de viagem e é especialmente destinado a cães e gatos, que são os animais de estimação mais reconhecidos internacionalmente. As coberturas podem incluir despesas extras com hospedagem, acidentes durante o transporte por carro, trem ou avião, internações, exames, cirurgias, medicamentos, e outras despesas veterinárias emergenciais. Além disso, algumas apólices também oferecem cobertura para despesas com funeral, traslado do corpo, cremação, e repatriação sanitária — o transporte do animal de volta ao Brasil em caso de doença ou acidente grave. Em alguns casos, o seguro também pode cobrir despesas não recuperáveis se uma viagem tiver que ser cancelada por uma emergência médica com o pet.

Antes de contratar esse serviço, é fundamental que o tutor avalie o limite de reembolso oferecido, ou seja, o valor máximo que poderá ser ressarcido por emergências relacionadas à saúde do animal. Todos os detalhes, regras, e limitações do seguro estão especificados na apólice, que deve ser lida com atenção.

O tema ganhou relevância no Brasil após um trágico incidente que envolveu a morte de um Golden Retriever durante um voo, trazendo à tona as condições nas quais os animais são transportados no compartimento de bagagem das aeronaves. O cão, chamado Joca, foi embarcado em um voo errado, o que resultou em sua morte antes de chegar ao destino final. Em situações tão delicadas como essa, embora o seguro não possa aliviar a dor da perda, ele oferece suporte prático, ajudando a minimizar as preocupações logísticas e financeiras em um momento de dor.

Como outras modalidades de seguro, o seguro-viagem para pets não é apenas uma conveniência; é uma medida preventiva que pode evitar despesas inesperadas e proteger o planejamento financeiro da viagem. Com a cobertura adequada, você garante que, em qualquer situação, seu pet receberá o cuidado necessário, sem comprometer a sua tranquilidade ou o seu bolso, tornando o seguro-viagem para pets um aliado indispensável para quem deseja viajar com segurança e sem preocupações.

Latam, Gol e Azul Suspendem Transporte de Pets para os EUA: Novas Restrições do CDC

As companhias aéreas Latam, Gol e Azul anunciaram a suspensão do serviço de transporte de animais de estimação em voos com destino aos Estados Unidos, decisão tomada em razão das novas diretrizes do CDC dos EUA, que estabelecem restrições à entrada de cães no país a partir de 1º de agosto de 2024.
No dia 14 de julho, o CDC introduziu novas restrições para a entrada de cães nos EUA, com o objetivo de prevenir a reintrodução da variante canina do vírus da raiva no país. Por isso, a partir de 1º de agosto, todos os cães que ingressarem no território americano, deverão ter mais de seis meses de idade, estar em boa condição de saúde e serem microchipados com dispositivos detectáveis por scanners universais. Além disso, os tutores deverão apresentar um formulário de importação junto ao CDC, assim como um formulário referente à vacinação antirrábica.
Vale destacar, que essas novas mudanças afetam somente os cães, incluindo os cães de serviço. Já para gatos ou outras espécies, nenhuma mudança foi anunciada. No entanto, em resposta às novas diretrizes, a Latam suspendeu o serviço de transporte de pets — sem distinção entre cães e gatos — em voos destinados aos EUA a partir do dia 31 de julho. A companhia está aguardando informações adicionais das autoridades para entender se as reservas existentes com transporte confirmado de um animal a partir de 1º de agosto poderiam se qualificar para alguma exceção.
A Gol também anunciou a suspensão da venda do serviço de transporte de cães e gatos para os EUA a partir do dia 23 de julho. No entanto, clientes com voos programados até o dia 15 de outubro serão atendidos normalmente. Aqueles com voos agendados a partir do dia 16 de outubro poderão optar pela antecipação do serviço ou pelo cancelamento sem taxas adicionais.
A Azul suspendeu o serviço de transporte de cães — incluindo cães de serviço ou suporte emocional em voos para os EUA a partir do dia 31 de julho. Diferentemente das outras companhias, a Azul manteve o serviço de transporte de gatos, já que esses animais não são afetados pelas novas normas do CDC.
É importante dizer que o Brasil ainda não possui uma legislação específica para o transporte de animais de estimação, sendo as companhias aéreas autorizadas pela Anac a definir as regras caso decidam oferecer o serviço. A portaria 12.307, de 25 de agosto de 2023 da Anac, permite que a companhia aérea estabeleça as regras, como franquia de peso, quantidade de volume, espécies admitidas e valores para o transporte.
As companhias devem entrar em contato com os passageiros que já tinham voos marcados com o serviço de transporte de animais e oferecer alternativas. Elas podem devolver o valor da passagem ou tentar reacomodar o passageiro em outra companhia aérea que ainda ofereça o serviço. Se não houver resolução administrativa, o passageiro pode buscar uma solução judicial.
Em maio, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 12 de 2022, conhecido como “Lei Joca”, que visa regulamentar o transporte de animais de estimação em voos. A proposta ganhou força após a morte de um cachorro da raça Golden Retriever, que faleceu em abril após ficar mais de oito horas no porão de um avião da Gol.


O texto, que aguarda apreciação no Senado, propõe que os animais de estimação devem viajar na cabine do avião, não mais podendo ser transportados no porão. Atualmente, a portaria da Anac deixa essa decisão a critério das companhias.
No último dia 18, a Anac e o Ministério de Portos e Aeroportos instalaram uma comissão especial para consolidar regras mais específicas para a presença de pets em voos domésticos e internacionais, visando responder à crescente demanda e preocupações dos passageiros que viajam com os animais. O grupo terá 30 dias para concluir os trabalhos.
O novo projeto de lei obriga as companhias a oferecer serviços de rastreamento dos animais, permitindo que os tutores acompanhem em tempo real a locomoção e a viagem dos pets. Além disso, as companhias serão obrigadas a fornecer o serviço dentro da cabine da aeronave.
Essa suspensão do transporte de pets para os Estados Unidos por companhias aéreas brasileiras reflete a complexidade das novas regulamentações internacionais e a falta de uma legislação específica no Brasil. A situação joga luz na necessidade urgente de normas claras e consistentes que atendam à crescente demanda por viagens seguras e confortáveis para nossos animais de estimação. A expectativa é que iniciativas como a “Lei Joca” tragam avanços significativos, garantindo direitos e segurança tanto para os tutores quanto para seus animais.