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Saiba como adaptar 2 Chinchilas juntas

Naturalmente macias e muito fofas, as chinchilas adoram interações sociais, se acostumam rapidamente ao toque humano e valorizam muito o contato com o tutor.
É com base nesse comportamento que surge a dúvida: será que uma chinchila prefere ser criada sozinha ou prefere companhia?

Na natureza, as chinchilas vivem nas fendas ao longo das formações rochosas montanhosas e em pequenas tocas próximas a áreas rochosas, e nesses habitats selvagens vivem em rebanhos grandes com até 100 animais, que além de fornecerem proteção, promovem interações sociais.

As chinchilas podem viver sozinhas?
O fato de as chinchilas selvagens viverem em rebanhos ou colônias, não significa que elas precisem ser necessariamente mantidas em pares ou grupos.
No entanto, por ser um animal naturalmente social, se criada sozinha, a chinchila exigirá muita interação com o tutor, mas é bom lembrar que são animais crepusculares, ou seja, estão ativos nas horas anteriores à madrugada e logo após o anoitecer, e todos os dias, o tutor precisará arrumar algumas horas à noite para se dedicar ao pet. Se esta não for uma opção, então adotar um companheiro para a chinchila será muito importante.
Se esse é o seu caso, vou dar algumas dicas para que a chegada da nova chinchila aconteça sem grandes problemas:

Apresentando a nova chinchila
Primeiramente, é importante saber que não basta apresentar dois animais e esperar que eles se deem bem. A aproximação pode consumir tempo e paciência.
Como a ideia é que as chinchilas dividam o espaço, é um bom momento para comprar uma gaiola que seja entre 30 e 50% maior do que a anterior.
O primeiro passo é colocar a nova chinchila na nova gaiola no mesmo ambiente e a poucos centímetros da gaiola com a chinchila que já mora na casa, para permitir que elas se cheirem e comecem a se acostumar uma com a outra.
Existem algumas coisas diferentes que também podem ser feitas para que se acostumem, como trocar as gaiolas sem trocar a roupa de cama, ou então, permitir que as chinchilas compartilhem um banho de areia.
Durante três a cinco dias, basta colocar um pouco do banho de areia em um recipiente e deixar uma chinchila usá-lo. Quando terminar, deixe a outra usá-lo e depois devolva o banho para a primeira chinchila. Após esse procedimento, permita que passem algum tempo fora da gaiola juntas. Se as chinchilas parecerem estar se dando bem, já podem ser colocadas juntas na gaiola maior para que seja feito um teste.

Como adaptar?

Briga de chinchilas
Há uma chance de que as chinchilas simplesmente não se deem bem. Isso é comum tanto entre fêmeas por serem mais territoriais, quanto entre os machos, que são mais dominantes.
As lutas não costumam ser perigosas, pois as chinchilas têm unhas mais curtas e macias do que outros roedores e raramente mordem. O pet agressor normalmente ataca pulando sobre o outro.
Embora a luta em si possa não ser prejudicial para a saúde física, as chinchilas podem ficar retraídas, parar de comer ou beber, ficarem nervosas, ansiosas e estressadas. Esta é uma reação normal, especialmente para presas, como roedores, que são naturalmente cautelosos e hesitantes quando se trata do que acontece ao redor.
Outros sinais de que a aproximação não está correndo bem, são a perda de mechas de pelos e os sons altos e abruptos emitidos pelo pet, que muitas vezes são usados para comunicar comportamento ofensivo ou defensivo.
Se o tutor perceber que as chinchilas estão brigando, é melhor separá-las o mais rápido possível e tentar aproximá-las depois de algumas semanas ou meses. Algumas chinchilas simplesmente não querem dividir o mesmo espaço e se contentam em ter um companheiro que mora na gaiola ao lado. E não será difícil se deparar com uma arrulhando alegremente para a outra na segurança de seus próprios pequenos territórios.
A separação também é ideal se as chinchilas de repente começarem a brigar uma com a outra depois de viverem pacificamente na mesma gaiola. Isso é algo que geralmente acontece se um dos animais fica doente. É um sinal de que ambas as chinchilas devem consultar um veterinário o mais rápido possível, pois, algumas doenças, como infecções respiratórias bacterianas, podem ser facilmente transmitidas de uma chinchila para outra.
A personalidade da chinchila ditará o que ela quer. O importante é conhecer o comportamento do animalzinho para que nenhuma convivência seja forçada e para que a qualidade de vida do pet seja sempre a prioridade.