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Como criar cobra como animal de estimação

Um pet temido, exótico e inusitado.
É assim que a maioria das pessoas enxerga uma cobra de estimação.
A falta de informação sobre a natureza desses animais, é o principal motivo para que tantas pessoas tenham medo de ter uma cobra dentro de casa.

É perigoso ter cobra de estimação?
As cobras que podem ser criadas como animais de estimação em casa, não são peçonhentas.
Sendo assim, não trazem qualquer perigo aos membros da família.
Entretanto, assim como os cachorros e outros pets, algumas podem morder, mas causam apenas escoriações leves sem qualquer perigo.

Répteis em casa somente com autorização do IBAMA
Desde 1997, criar uma cobra como animal de estimação é uma atividade permitida em nosso país.
No entanto, o IBAMA só autoriza a posse de espécies não-peçonhentas, como a jiboia, a cobra milho, píton da índia e píton real.
Dessa forma, quando alguém decide ter uma cobra em casa, é importante ter a certeza de que o local de aquisição é autorizado, para desta forma, adquirir uma cobra legalizada.
É a única maneira de garantir que o animalzinho tenha nascido e vivido em um cativeiro responsável.
Os animais legalizados, já vêm com um microchip, que é usado pelos órgãos de controle na fiscalização, que trabalham para garantir que as regras para ter uma cobra como animal de estimação estão sendo seguidas.

Terrário
Se você planeja ter uma cobra de estimação, é fundamental garantir que ela viverá em condições ideais de temperatura e de umidade.
As cobras não possuem temperatura corporal constante.
Elas regulam sua temperatura interna a partir da temperatura externa, por isso, se a temperatura não for próxima da ideal, as cobras podem adoecer.
Pedras, tocas e até luz ultravioleta podem ser utilizados para garantir que a temperatura esteja legal.
Tudo vai depender do habitat da espécie escolhida.
O ambiente deve ser espaçoso, de fácil limpeza, e que não tenha possibilidade de fuga.
Existem cobras arborícolas, que gostam de subir em árvores e também as que são terrestres.
Enquanto as primeiras precisam de um terrário mais alto, as segundas ficam melhor naqueles um pouco mais largos.
Garanta um ambiente semelhante ao natural da cobra, com troncos, substrato e pedras, isso é importante para que ela se sinta bem.
Cobras gostam de ter um lugar em que possam se esconder e relaxar.
Por isso, além de acessórios que lembrem o habitat, tenha sempre um abrigo, como uma “caverna” feita de pedras ou mesmo com papelão.
Fique muito atento à umidade do ar no terrário, pois se estiver abaixo do normal, a cobra pode desidratar.
Já se estiver com umidade muito acima do ideal, será facilitada a proliferação de fungos.
Em condições adequadas de umidade, a cobra troca de pele naturalmente, até 5 vezes ao ano.
Caso note que o processo não está ocorrendo, procure um veterinário especializado em animais exóticos.

Alimentação
Cobras são carnívoras, portanto, se alimentam principalmente de aves ou de pequenos animais como ratos e camundongos.
Esses animais destinados a serem alimentos das cobras, podem ser comprados em criadouros específicos, ou até mesmo em pet shops.
Apesar de ser mais prático alimentar a cobra de estimação com ratos mortos, é recomendado, que de vez em quando, o rato ainda esteja vivo.
É uma forma da cobra não perder seus instintos predatórios, pois irá perseguir sua presa e se alimentar de acordo com sua necessidade.
Ao contrário dos animais domésticos comuns, as cobras não se alimentam todos os dias, pelo contrário, elas podem ficar algumas semanas sem comer.
A frequência e quantidade de comida depende da espécie, idade e temperatura do animal.
Animais jovens por exemplo, costumam comer mais vezes por conta do crescimento.
Já em temperaturas frias, as cobras ficam sem comer durante semanas.

Há vários motivos para querer ter um animal de estimação em casa, e felizmente hoje é possível escolher entre diversos tipos de pet, de acordo com as preferências de cada tutor.
Assim como outros répteis, cobras são fascinantes, e é possível passar bastante tempo admirando o comportamento delas.

Píton Real ou Píton Bola: Como criar?

Entre as menores Pítons do mundo, está a tímida e naturalmente reservada Píton Real ou Píton Bola.
Criadas em cativeiro em todo o mundo e facilmente encontradas em lojas especializadas, são as mais indicadas para serem animais de estimação.

ORIGEM
A cobra Píton-real é originária do continente africano, principalmente de uma faixa subsaariana, que abrange os países do Congo, Nigéria e Angola.
É uma região que apresenta climas diversos e chuvas abundantes em áreas de savanas e de selvas.
Esse tipo de variação climática em ambientes úmidos formam o habitat ideal para a Piton, que vive bem tanto em áreas rochosas como em regiões florestais.
No Brasil, a cobra píton real é mais conhecida pelo nome de píton bola, pois quando se sente ameaçada ou assustada, se enrola, dobrando a cabeça e a garganta, a ponto de poder ser literalmente rolada.

IDADE, TAMANHO E PESO
Nascem com cerca de 20cm e ao final do primeiro ano de vida, já medem por volta de 65cm.
As fêmeas, geralmente são um pouco maiores do que os machos, medindo em torno de 1m16cm e pesando em média 1.600 gramsakg.
Já os machos, apresentam tamanho médio de 1m11cm e seu peso, dificilmente passa de 1,5kg.
Como para quase toda regra há excessões, podem ser encontradas pitons bola que chegam a 1,50m e há registros de exemplares que chegaram a 1,82m, mas é algo bem raro de se encontrar.
A expectativa de vida desse réptil, fica entre 30 e 40 anos, vivendo em cativeiro.

TERRÁRIO
É importante reproduzir um ambiente semelhante ao habitat natural da cobra.
Para isso, o terrário deve ficar em um local arejado, ser compatível com o tamanho da serpente, além de ter tronco, substrato e pedras para que ela se sinta bem.
Os principais cuidados no preparo desse espaço estão ligados à umidade do ar, que deve ficar em torno de 60%, da temperatura do terrário.
A umidade do ambiente deve ser mantida no nível mencionado para que a cobra não tenha quaisquer problemas com a saúde, principalmente para preservar sua pele.
A ventilação, é imprescindível para ambientes úmidos, pois evita a formação de bolor e faz com que o ar permaneça puro em todas as horas do dia.
Para garantir a temperatura ideal para a Píton, podem ser utilizadas pedras, tocas, lâmpadas de luz ultravioleta e até esteiras de aquecimento.
Mas atenção! As lâmpadas e esteiras não podem entrar em contato com o corpo da serpente.
Por isso, a lâmpada deve sempre ser envolvida com uma tela e a esteira deve ficar debaixo do criadouro.
No terrário, deve haver pelo menos dois esconderijos onde a cobra possa ficar, pois nesses espaços, o réptil passará a maior parte do seu tempo à espera de sua caça.
O ideal, é que esses esconderijos fiquem em áreas distintas do terrário e devem ter temperaturas diferentes.
Um deles deve ter entre 27 e 29 graus e o outro deve ser mais quente, com temperatura entre 31 e 33 graus.
Uma informação importante: a cobra Píton real precisa se banhar constantemente, por isso, deve ter um recipiente com água à sua disposição, e que permita que todo seu corpo fique dentro da água.
A limpeza do terrário deve ser feita pelo menos quinzenalmente, e é muito importante verificar se o espaço está preparado para evitar qualquer possibilidade de fuga.

ALIMENTAÇÃO
Quando criada em cativeiro, sua fonte de alimento mais saudável são camundongos e ratos vivos, ou então, congelados ou descongelados.
Ao oferecer camundongos vivos, serão reproduzidos com maior precisão, os hábitos alimentares de uma cobra em ambiente selvagem.
Esse tipo de alimento pode ser comprado em lojas de produtos animais e são vendidos de acordo com o tamanho do animal.
Cobras filhotes e pequenas, precisam de presas menores do que as cobras maiores, que costumam preferir camundongos ou ratos de maior porte.
Conforme o réptil cresce, as presas fornecidas precisarão ser maiores.
Uma boa regra, é escolher as presas que tenham a mesma circunferência que o corpo da serpente.
A sensibilidade à temperatura também influencia muito na alimentação da Piton.
Por ser uma serpente de regiões bastante quentes, a queda de temperatura pode causar rejeição de alimento por semanas ou até meses.
Nestes casos deve-se tomar cuidado para que a cobra não tenha significativa perda de peso.

ONDE COMPRAR UMA PÍTON-REAL?
O Ibama exige uma licença específica para a criação de répteis, e a vistoria do local de criação é um fator determinante para a sua aprovação.
Somente depois que conseguir a licença para criação de répteis emitida pelo Ibama, você terá acesso ao rol de criadores legalizados dessa espécie de cobra.

Um animal exótico e misterioso. Uma espécie de cobra tranquila e mansa. Assim é a Piton Real.

Píton Real ou Píton Bola: Como alimentar

Apesar de ser um animal fácil de ser cuidado e por isso ideal para quem está começando na criação destes répteis.
A cobra Píton Real, conhecida também como Píton Bola demanda cuidados diferentes de pets tradicionais.
A variedade de produtos alimentícios destinados as cobras de estimação tem aumentado rapidamente, afinal, cada vez mais pessoas escolhem esses répteis para serem seus pets.
Por serem predadores naturais, quando criadas em cativeiro, os alimentos mais saudáveis e próximos do que encontrariam na natureza são camundongos e ratos. Podem ser vivos, congelados ou descongelados.
Pensando nas necessidades nutricionais das cobras, uma dieta composta apenas por esses animais é suficiente para manter o bem estar e a saúde do réptil.
Os camundongos e ratos podem ser adquiridos em criadouros específicos, ou até mesmo em pet shops. O mais importante é que sejam comprados em empresas sérias e confiáveis nas quais esses animais são alimentados corretamente, ou seja livres de produtos químicos que podem prejudicar a saúde da Píton.


Alimento vivo ou morto?
O primeiro passo para decidir qual é a melhor maneira de oferecer a comida a Píton é conhecer bem o comportamento do seu réptil. Os períodos mais indicados para serem alimentadas são o amanhecer ou o anoitecer, pois as Pítons Bola São cobras noturnas. A melhor maneira de descobrir a forma como a cobra preferem se alimentar é fazendo testes.
Algumas cobras preferem que a refeição fique escondida na gaiola para que elas possam encontrar por conta própria, outras preferem que o alimento seja pendurado na gaiola, sendo atraídas pelo movimento gerado. Nesse caso use uma pinça ou forceps e nunca os dedos, pois você pode acabar sendo mordido. Muitos donos de Píton optam por comprar camundongos vivos ou ratos para alimentar as suas cobras, mas ratos servidos descongelados e aquecidos também são uma opção viável e conveniente.
Oferecer camundongos vivos não requer nenhuma preparação e reproduz com maior precisão os hábitos alimentares da cobra em ambiente selvagem.
Já se o tutor optar pelo uso de camundongo ou ratos para descongelar, é importante saber que o desafio será a acostumar a cobra a comer o animal morto e requentado, uma vez que ela habitualmente encontra os ratos vivos na natureza. A preocupação está em descongelar esses alimentos adequadamente e aquecê-los a uma temperatura que os torne mais atraentes para a cobra.
Se estiver usando rosados congelados, bebês, adultos ou ratos, siga esses métodos para descongelar e prepará-los adequadamente.


Descongelamento natural
Coloque os alimentos congelados sobre papel toalha e deixe-os descongelar naturalmente, atenção com os alimentos menores, pois vão descongelar rapidamente. Não os deixe descobertos por muito tempo, e descongele apenas o quanto você for precisar para a refeição da serpente.
Lave o corpo com água e sabão e enxágue bem. O rato pode estar com um
Banho Maria
Coloque o alimento dentro deum saco antes de colocá-lo em banho maria.
Cobras gostam de sentor o alimento encharcado com água.
Coloque – o em uma bacia de água morna e deixo-o aquecer durante cerca de 5 minutos. A cobra não vai tomar nos alimentos se eles estiverem frios.


Microondas
Você vai precisar descongelar aos poucos digitando poucos segundos para que o alimentos não cozinhe. O rato não precisa sair quente do microondas, apenas descongelado. Ao pressionar a barriga do rato e verificar que não há mais gelo, o alimento estará mo ponto certo.
Seja qual for o método escolhido, dê à cobra de 20 a 30 minutos para decidir se come ou não. Se a cobra não fizer sua refeição dentro desse tempo, retire o alimento, guarde-o e tente novamente mais tarde. É importante entender que não se pode forçar uma cobra a comer quando ela não está com vontade.
Adquira ratos no tamanho certo para a sua cobra.
Camundongos e ratos são vendidos de acordo com o seu tamanho. Cobras filhotes e pequenas precisam de presas menores do que as cobras maiores, que costumam preferir camundongos ou ratos de grande porte. Conforme a cobra cresce, você precisará fornecer presas maiores, mas presas muito grandes podem ser difíceis de serem digeridas por uma cobra. Uma boa dica é escolher ratos que tenham a mesma circunferência que o corpo da serpente. Busque sempre orientação especializada para escolher o melhor alimento para asua Píton.
Regurgitação
Depois de alimentada é importante não manusear a Píton Real. Para que a digestão ocorra normalmente deixe-a descansar por um período de 2 a 3 dias depois da refeição.
As pítons de bola são extremamente sensíveis à regurgitação. Se por alguma razão sua serpente regurgitar, certifique-se de esperar cerca de 1,5 semanas antes de se alimentá-la novamente e dê refeições menores por cerca de um mês antes de oferecer uma refeição regular. Se a cobra regurgitar pela segunda vez, é muito importante visitar um veterinário.


Água é muito importante
Forneça um recipiente de água grande e profunda o suficiente para que a cobra possa submergir completamente, mantendo-a assim bem hidratada.
Lembre-se de manter o recipiente limpo, desinfetando-o semanalmente para evitar a proliferação de bactérias.
Crie uma agenda de alimentação com base na idade e tamanho
Cobras bebês geralmente só precisam se alimentar uma vez por semana. Conforme elas se tornam maiores e mais velhas, elas precisam ser alimentadas com mais frequência. Faça testes e vá reduzindo o tempo entre as refeições.
Se a serpente comer a refeição rapidamente logo que você oferecer, tente alimentá-la a cada cinco dias. Se o comportamento se repetir na fase adulta é normal que a Píton se alimente com intervalos de até 3 dias.
Conhecer a melhor forma de alimentar esse exótico e tímido pet faz parte das responsabilidades do tutor.