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LEVAR ANIMAIS NO AVIÃO – CACHORRO de Apoio Emocional e CÃO-GUIA

Se você precisa da companhia do seu cachorro para viajar, poderá levá-lo com você no avião em rotas que reconhecem o conceito de cachorro de assistência emocional. 

No Brasil, todas as companhias aéreas autorizam cão-guia a bordo, enquanto animais de apoio emocional são permitidos apenas em viagens ao exterior.

CÃO-GUIA

De modo geral o cão-guia viaja ao lado do assento do dono, no chão da aeronave. O cão não ocupa um assento na cabine, ele deve estar de coleira com distintivo oficial que o identifique como cão-guia e seu transporte é gratuito, ou seja, não é cobrado nenhuma taxa extra por isso.

Para viajar com cão-guia de avião é necessário estar atento às políticas de viagem das companhias aéreas, ter a documentação do pet, como carteira de vacinação atualizada com a vacina antirrábica e verificar as regras do país de destino, além disso, é necessário comunicar a empresa aérea com antecedência, de preferência na hora da compra das passagens aéreas.

ANIMAL DE APOIO EMOCINAL

Primeiramente, para realizar qualquer viagem de avião, será sempre necessário apresentar as documentações do pet, como carteira de vacinação com a vacina antirrábica dentro do prazo, certificado veterinário internacional, o CVI, atestado médico e a declaração de animal de suporte emocional.

O segundo passo é verificar a real necessidade, pois todos os pets fazem muito bem aos seus tutores, mas isso não quer dizer que o tutor tenha distúrbios psiquiátricos que precisem de suporte. Apenas um médico psiquiatra pode determinar se um paciente precisa disso.

O Brasil não possui uma legislação específica para animais de apoio emocional viajarem com seus donos na cabine, por isso, cada empresa aérea tem a liberdade para aceitar ou não, tais animais.

Algumas companhias autorizam animais de suporte somente para alguns trechos internacionais.

Falando especificamente das companhias aéreas brasileiras, somente cães são aceitos como animais de apoio emocional. Estes poderão viajar gratuitamente. As companhias aéreas brasileiras exigem cada uma à sua maneira, que o médico do passageiro preencha uma declaração ou formulário, que indique ser indispensável o animal na cabine para que o dono viaje com tranquilidade. 

Se aprovado pela companhia aérea, o animal deverá viajar nos pés do dono, ou embaixo do assento dianteiro, sem atrapalhar a circulação dos demais passageiros e o acesso às saídas de emergência. Caso o pet não ultrapasse o tamanho de uma criança de dois anos, o transporte no colo também é uma opção. Bom comportamento e estar limpo, utilização de coleira e tapete para as necessidades do animal, são exigidos.

Mas atenção: cães de apoio emocional e o transporte simples de animais de estimação não devem ser confundidos com a modalidade cão-guia, pois este é utilizado por portadores de deficiência visual.

Para que você perceba como é importante esse controle, nos Estados Unidos por exemplo, o departamento dos transportes é quem regulamenta a presença de animais em voos. Quando a permissão de animais de apoio emocional na cabine foi instituída por lá em 1986, não havia restrições de espécies, e por algum tempo, passageiros viajavam com porco, canguru e até mesmo pavão dentro das aeronaves. Para evitar que os aviões se tornassem verdadeiras “Arcas de Noé”, as companhias passaram a avaliar os pedidos de viagem com mais cautela.

Seja para levar seu cão como um apoio emocional, ou para que seja seu cão-guia, faça tudo com antecedência para evitar situações desagradáveis no momento do embarque. Só assim você e seu parceiro de viagem voarão tranquilos até o destino.

CÃO GUIA: Saiba tudo sobre ele

Você já viu um cão-guia? São cães adestrados especialmente para orientar pessoas cegas.

Nesse artigo, você descobrirá como um cão se torna cão guia, quanto tempo leva para ser treinado e quem pode adquirir um.

O cão-guia é muito importante para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, principalmente a visual. Ao ajudar na locomoção e na realização de pequenas atividades como preparar uma refeição e se locomover, o animal fornece não só segurança, mas também independência para seus tutores.

O TREINAMENTO

O treinamento leva quase dois anos e pode ser iniciado logo quando eles nascem. Tudo começa com a avaliação do animal pelas escolas de treinamento, o que pode levar até dois meses. 

Esses animais recebem um adestramento minucioso desde filhotes. O cãozinho começa o processo de socialização com famílias voluntárias que irão ensiná-los a conviver com outros seres humanos, que os levam a ambientes diversos do dia a dia com muita movimentação de pessoas, o que ajudará o cachorro a guiar os deficientes visuais em lugares bem movimentados no futuro sem que fiquem assustados. 

Depois, o treinamento é feito por um adestrador especialista que ensina comandos específicos, como desviar de obstáculos e esperar o momento certo para atravessar a rua. Por fim, a própria pessoa que receberá o cão-guia passa por um treinamento com um animal para aprender a dar todas as instruções.

Para ser um cão-guia, é preciso que o cachorro tenha um temperamento dócil e seja obediente. Além disso, é fundamental que o futuro o cão-guia seja forte e tenha porte médio ou grande, afinal, ele deverá ter força para guiar uma pessoa. Por isso, o Labrador e o Golden são as raças mais utilizadas.

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES ATRIBUÍDAS AO CÃO GUIA

Para o animalzinho ser considerado pronto para desempenhar a função de cão-guia, ele deve estar apto a guiar seu dono em espaços públicos, ajudar seu dono atravessar a rua, desviar de obstáculos como buracos, pessoas e elevações no caminho, ir em qualquer direção ordenada, se manter sempre a esquerda e um pouco à frente do seu dono, ajudar o tutor a entrar no transporte público, aguardar em silêncio o acompanhante parado, não se distrair com outros animais ou com cheiro de comida, fazer com que o acompanhante fique próximo do botão do elevador, entre outras tarefas. O animal ainda é treinado para desobedecer a ordens que tragam perigo para o seu dono. 

Mas é importante dizer que, apesar de ter responsabilidades, o animal também precisa de momentos de lazer, bem como de carinho e atenção.

NEM TODO DEFICIENTE VISUAL SE ADAPTA AO CÃO-GUIA

O cão-guia é capaz de realizar um trabalho incrível e mudar a vida de uma pessoa cega, mas nem todos se adaptam a eles. Embora seja um excelente recurso, para dar realmente certo, é fundamental que a pessoa tenha condições de receber o cão, que tenha mobilidade e seu perfil seja compatível com o do cachorro.

Pessoas muito inseguras em relação ao uso do cachorro como cão-guia, ou pessoas muito agitadas, podem passar essa insegurança e agitação para o animal, dificultando o seu trabalho. Algumas pessoas com deficiência visual se sentem melhores e mais seguras apenas com o uso da bengala.

POSSO BRINCAR COM ELES?

Apesar de serem super fofos e dóceis, não devemos brincar com o cão-guia e muito menos oferecer qualquer petisco. Lembre-se de que ele está a trabalho e não deve se distrair. 

Na dúvida, pergunte à pessoa com deficiência visual se aquele é o momento adequado para interagir, e caso esteja acompanhando a pessoa portadora de deficiência visual, prefira andar atrás dela e do cão-guia ou ao lado direito, pois ficar do mesmo lado do cão-guia pode confundir e atrapalhar o cachorro.

QUANTO CUSTA?

De acordo com o Instituto Iris, uma das instituições especialistas em cães guias no Brasil, o custo para preparar e doar um animal é de aproximadamente 35 mil reais. Devido ao alto custo, o cão-guia ainda é um recurso pouco acessível. Atualmente existem cerca de apenas 150 deles no Brasil.

O CÃO GUIA PODE ENTAR EM QUALQUER LUGAR?

Sim. De acordo com a lei 11.126 da nossa legislação, a pessoa portadora de deficiência visual tem o direito de entrar com seu cão-guia em todos os meios de transporte e em estabelecimentos abertos ao público. Isso significa que nenhum restaurante, táxi, ônibus, hotel, supermercado, ou qualquer outro estabelecimento, pode proibir a entrada do pet. O local pode, no entanto, solicitar documentação que comprove o treinamento e a atividade do cão.

E QUEM PODE ADQUIRIR UM CÃO GUIA?

Para solicitar um cão-guia são necessários cumprir os seguintes requisitos:

  • Ter entre 18 e 65 anos;
  • Ser totalmente cego ou possuir somente percepção luminosa;
  • Morar em território brasileiro;
  • Ter curso de orientação e mobilidade;
  • Não possuir uma deficiência adicional ou doença crônica que o impeça de ter uma relação normal com o cão e com o ambiente;
  • Possuir capacidade de orientação e técnicas de mobilidade que permitam deslocar-se no ambiente urbano da sua residência e na área onde exerce a sua atividade;
  • O candidato deverá possuir um modo de vida com o propósito construtivo, poderá não estar empregado, mas possuir o potencial realístico de emprego;
  • E não poderá ser o indivíduo que pretenda ter o cão unicamente para companheiro.

Vale a pena ter um cão guia quando o deficiente visual deseja realizar atividades simples e se locomover com segurança, mas sem precisar da ajuda de outras pessoas.

Além de ajudar em atividades diárias como sair de casa ou entrar em um ônibus, o animal é essencial para que os deficientes visuais consigam interagir socialmente com outras pessoas e se sintam úteis.

A qualidade de vida e a autoestima das pessoas cegas que possuem o animal é impactada positivamente.